19 de junho de 2012

O ESPIRITISMO E O ESPÍRITA




O Espiritismo é uma doutrina livre.
 

Para ser espírita, ninguém carece de pedir permissão a alguém.
 

Em Espiritismo, não existe uniformidade de pensamentos, porque cada adepto se expressa conforme o seu entendimento da Verdade, que não é propriedade desse ou daquele.
 

Toda a autoridade decorrente de se ser espírita – se houver uma – é exclusivamente de ordem moral.
 

A Doutrina não possui “chefes” encarnados.
Em Espiritismo, ninguém é particularmente importante.

 

Cada qual deve procurar cumprir com o seu dever, sem precisar dar satisfações a quem seja.
 

Todo aplauso e elogio são completamente dispensáveis.
 

O médium espírita é mero servidor da Causa – apenas mais um, nas fileiras da Doutrina!
 

O espírita mais importante é o tarefeiro que está sempre disposto a arregaçar as mangas, sem escolher tarefa.
 

Esperar unanimidade de opiniões em torno de si e do trabalho que desenvolve é rematada tolice de quem, equivocadamente, assim procede.
 

Não raro, o que o “fulano” disse sobre isto ou aquilo é tão somente isto mesmo: o que o “fulano” disse...
 

Todos, por mais imprescindíveis hoje se sintam, haverão de passar, sendo, naturalmente, substituídos por outros, que, igualmente, haverão de passar.
 

Só o Cristo deve permanecer, e permanecerá!
 

Acreditar-se um espírito missionário na seara espírita é perturbação e delírio.
 

Vaidade e personalismo – eis os maiores adversários de qualquer adepto da Doutrina, que a qualquer hora poderá estar desencarnando, sem privilégio algum.
 

A sua mediunidade é sua, e não significa que esteja acima da mediunidade dos outros – neste sentido, a clarividência de muitos médiuns que se creem famosos é quase miopia, como a sua clariaudiência é quase surdez...
 

Os nomes de seus supostos Espíritos Protetores não respondem pela sua verdadeira estatura espiritual.
 

O Espiritismo não é o suprassumo das religiões – o Evangelho do Cristo é a essência de tudo – o resto é o resto, inclusive o Espiritismo!
 

Portanto, um conselho de amigo que está se esforçando muito para fazer justamente o que aconselha: ponha-se no seu lugar, admita a sua pequenez e insignificância e procure trabalhar com sinceridade de propósitos.
 

No mais, se me permite: calemos a boca e deixemos de falar asneiras!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 4 de junho de 2012.

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