13 de junho de 2012

Richard Simonett: Namoro,Sexo,Casamento...



Gostaria de obter maiores informações a respeito de como se processa o efeito das pílulas anticoncepcionais no corpo espiritual. Se é verdadeira a afirmação de que estas podem vir a lesá-lo?
 

As consequências estão relacionadas com as motivações do usuário. Se a mulher usa pílulas porque não deve engravidar, atendendo a recomendação médica ou a ponderado planejamento familiar, não há por que preocupar-se. Se o faz porque é adepta do sexo promíscuo, costuma trair o marido e não quer complicações, certamente enfrentará problemas.

De que forma a vasectomia poderia afetar o perispírito quando esta for praticada somente por interesse de satisfação sexual e fuga da responsabilidade familiar?


O perispírito será afetado por desajustes nos centros genésicos, dando origem, na presente existência ou em futura, a problemas como infecções renitentes, esterilidade, impotência, câncer, prostatite.


Considerando as dificuldades econômico-financeiras, o desemprego, que a classe média vem enfrentando, como orientar o jovem espírita para a vida (lazer, sexo, família), sem o risco da desesperança que parece contagiar a juventude (inclusive com incidência de suicídio entre os jovens)?


O jovem espírita que comete suicídio revela total ignorância dos princípios codificados por Kardec. Um mínimo de esclarecimento a respeito das consequências funestas do auto-aniquilamento funciona como infalível vacina contra o suicídio. O conhecimento da Doutrina nos permite enfrentar com segurança os desafios da vida, demonstrando, sobretudo, que nossa felicidade não está subordinada à satisfação de nossos desejos. É preciso, se queremos ser felizes, que entendamos o que a vida espera de nós. Nesse particular, o Espiritismo é imbatível.


Como orientar o jovem espírita que gosta e se sente bem em bares, boates, etc.?


O Espiritismo é a Doutrina da consciência livre. Não estamos impedidos de entrar em nenhum lugar. Importante saber como vamos sair. E deve o jovem espírita ter consciência de que nesses ambientes há uma pressão muito grande da espiritualidade inferior, estimulando os impulsos do sexo promíscuo, do vício e da licenciosidade. Não é fácil conservar ali a integridade espiritual. O apóstolo Paulo dizia: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convém". Seria interessante pensar nisso.


Como orientar o adolescente espírita com relação ao sexo durante o namoro?


O problema na atualidade, quanto ao namoro, é que as pessoas tendem a confundir amor com sexo. Quando se fala em amar, pensa-se em "transar". Invertem-se as posições. O grande desafio em se tratando do jovem espírita, é passar-lhe a convicção de que o sexo deve ser a culminância de uma ligação afetiva, consolidada por longa convivência, jamais o seu início.


Qual a posição da Doutrina Espírita em relação ao sexo antes do casamento?


A liberalidade sexual da atualidade, transformada em libertinagem sexual, revive os impulsos poligâmicos da criatura humana. Um retrocesso transitório, decorrente do fato de que nem o homem nem a mulher estão preparados para a liberdade de que desfrutam. O ideal seria o sexo ser exercitado como a culminância de um relacionamento afetivo sustentado pelo amor, dispostos ambos a assumir as responsabilidades de uma existência em comum.


Como o espírita deve encarar o casamento religioso e civil?


O casamento civil atende às leis humanas. É o testemunho de que o homem e a mulher estão dispostos a assumir os compromissos inerentes a uma vida em comum - uma demonstração recíproca de confiança na solidez da relação. Quanto ao casamento religioso onde se destaca a figura do oficiante, é uma cerimônia exterior incompatível com os princípios espíritas. Todo ato de adoração, em que evocamos as bênçãos divinas, deve ser um ato do coração, sem intermediários. Os próprios noivos devem fazê-lo, na intimidade do lar.


Uma pessoa que não se casa tem a liberdade de manter uma vida sexualmente ativa?


O casamento não é condição para o exercício sexual. Considere-se, entretanto, que a promiscuidade sexual, sem compromisso e sem responsabilidade, é porta aberta para excessos e viciações, desjustes e enfermidades.


Como deve ser encarada a masturbação?


Vai longe o tempo em que se proclamava que a masturbação conduzia à loucura e ao inferno. Normal no adolescente que está descobrindo a sexualidade, frequente nos corações solitários, o problema é que ela favorece a viciação, conturbando o psiquismo do indivíduo com sensualidade exacerbada. Por outro lado, compromete a sublimação das energias sexuais quando as circunstâncias nos convocam à castidade, convidando-nos a canalizá-las para as realizações mais nobres.

No Plano Espiritual os espíritos (atrasados, medianos e adiantados) praticam o sexo, levando em consideração as instruções de André Luiz, no livro Evolução Em Dois Mundos*, que nos diz existirem algumas diferenças entre o corpo espiritual e o corpo físico, principalmente na região sexual e de digestão?


As poucas informações que nos chegam da espiritualidade a respeito do assunto nos permitem conceber que os espíritos também experimentam o orgasmo, embora não saibamos exatamente como isso ocorre ou se envolve perispiritualmente sensações semelhantes àquelas que decorrem da comunhão carnal.



Fonte:Entrevista Eletrônica (Internet)
nº 2, Ano 1996- Grupo de Estudos Avançados Espíritas- Casa Editora O Clarim
IDE – Instituto de Difusão Espírita-Publicações Lachâtre

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