Caminhando em desespero, o velho homem pensara que não havia outra alternativa a não ser acabar com a própria vida, se jogando no rio Chieng.
Ele perdera tudo o que tinha e já não havia como alimentar a sua família.
Tinha receio de chegar em casa, olhar na face de sua esposa e dizer que perdera o pouco dinheiro que resultara da péssima colheita, numa aposta.
Dessa vez tudo parecera diferente. Ele tinha certeza que ganharia o jogo e teria dinheiro suficiente para comprar uma carroça, podendo assim ganhar seu pão transportando pessoas de uma província a outra.
Mas dera tudo errado. Sua última chance se esvaíra numa jogada mal planejada, que levara seu dinheiro e sua honra.
Sem honra e sem esperança, ele se aproximou da beira do rio. Pediu perdão aos deuses e ancestrais.
Preparava-se para se atirar na água, quando notou que, na margem, surgia a face de Kuan Yin, a senhora da misericórdia. Ela lhe sorria suavemente.
Envergonhado, o homem cobriu o rosto com as mãos, e falou:
Senhora, tenha piedade de minha alma. Tenho muitas dívidas e, depois de um ano sem chuva, toda a colheita se perdeu. Não vejo saída senão a morte.
Senhora, tenha piedade de minha alma. Tenho muitas dívidas e, depois de um ano sem chuva, toda a colheita se perdeu. Não vejo saída senão a morte.
Filho, a morte nunca é saída para os problemas que precisamos resolver em vida.. - Disse a senhora.
Encerrar a vida antes do tempo certo apenas prolonga para outro ciclo algo que poderia ser resolvido agora.
A morte não é uma saída, é apenas uma passagem. E quem antecipa essa viagem acaba voltando ao ponto inicial da sua jornada.
Há pessoas que morrem em vida, e outras que se apaixonam pela morte como se ela fosse a resposta de tudo.
Eu lhe digo, porém: a resposta está na vida e quem é campeão da vida acaba achando um caminho quando está perdido, acaba encontrando uma luz quando tudo parece escuro.
Mas, como terei forças para voltar para casa com as mãos vazias? - Inquiriu o homem desnorteado.
Voltando com o coração cheio de vontade de continuar sua luta.
Vá, filho meu. E toda vez que o desespero lhe turvar a visão, repita meu nome em seu peito como se fosse o som do seu coração. Prometo que estarei por lá.
* * *
A misericórdia Divina sempre nos proporciona novas chances.
A lei da reencarnação é a prova de que Deus valoriza os recomeços, as renovações, o começar de novo.
Fugir de si, fugir da vida, nunca será a solução para os problemas que enfrentamos.
Cada nova encarnação traz seus desafios, suas metas e seus ajustes. Por isso precisa ser levada a sério, precisa ser analisada constantemente.
Quando nos voltamos para a vida, com o coração cheio de vontade de continuar a luta, encontramos forças onde não sabíamos existir.
Nunca estamos sós no mergulho na carne. O processo das reencarnações é extremamente organizado e conta com inúmeros trabalhadores que monitoram nossas vidas com carinho e desvelo.
Assim, não vale a pena desistir.
Se a misericórdia Divina nos presenteou com nova chance, abracemos a existência com alegria e coragem.
Redação do Momento Espírita com base
em texto da mitologia chinesa.
Em 01.05.2012.
em texto da mitologia chinesa.
Em 01.05.2012.
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