12 de agosto de 2012

DEVERES DOS FILHOS



Toda a gratidão sequer retribuirá a fortuna da oportunidade fruída através do renascimento carnal.
 

O carinho e respeito contínuos não representarão oferenda compatível com a amorosa assistência recebida desde antes do berço.
 

A delicadeza e a afeição não corresponderão à grandeza dos gestos de sacrifício e da abnegação demoradamente recebidos. .
 

Os filhos têm deveres intransferíveis para com os pais, instrumentos de Deus para o trâmite da experiência carnal, mediante a qual o Espírito adquire patrimônios superiores, resgata insucessos e comprometimentos perturbadores.
 
Existem genitores que apenas procriam, fugindo à responsabilidade.
 

Não compete, porém, aos filhos julgá-los com severidade, 
desde que não são dotados da necessária lucidez e correção para esse fim.
 

Se fracassaram no sagrado ministério, não se furtarão à consciência, em forma da presença da culpa neles gravada.
 

Auxiliá-los por todos os meios ao alcance é mister indeclinável, que o filho deve ofertar com extremos de devotamento e renuncia.
 
A ingratidão dos filhos para com os pais é dos mais graves enganos a que se pode permitir o Espírito na sua marcha ascensional.
 

A irresponsabilidade dos progenitores de forma alguma justifica a falência dos deveres morais por parte da prole.
 

Ninguém se vincula a outrem através dos vigorosos liames do corpo somático, da família, sem justas, ponderosas razões.
 

Desincumbir-se das tarefas relevantes que o amor e o  reconhecimento impõem - eis o impositivo que ninguém pode julgar lícito postergar.

Ama e respeita em teus genitores a humana manifestação da paternidade divina. 

Quando fortes, sê-lhes a companhia e a jovialidade; quando fracos, a proteção e o socorro.
 

Enquanto sadios, presenteia-os com a alegria e a consideração; se enfermos, com a assistência dedicada e a sustentação preciosa.
 

Em qualquer situação ou circunstância, na maturidade ou na velhice, afeiçoa-te àqueles que te ofertaram o corpo de que te serves para os cometimentos da evolução, como o mínimo que podes dispensar-lhes, expressando o dever de que te encontras investido

DIVALDO FRANCO/JOANA DE ÂNGELIS

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