20 de dezembro de 2011

JESUS, ZAQUEU E NÓS



Há quase dois mil anos, Zaqueu buscou a multidão para encontrar o Cristo em serviço. Ainda hoje, para encontrarmos Jesus, necessário se faz que o busquemos junto
à multidão de aflitos e sofredores.

Zaqueu era um homem pequeno diante da grande necessidade da multidão sobrecarregada de deveres e obrigações. E ainda hoje somos todos pequenos dispensários dos recursos da vida, em função da enormidade da carência humana.

Zaqueu, para ver Jesus, precisou subir no sicômoro amigo e hoje ainda nós precisamos elevar o padrão de nossos pensamentos, a fim de vislumbrar a referência segura do Caminho, da Verdade e da Vida.

Jesus dirigiu-se à presença de Zaqueu nos arredores de sua mensagem de libertação espiritual e nos dias atuais continua o divino Mestre atendendo-nos às ânsias da alma, com seu olhar compassivo e misericordioso.

Naquele tempo, o Senhor solicitara que Zaqueu descesse do alto, porque importava-lhe ser hospedado em sua residência. 

Ainda agora Jesus nos pede que desçamos de nossa satitudes contemplativas para abrigá-lo no próprio lar.

Zaqueu deu-se pressa em receber o Senhor em sua casa e cabe-nos ainda hoje, cada um de nós, agasalhar o Cristo na própria alma.

Zaqueu imediatamente distribuiu metade dos bens aos pobres e ainda hoje podemos cada qual agir no campo da fraternidade legítima, buscando dar aos outros pelo menos a metade do que já possuímos em tempo, conhecimentos, cuidados, bens e recursos, em favor da grande maioria de necessitados à nossa volta que, certamente, tem à sua disposição muito menos que nós.

Também Zaqueu, no ensinamento derradeiro de humildade e renúncia a si mesmo, reconheceu que já havia se desviado do roteiro honesto e, corretamente, fez votos de indenizar, pelo quádruplo, o mal que tivera feito. 

Dois mil anos após a célebre passagem, espera-se de nós a mesma atitude de reparo que devamos fazer no mal que já causamos aos semelhantes.

Zaqueu fora então confirmado, desde aquele minuto inolvidável, no rol dos servidores ativos e atentos ao chamado do Cristo. 

Contudo, infelizmente, depois de vinte séculos de Cristianismo em ação, ainda permanecemos nós em lamentável paralisia da alma.

Theophorus (Mensagem psicografada por Geraldo Lemos Neto, em reunião pública no Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, na noite de 15 de janeiro de 2010).

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