11 de abril de 2025

ENTRE ALDO E CHICO: MEMÓRIAS DE UM DESPERTAR ESPIRITUAL

 


Saudades. Essa é a palavra que resume o que sinto do meu amigo, professor e mestre: Aldo Oliver. Se não fosse por ele, talvez eu ainda estivesse vinculado à liderança católica.

Foi com sua orientação que me encontrei no Espiritismo, e desde então venho me dedicando com profundo amor aos ensinos dos Espíritos Superiores. Dentre tantos, um nome se destaca com luz própria: Chico Xavier.

A primeira vez que ouvi falar sobre Chico Xavier foi, se não me falha a memória, em 1995. Um especial do Globo Repórter homenageava sua trajetória. Coincidentemente, a TV Globo exibia na mesma época o remake da novela "A Viagem", que abordava de forma sensível os temas da vida após a morte e da reencarnação.

Na época, eu tinha apenas 13 anos, mas aquele conteúdo ressoou profundamente comigo. Desde os 4 anos de idade, eu já tinha contato com Espíritos, além de trazer vivas recordações da minha última existência como padre católico. Era comum, durante as noites, em meu quarto, receber visitas espirituais de antigos companheiros de convento — inclusive do próprio Aldo.

Dentre todos os que conheci no caminho espírita, Chico Xavier permanece, para mim, o maior exemplo de cristandade contemporânea. Sua simplicidade, amor e fidelidade ao Evangelho de Jesus e à Codificação Espírita são inigualáveis.

Duas frases atribuídas a ele me marcaram profundamente, pois revelam muito da sua essência:

"Eu desceria à Terra para amar uma serpente."

"Chore menos, sue mais."

Essa última, inclusive, costumo chamar de Lei Chico Xavier — uma síntese de esforço, ação e fé.

Tive a oportunidade de estar com Chico em desdobramento espiritual por mais de três vezes. Na primeira delas, algo marcante aconteceu: ele se apresentou como Chico, mas à medida que conversávamos, começou a se transfigurar em Allan Kardec.

Emocionado, ouvi dele uma frase que carrego como missão:

"Penso que a maneira que você pode nos ser grato é divulgando o Espiritismo."

Naquele instante, compreendi a profundidade de meu compromisso com a divulgação séria, fiel e responsável da Doutrina Espírita. Se já me empenhava antes, imagina depois de um pedido como esse?

Esse propósito se concretizou, entre outras formas, através do grupo Facespírita, que nasceu com a proposta de estudar, refletir e divulgar o Espiritismo com Jesus, Kardec e Chico como nossos pilares fundamentais.

Inclusive, em nosso quinto aniversário, Chico nos enviou uma mensagem especial, endereçada aos membros do grupo. Um presente espiritual que guardamos com carinho e reverência.

Por isso, Facespírita não é apenas um nome. É um símbolo de fidelidade à Doutrina Espírita pura e simples, sem mistificações, sem desvios, sem personalismos. Fora desses três pilares — Jesus, Kardec e Chico — o que se encontra são apenas riscos e desvios do caminho seguro.

Portanto, escrever essas palavras é, para mim, um exercício de memória, gratidão e reafirmação de propósito. Tudo o que vivenciei e compreendi ao longo do tempo — graças à presença de amigos espirituais como Aldo Oliver e à luz imensa de Chico Xavier — me conduziu a este momento.

Seguimos juntos, estudando, refletindo e divulgando o Espiritismo, fiéis à sua essência e ao chamado de amor que nos une.

 Assim seguimos, com  diz o irmão menor: Com a luz divina no coração e o Espiritismo como farol.

Regih Silva

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