NO CARNAVAL Parte 1 e 2
Aproxima-se um dos períodos mais polêmicos da humanidade: o carnaval. Momento onde se extravasam sentimentos os mais contraditórios da criatura humana, gera opiniões díspares em seguimentos diferentes da sociedade. Os que brincam, alegam que apenas desejam se divertir, sem qualquer interesse que não seja pura alegria. Os que enxergam diferentes chegam a condenar a festa, até com colocações girando em torno da moralidade humana ou tangenciando a saúde da criatura.
Indiscutivelmente é uma época de grande radicalismo, onde se vivem situações não apenas da alegria sadia dos que adoram brincar, mas onde explodem instintos e viciações de variada natureza. Muitos controles sociais e individuais são derruídos e verifica-se o descontrole de muitos mecanismos que, de alguma maneira, equilibram a vida coletiva. Ninguém desconhece que as drogas campeiam soltas, o alcoolismo alimenta o extravasar e a sexualidade desrespeitosa mutila e denigre muitas mentes e corações. Observando sob a ótica de possíveis influencias espirituais, fácil entendermos que é um período onde muitos irmãos ainda envoltos nas condições mais primitivas na dimensão espiritual encontram acesso relativamente fácil às mentes dos encarnados.
Tem quem brinque sem qualquer desgoverno ou interesses escusos? Sim, claro que sim. O que estamos abordando é que a atmosfera psíquica é das mais problemáticas e dificilmente alguém consegue ficar imune a ela. Temos inúmeras fragilidades e a possibilidade de se ficar suscetível a ardis das sombras ou ao fato de ceder em fatores que, em outras condições, não o faríamos, é grande.
Somos livres e qualquer um de nós pode escolher este ou aquele caminho. Nosso texto não visa julgar ou condenar este ou aquele, isto ou aquilo. Fornecemos, apenas, alguns elementos para que se faça uma análise e se tome a decisão com conhecimento de causa. São milhões enlouquecidos, alterados, desnorteados, fazendo pressão sobre alguns poucos que apenas desejam se divertir. Pensemos nisto. Sou de Pernambuco e conheço bem a beleza cultural do carnaval, dos batuques do maracatu à músicas líricas dos blocos românticos, dos índios dançantes aos mascarados folclóricos, porem, infelizmente, o carnaval não é mais isto. Sou pernambucano e sei, na história de tão momentosa festividade, o quanto de violência e agressividade se vive, o quanto de estupros ocorre, o quanto de entorpecentes se consome e o quanto de obsessões se instala.
Tive a oportunidade, concedida pelo alto, de ver, na prática aquilo que só havia tido notícias em livros ou mensagens espíritas, alem do que eu intuía à respeito. Trabalhava na Secretaria de cultura de minha cidade e, como diretor da mesma, fui convocado, isto na década de 80, pelo prefeito do município, para assumir a presidência dos festejos de momo. O prefeito sempre me liberava para meus eventos espíritas no carnaval, mas, naqueles anos, em face de um problema de confiança abalada dele para com o assessor responsável pela festa, tive que assumir o posto. Dá para vocês imaginarem a situação. Mas, de tudo vem um grande proveito quando os céus permitem certas coisas. E assim foi. Durante os quatro dias de festa, me foi dilatada a percepção espiritual e tive as visões mais repugnantes na observação do que ocorria na dimensão dos espíritos que "pulavam” com os humanos na praça pública. E vi os fatos mediúnicos mais autênticos que nem poderia imaginar assistir. O que os desencarnados faziam de gestos obscenos acompanhando certos grupos humanos, estes repetiam dali a poucos segundos. E apesar de toda minha vigilância durante aqueles dias de grande aprendizado para mim, fiquei completamente encharcado de energias densas, ao ponto de, ao chegar para as tarefas de tratamento à distância, sentindo-me com as pernas pesando bastante, os espíritos amigos informarem que eu seria isolado, pois estava "encharcado”, este o termo que utilizaram de forças complicadas.
Não narro isso para assustar ou desejar validar minha posição a respeito. O que me move é o desejo de passar a verdade desses fatos e das forças desencontradas que pululam nestes dias de profunda inquietação e exacerbação de sentimentos. É o desejo de auxiliar., o que não quer dizer que todo aquele que brinca é um "proscrito " ou um obsediado. Não. Não é esse o pensamento. Cumpro com um dever. E Deus é quem sabe a realidade de cada alma, não é mesmo?!
Autor:Frederico Menezes
Fonte: Blog Frederico Menezes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário