Saudades. Essa é a palavra que resume o que sinto do meu amigo, professor e mestre: Aldo Oliver. Se não fosse por ele, talvez eu ainda estivesse vinculado à liderança católica.
Foi com sua orientação que me
encontrei no Espiritismo, e desde então venho me dedicando com
profundo amor aos ensinos dos Espíritos Superiores. Dentre tantos,
um nome se destaca com luz própria: Chico Xavier.
A primeira vez que ouvi falar
sobre Chico Xavier foi, se não me falha a memória, em 1995. Um
especial do Globo Repórter homenageava sua trajetória.
Coincidentemente, a TV Globo exibia na mesma época o remake da novela "A
Viagem", que abordava de forma sensível os temas da vida após a morte
e da reencarnação.
Na época, eu tinha apenas 13
anos, mas aquele conteúdo ressoou profundamente comigo. Desde os 4
anos de idade, eu já tinha contato com Espíritos, além de trazer vivas
recordações da minha última existência como padre católico. Era
comum, durante as noites, em meu quarto, receber visitas espirituais de antigos
companheiros de convento — inclusive do próprio Aldo.
Dentre todos os que conheci no
caminho espírita, Chico Xavier permanece, para mim, o maior
exemplo de cristandade contemporânea. Sua simplicidade, amor e
fidelidade ao Evangelho de Jesus e à Codificação Espírita são inigualáveis.
Duas frases atribuídas a ele me
marcaram profundamente, pois revelam muito da sua essência:
"Eu desceria à Terra para
amar uma serpente."
"Chore menos, sue mais."
Essa última, inclusive, costumo
chamar de Lei Chico Xavier — uma síntese de esforço, ação e
fé.
Tive a oportunidade de estar com
Chico em desdobramento espiritual por mais de três vezes. Na
primeira delas, algo marcante aconteceu: ele se apresentou como Chico,
mas à medida que conversávamos, começou a se transfigurar em Allan
Kardec.
Emocionado, ouvi dele uma frase
que carrego como missão:
"Penso que a maneira que você pode nos ser grato é divulgando o Espiritismo."
Naquele instante, compreendi a profundidade de meu compromisso com a divulgação séria, fiel e responsável da Doutrina Espírita. Se já me empenhava antes, imagina depois de um pedido como esse?
Esse propósito se concretizou, entre outras formas, através do grupo Facespírita, que nasceu com a proposta de estudar, refletir e divulgar o Espiritismo com Jesus, Kardec e Chico como nossos pilares fundamentais.
Inclusive, em nosso quinto
aniversário, Chico nos enviou uma mensagem especial, endereçada aos membros
do grupo. Um presente espiritual que guardamos com carinho e reverência.
Por isso, Facespírita não é apenas um
nome. É um símbolo de fidelidade à Doutrina Espírita pura e simples,
sem mistificações, sem desvios, sem personalismos. Fora desses três pilares
— Jesus, Kardec e Chico — o que se encontra são apenas riscos
e desvios do caminho seguro.
Portanto, escrever essas palavras é, para mim, um exercício
de memória, gratidão e reafirmação de propósito. Tudo o que vivenciei e
compreendi ao longo do tempo — graças à presença de amigos espirituais como
Aldo Oliver e à luz imensa de Chico Xavier — me conduziu a este momento.
Seguimos juntos, estudando, refletindo e divulgando o Espiritismo,
fiéis à sua essência e ao chamado de amor que nos une.
Assim seguimos, com diz o irmão menor: Com a luz divina no coração e o Espiritismo como farol.
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