12 de janeiro de 2012

O ESPÍRITA NA MULTIDÃO


O  espírita  cristão,  porque  busca  realmente  compreender  Jesus  e  raciocinar  no Evangelho, é alguém sob regime de fiscalização
permanente. 
Daí procedem as múltiplas contradições nas críticas que recebe.
Habitualmente,  se  é  generoso,  a  multidão  em  torno  dirá  dele:  “é  perdulário”.  
Se economiza: “é avarento”. 
Se mantém a disciplina: “é ditador.” 
Se não observa condições e horário: “é irresponsável”. 
Se diligencia renovar as normas conhecidas: “é revolucionário”.
Se  conserva  os  padrões  de  hábito:  “é  inerte”.  
Se  usa  franqueza:  “é  descaridoso”.  
Se contemporiza:  “é  hipócrita”.  
Se  brinca:  “é  irreverente”.  
Se  chora:  “é  obsesso”.  
Se comunicativo:  “é  estouvado”.  
Se  discreto:  “é  orgulhoso”.  
Se  estuda  intensivamente:  “é afetado”. 
Se estuda menos: “é ignorante”. 
Se colabora com afinco na assistência social: 
“é santarrão”.  
Se  coopera menos  na  beneficência  de  ordem material: 
“é  preguiçoso”.  
Se revela  ardente  fervor  nas  convicções:  “é  fanático”.  
Se  analisa,  como  é  necessário,  as instruções em andamento: 
“é um céptico”. 
Se trabalha com grande número de pessoas: 
“é demagogo”. 
Se trabalha em ambiente restrito: 
“é insociável”. 


Efetivamente,  a multidão  é  nossa  família e nada  justificaria qualquer propósito de nos  distanciarmos  dela,  a  pretexto  de  superioridade  individual.  
Somos  claramente chamados  a  servi-la.  
Com  ela  e  por  ela,  é  que  também  nos  despojaremos  das
imperfeições que nos marcam a vida. 
Ainda assim, conquanto amando-a e abençoando-a,
não  nos  seria  lícito  esquecer  que  ela  própria,  um  dia  preferiu  Barrabás  a  Jesus,  em lamentável engano. 
Atentos a isso, onde estiveres e como estiveres, coloca-te acima das
opiniões humanas, e serve a Jesus servindo à multidão, ofertando à seara do bem o que fores e o que tiveres de melhor.                           

Emmanuel


Fonte: Livro Paz e Renovação.

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