5 de setembro de 2012

O ESPÍRITA DEVE SER





O espírita deve ser verdadeiro, mas não agressivo, manejando a  verdade a ponto de convertê-la em tacape na pele dos semelhantes.

Bom, mas não displicente que chegue a favorecer a força do mal, sob o pretexto de
cultivar a ternura.

Generoso, mas não perdulário que abrace a prodigalidade excessiva, sufocando as
possibilidades de trabalho que despontam nos outros.

Doce, mas não tão doce que atinja a dúbia melifuidade, incapaz de assumir determinados
compromissos na hora da decisão

Justo, mas não implacável, em nome da justiça, impedindo a recuperação dos que caem
e sofrem.

Claro, mas não desabrido, dando a idéia de eleger-se em fiscal de consciências alheias.

Franco, mas não insolente, ferindo os outros.

Paciente, mas não irresponsável, adotando negligência em nome da gentileza.

Tolerante, mas não indiferente, aplaudindo o erro deliberado em benefício da sombra.

Calmo, mas não tão sossegado que se afogue em preguiça.
Confiante, mas não fanático que se abstenha do raciocínio.

Persistente, mas não teimoso, viciando-se em rebelar-se.

Diligente, mas não precipitado, destruindo a si próprio.

"Conhece-te a ti mesmo"  - diz a  filosofia, e para conhecer a nós mesmos, é necessário
escolher  atitude  e  posição  de  equilíbrio,  seja  na  emotividade  ou  no  pensamento,  na
palavra ou na ação, porque, efetivamente, o equilíbrio nunca é demais.

Emmanuel

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