29 de janeiro de 2015

O INÍCIO DA VIDA, MÉTODOS ANTICONCEPTIVOS, O ABORDO E O ABORTADO NA VISÃO ESPÍRITA:


Início da vida

Em "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec, à questão 344 está registrado que “a união da alma e do corpo começa na concepção”. 

Em “A Gêneses”no capitulo XI item 18, também temos essa confirmação: A Vida se inicia na concepção.

Na obra “Missionários da Luz”, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, há ampla dissertação no capítulo 13 (“Reencarnação”) sobre a magnitude da fecundação.

Os métodos anticonceptivos

MÉTODOS COMPORTAMENTAIS OU DE ABSTINÊNCIA PERIÓDICA

São aqueles que identificam o período fértil, no qual se deve evitar a relação sexual. Possuem grande índice de falha e necessitam de disciplina por parte de seus usuários. Entre eles estão: tabelinha, controle da temperatura basal, controle do muco cervical e coito interrompido. Este último é totalmente contra-indicado por levar à disfunção sexual do casal.

MÉTODOS DE BARREIRA

Caracterizado por condutas que visam impedir os espermatozóides de subirem através do colo do útero, impossibilitando a fecundação. São eles:

- Preservativo : é uma capa de borracha, muito fina, utilizada pelo homem ou pela mulher (preservativo feminino). Deve ser desenrolada no pênis ereto ou colocada na vagina antes de qualquer contato entre os genitais. É preciso retirá-la imediatamente após a ejaculação, segurando as bordas para impedir que os espermatozóides entrem em contato com a vagina. É necessário usar uma camisinha nova a cada relação.

- Diafragma: anel flexível coberto no centro com uma membrana de borracha fina, que recobre o colo do útero.

- Espermicidas: são produtos químicos em apresentações diversas que se coloca na vagina. Eles matam ou diminuem a ação dos espermatozóides.

MÉTODOS CIRÚRGICOS

São operações realizadas tanto no homem (vasectomia) quanto na mulher (laqueadura) para interromper definitivamente a capacidade reprodutiva. Na maioria das vezes são irreversíveis.

MÉTODOS HORMONAIS

São aqueles que possuem substâncias capazes de ocasionar algumas alterações no aparelho genital da mulher. Sua atuação é principalmente nos ovários, trompas, endométrio e muco.

- Pílulas e Injeções: provocam mudanças no funcionamento do aparelho genital, principalmente impedindo a ovulação (liberação do óvulo).

- Pílula do Dia Seguinte: constituída com alta dosagem hormonal, visa a eliminação da parte interna do útero (endométrio) quando esses hormônios sofrem uma queda repentina na circulação. Para muitos não é considerada abortiva, pois se o embrião já estiver implantado no útero de sua mãe não é capaz de eliminá-lo. Entretanto sua ação cria um ambiente inóspito para um zigoto que surja logo após o seu uso, não evitando, portanto a fecundação. Além disso, a alta dosagem de hormônio pode ocasionar alterações significativas no ciclo menstrual da mulher e por isso, não deve ser usado de rotina (emergencial).

- Dius:São dispositivo de plástico colocado dentro do útero, envolto por uma substância que com sua liberação gradativa ocasiona alterações locais. Essa substância pode ser cobre ou hormônio. Em ambos os casos as ação dessa substância não é capaz de impedir a ovulação.

A doutrina espírita só é contrária aos dois últimos métodos que são eles: A Pílula do Dia Seguinte e o DIU. Pelo que já sabemos á respeito  de que a concepção dá-se no momento em que o espermatozoide penetra no óvulo e começa a viagem do ovo na direção da implantação na intimidade uterina da mulher. Qualquer recurso após a fecundação que vise eliminar a vida, para nós, espíritas, é um aborto delituoso. A pílula do dia seguinte, o DIU e outros instrumentos que impedem a continuação do processo da fecundação é um mecanismo de destruição da vida. Portanto: abortivo.’

Aborto


Reconhece-se duas formas de aborto: o aborto espontâneo e o provocado. O aborto espontâneo é aquele que se verifica contra a vontade dos pais, dependente de enfermidades maternas ou fetais. O aborto provocado ou criminoso, como o próprio nome indica, se deve a uma ação física ou primária provocada pelos pais, ou por outrem, com o objetivo de destruir o feto intra-uterino.


ABORTO ESPONTÂNEO
O aborto espontâneo configura quase sempre uma prova ou expiação para os pais e para o Espírito destinado a encarnar.



São quase sempre casais em provação quanto ao seu centro genésico, que vêem frustradas as suas expectativas quanto ao nascimento de um filho, em função de deslizes perpetrados em existências anteriores.

O Espírito do feto, que será expulso do colo uterino através do abortamento, está, naturalmente vinculado ao processo cármico, saldando dívidas do pretérito ou recompondo o corpo espiritual lesado. Muitos Espíritos envolvidos nessas situações foram suicidas em encarnações anteriores.

