9 de maio de 2015

ENTREVISTA COM JESUS




Entrevistador - Mestre Jesus, o Senhor, como membro divino das comunidades diretoras do Cosmo, compostas de seres angélicos e perfeitos; o Senhor que acompanha a Terra, desde o seu desprendimento da nebulosa solar, como seu Divino Escultor, poderia nos falar de Seu projeto para o planeta Terra e sua Humanidade?

Jesus Recebi de meu Pai a sagrada missão de abraçar e redimir a nossa Humanidade. A Terra é mais uma das moradas da casa do Pai, destinada a abrigar, além dos espíritos que aqui iniciassem sua jornada evolutiva, os espíritos exilados (p. ex.: capelinos), aqueles alijados de outras comunidades que se haviam alçado à culminância do aperfeiçoamento moral e intelectual. Aqui aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração, impulsionando, o progresso dos seus irmãos inferiores.
         Desde então, vim exortando as almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas. Adverti-las dos campos imensos de luta que se desdobrariam na Terra, mas prometi-lhes a minha colaboração cotidiana, acariciando cada coração comprometido com a sua própria regeneração, confortando-os todos. Trabalhariam na Terra, distantes dos afetos, desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura, reencarnando no seio de raças ignorantes e primitivas, a relembrarem o paraíso perdido (raças adâmicas), a oportunidade de iluminação deixada para trás, ao fracassarem no projeto pessoal de evolução, dominados pelo orgulho e egoísmo.

E – E como reagiram, Mestre, esses grupos ante Suas promessas?

Guardaram-na, como reminiscências, que vim fortalecendo, periodicamente, através dos enviados do infinito, meus missionários e mensageiros.

E – Mestre, o que determinou a Sua vinda a Terra, naquele exato momento, há cerca de dois milênios?

O começo da era definitiva da maioridade espiritual da Humanidade terrestre, assinalada pelos pródromos do Direito Romano e a organização da família, a qual se constitui, em suas tradições gloriosas, no mais sublime respeito às virtudes heróica da mulher e na perfeita compreensão dos deveres do homem. Com semelhantes conquistas estava o homem a desferir o vôo para mais altas esferas espirituais. Era o momento de entregar a todos os corações o Código da Fraternidade e do Amor, o Evangelho, que deveria chegar como a mensagem eterna do amor, da luz e da verdade para todos os seres. Urgia que as lições inscritas nesse código resplandecessem para os homens com a exemplificação perfeita do Amor. Era necessário que da mensagem do Pai decorressem conseqüências para todos os departamentos da existência planetária, no sentido de se renovarem os institutos políticos e sociais da humanidade com a transformação moral dos homens, dentro de uma nova era de justiça econômica e de concórdia universal, assinalando, no porvir, uma transformação visceral.

E – E por que razão escolheu vir por Israel?

J – Todas as raças da Terra devem aos judeus o benefício sagrado da revelação do Deus único, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres. Por isso, os meus enviados vieram pelas tribos de Israel, profetizando sobre a minha vinda. Determinei a Moisés que simplificasse as fórmulas iniciáticas para a compreensão geral do povo, tornando-as acessíveis ao sentimento popular. E sendo esse povo o mais crente, era também o mais necessitado, dado à sua vaidade exclusivista e pretensiosa, daí haver dito: Muito se pedirá de quem muito haja recebido. Os israelitas haviam conquistado muito do Alto, em matéria de fé, sendo justo que se lhes exigisse um grau correspondente de compreensão, em matéria de humildade e de amor.

E por que, então, não o corresponderam, Senhor, já que estava sendo anunciado pelos seus grandes profetas?

J – Porque lhes faltara a humildade, que é a chave de todas as virtudes. Não entenderam as lições sublimes da manjedoura e da cruz. Apresentei-me como filho de um carpinteiro, não ofusquei a glória dos Césares, como esperavam, protegi as prostitutas, confundia-me com os pobres e com os humilhados. Meus discípulos bem-amados eram pescadores humildes. O Judaísmo, saturado de orgulho, não compreendeu a minha ação missionária, pois apesar de sua crença fervorosa e sincera, não sabia que toda salvação tem de começar no íntimo de cada um. É talvez a raça mais livre, mais internacionalista, mais fraternal entre si, mas também a mais altiva e exclusivista do mundo. Mas não tardará muito tempo para que vejamos os judeus compreendendo integralmente a missão sublime do verdadeiro Cristianismo e aliando-se a todos os povos da Terra para a caminhada salvadora, em busca da edificação de um mundo melhor.

E – Mestre, sabemos que a direção do mundo está em Suas mãos misericordiosas e augustas, e que, no infinito, reúnem-se emissários Divinos sob o Seu comando, em assembléias numerosas, organizando novos trabalhos para a evolução geral de todos os povos do planeta. Poderia comentar essa nova fase em que vivemos?

J – Nestes tempos dolorosos em que as mais penosas transições se anunciam ao espírito do homem, e que o mundo se entrega a todas as expectativas angustiosas, os espaços mais próximos da Terra se movimentam a favor do restabelecimento da verdade e da paz, a caminho de uma nova era. É chagado o tempo de um reajustamento de todos os valores humanos. Se as dolorosas expiações coletivas preludiam a época dos últimos “ais” do Apocalipse, a espiritualidade tem de penetrar as realizações do homem físico, conduzindo-as para o bem de toda a Humanidade.
         São chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar as suas derradeiras posições de domínio nos ambientes terrestres, e os últimos triunfos são bem o penhor de uma reação temerária e infeliz, apresentando a realização dos vaticínios (predição; prognóstico; profecia) sombrios que pesam sobre o seu império perecível. A vitória da força é uma claridade de fogos de artifício. Toda a realidade é a do Espírito, e a toda a paz é a do entendimento do reino de Deus e sua justiça.
         Está se efetuando a divisão das ovelhas do imenso rebanho. O cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha, e a dor se incumbirá do trabalho que os homens não aceitaram por amor. Uma tempestade de amarguras varre toda a Terra, mas lembrem-se, das palavras eternas quando, sobre o monte, lhes falei: Bem-aventurados os pobres, porque os reino de Deus lhes pertence! Bem-aventurados os que têm fome de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os aflitos, porque chegará o dia da consolação! Bem-aventurados os pacíficos, porque irão a Deus! Sim, porque depois da treva surgirá uma nova aurora. Luzes consoladoras envolverão todo o orbe regenerado no batismo do sofrimento. O homem espiritual estará unido ao homem físico para a sua marcha gloriosa no ilimitado.

Senhor, Mestre de todos nós, gostaria de deixar algumas palavras à humanidade?

A minha mensagem à Humanidade é a do Evangelho – eterna, portanto atual! Apenas repetiria o apelo que fiz àquela época: Amados filhos do coração, amai-vos como eu vos amei!


(Adaptação do Livro “A Caminho da Luz”, do Espírito Emmanuel, pelo médium Chico Xavier)


Por: Gilson Ferreira

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