26 de setembro de 2012

TITANIC ESPÍRITA ?

 

- Sabe, Ribeiro, estamos muito aflitos. Com exceção desta instituição que você dirige em sintonia com os ideais superiores e de mais umas duas ou trés aqui nesta cidade, não temos encontrado ambiente favorável entre os espíritas, para a multiplicação do chamamento - falou Jerônimo. 

- Entendo o que dizem, meus amigos. Nossa realidade espiritual não os empolga. Já observamos esse comportamento em muitos de nossos queridos irmãos. Todos nós somos provenientes de outros caminhos religiosos nas muitas vidas já vividas, quando viciamos a crença nos modelos da inoperância e da preguiça. Então, mesmo depois que aceitam o trabalho espírita nesta jornada, no fundo anseiam por um cargo, por um posto onde se assentem e permaneçam na mesmice, sem empenho profundo na transformação. 
Tais dirigentes espiritas se assemelham ao capitão de um navio que, naufragando, em vez de avisar os passageiros de que tudo vai afundar, mantém o cassino funcionando para tudo parecer normal, manda a orquestra tocar mais alto para esconder os ruídos do afundamento, não espalha salva vidas nem ordena que se baixem os botes salva vidas a fim de que não se levantem suspeitas da tragédia em andamento. Desse modo, não previnem os passageiros para a tormenta que os aguarda e contra a qual poderiam estar bem mais preparados. 
Os trabalhadores espíritas são como a tripulação desse navio que, não podendo afrontar o capitão, tem que obedecer às suas ordens. Quando muito poderiam comentar em sigilo a alguns íntimos sobre o naufrágio, com o compromisso que o capitão não venha a saber ou desconfiar de que suas regras estão sendo quebradas.
Por incrível que pareça, capitão e tripulação estão avisados de que o navio está indo para o fundo.

Fonte: "No final da Última Hora" de Lúcius/ André Luiz Ruiz, capítulo "Os Espíritas"


Penso que o mesmo acontece nas casas espíritas, onde os dirigentes colocam o seu personalismo e exclusivismo em primeiro plano em forma de sofismas baratos.
Pobre de quem os confrontar, pois serão considerados obsediados cegos e surdos, que não reconhecem a beleza dos cassinos e o trabalho que é em organizar as festas...

Mas mesmo assim, aparece um tolo que os alertam: A frente do navio precisa urgentemente de uma reforma...

Mas eles ignoram, só depois de muito admoestar, é que tomam providência. Só que o iceberg, já se faz presente... em forma de Transição Planetária!


Nesse momento terão que prestar contas dos rebanhos que o Consolador Prometidos, os confiou... 

E perceberão, que a assertiva do Mestre: "Nem todos os que dizem: Senhor, Senhor, entraram no Reino dos Céus...", é fundamental para os tirar do naufrágio... Mas só  aqueles que fizeram à vontade do Pai,é que serão salvos,os demais vão ter que navegar por mares turbulentos para aprenderem a colocar em prática o que só aprenderam na teoria.


Regih Silva.



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