Vemos em [LE - qst 356] que em alguns casos de abortamento espontâneo não se verifica a presença de um Espírito reencarnante junto ao centro genésico da mãe. O embrião e o feto formam-se obedecendo a regras pré-fixadas de automatismo fisiológico. Isso acontece como provação para os pais.


Há uma forma de aborto espontâneo que, na realidade, ante a Lei Divina, apresenta-se como criminoso.

André Luiz denomina-o de aborto inconsciente, onde a destruição do feto não se efetivará através de ações físicas ou químicas, mas em conseqüência de descargas mentais deletérias da mãe, ou de situações de extremo conflito no lar, pondo dificuldades magnéticas ao desenvolvimento da gestação.

ABORTO INCONSCIENTE - CAUSAS


- Repulsa da mãe ante uma gravidez indesejável;
- Atitude mental negativa da mãe ou do pai;
- Conflito no lar;
- Imprudência ou excessos cometidos pela mãe.

ABORTO PROVOCADO

O Espiritismo assume uma posição totalmente contrária à instituição do aborto.
Quando Kardec indagou aos Benfeitores [LE - qst 358] eles disseram:
“A mãe, ou qualquer outro, cometerá sempre um crime ao tirar a vida de uma criança antes do nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo deva ser o instrumento.”

De acordo com a Doutrina Espírita, portanto, o aborto não encontra justificativa perante Deus, a não ser em casos especialíssimos, quando o médico honrado, sincero e consciente sentencia que o nascimento da criança põe em perigo a vida da mãe.
Essa forma de abortamento, denominado aborto terapêutico, recebe o aval dos Espíritos Superiores [LE - qst 359]:
“É preferível sacrificar o ser que não existe a sacrificar o que existe.”
Refletindo quanto as conseqüências do aborto delituoso vamos reconhecer nele um dos grandes fornecedores de moléstias diversas, sejam físicas ou mentais, além de se encontrarem na gênese de obsessões e dramas morais inúmeros.

ABORTO PROVOCADO - POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS

- Aborto espontâneo em existências posteriores;
- Esterilidade ou frigidez;
- Enfermidades, tais como vaginismo, endometrites, neoplasias, tuberculose, deslocamento de placenta, enfarte uterino, câncer de testículos (no homem), endocrinopatias, eclampsias, hipocinesia uterina, etc.;
- Distúrbios mentais com evidente obsessão por parte das forças invisíveis emanadas do Espírito abortado;
- Filhos problemas ou rebeldes, quando o Espírito abortado, reencarnado em oportunidade posterior, traz, no íntimo, toda a carga de ódio não dissolvido.

No Reajuste

Ante a queda moral pela prática do aborto não se busca condenar ninguém. O que se pretende é evitar a execução de um grave erro, de conseqüências nefastas, tanto individual como socialmente, como também sua legalização. Como asseverou Jesus: “Eu também não te condeno; vai e não tornes a pecar.” (João, 8:11.)

A proposta de recuperação e reajuste que o Espiritismo oferece é de abandonar o culto ao remorso imobilizador, a culpa autodestrutiva e a ilusória busca de amparo na legislação humana, procurando a reparação, mediante reelaboração do conteúdo traumático e novo direcionamento na ação comportamental, o que promoverá a liberação da consciência, através do trabalho no bem, da prática da caridade e da dedicação ao próximo necessitado, capazes de edificar a vida em todas as suas dimensões.

Proteger e dignificar a vida, seja do embrião, seja da mulher, é compromisso de todos os que despertaram para a compreensão maior da existência do ser.

Agindo assim, evitam-se todas as conseqüências infelizes que o aborto desencadeia, mesmo acobertado por uma legalização ilusória. “O amor cobre a multidão de pecados”, nos ensina o apóstolo Pedro (I Epístola, 4:8).


O Abortado


Sempre a sensação que acomete o espírito prestes a ser abortado é a mais angustiante possível. A alma sente que está para perder a chance de retornar a Terra. Capta os pensamentos da mãe e do pai ou as vibrações de suas palavras, tratando do ato infeliz. Mentalmente, muitos deles inicia um processo telepático, a emanar para os futuros pais, mais particularmente a mãe, face a simbiose físico - psíquica nascida da gestação, apelos para que não o matem, que ele necessita renascer, a fim de se ajustar perante a vida. E se, por acaso, ele houvesse sido vítima da mãe, por exemplo, em outras existencias na carne, o desespero e a revolta do reencarnante frustrado é muito maior, levando, quase sempre, aos casos dolorosíssimos das obsessões, quando o abortado passa a perseguir a mãe e o pai que o rejeitou, de maneira feroz, acoplando-se na atmosfera psíquica do que ele define como seus algozes. Como existe o crime no átrio da consciencia, este é o plug, a tomada, que favorece a perseguição. Claro que cada caso é um caso e nem todos os abortos produz resultados dessa forma. Quando o espírito abortado tem valores morais mais amplos, mais luz de entendimento e amor, entristece-se, sofre, mas perdoa. É uma minoria.



Pesquisa desenvolvida por Regih Silva.

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