29 de março de 2012

Reflexões Sobre a Calúnia



Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana.
Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência.
Herdando as experiências transatas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais fixados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivos-defensivos que se vão transformando em emoções, prioritamente egoicas, em contínuos conflitos com o Si-mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitalmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que defluem do ego atormentado.
Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores dignificantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.
Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo, gerando dificuldades ao seu trabalho, criando desentendimentos em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.
Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia.
Torna-se revel e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se autovaloriza e se autopromove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo.
Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e dignificante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edificantes.
A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.
A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.
Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.

Nunca te permitas afligir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, assim como de tudo quanto fazes.
Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te fixem, levando-te a reflexões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade.
Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto.
Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a fim de que demonstre a lisura do seu comportamento.
Se ages de maneira incorreta em relação a outrem e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor.
Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti,sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti...
Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem...
Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem.
Desde que o teu labor não agride a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.
Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do Bem.
Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.
Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça-de-mira dos contumazes inimigos do progresso
Todos aqueles que edificaram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses Espíritos infelizes, invejosos e insensatos.
Criando leis absurdas para aplicarem-nas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, telementalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados...
Apiada-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edificantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sedo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação...
A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.
Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação?
Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe?
Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?!
...E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?!
Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.
Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.
Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.


Joanna de Ângelis

28 de março de 2012

Se eu tivesse...




Se eu tivesse falado do amor que sentia, se eu tivesse perdoado, aconselhado, se eu tivesse me calado...

Estas são afirmativas que costumam fazer parte dos nossos pensamentos em alguns momentos da vida.

Diante da perda de um ente querido ou no momento em que sabemos estar próxima a nossa partida para a Pátria Espiritual, a sensação de que se poderia ter feito muito mais, é causa de uma das grandes dores do ser humano.

Pensamos que poderíamos ter sido mais cuidadosos nos relacionamentos com os amigos e amores, ter nos doado mais ao próximo, realizado aquele sonho... ou simplesmente poderíamos ter amado mais.

O arrependimento pelo bem que não foi feito é doloroso.

Conveniente seria se vivêssemos a vida sem precisar de um dia empregar essas frases, que demonstram que algo poderia ter sido feito e que agora, não mais nos é possível fazê-lo.

Muitas vezes justificamos o abandono de um objetivo por não termos as condições que julgamos ideais para cumpri-lo.

Dizemos a nós mesmos que não temos o dinheiro ou o tempo suficiente, o poder ou a autoridade, que não temos coragem ou disposição, que somos velhos demais ou jovens demais ou que temos saúde de menos.

Essas afirmativas apenas demonstram o nosso desânimo frente às situações que a vida nos apresenta.

Colocamo-nos facilmente na condição de depender de algo ou de alguém para agir, quando toda ação depende exclusivamente da nossa própria vontade.
* * *

Tenhamos coragem e entusiasmo para fazer o que consideramos correto, para agir de acordo com o que a nossa própria consciência nos orienta e para fazer o que for preciso em defesa dos nossos sonhos.

Obstáculos sempre serão encontrados e dificuldades pessoais todos nós as temos pois fazem parte do estágio evolutivo em que nos encontramos.

Com coragem, paciência e disciplina seremos capazes de vencer as dificuldades.

Quando nos mantemos ligados a Deus, sentindo-O em nosso íntimo, qualquer objetivo que nos propusermos a alcançar não nos parecerá distante e encontraremos a força necessária.

Seja a realização de uma grande obra ou apenas um pedido sincero de perdão a alguém que estimamos, se não tivermos coragem, acabaremos por deixar esquecida a nossa vontade.

Diante da história de nossas vidas, olhemos para trás para perceber o quanto já aprendemos, o quanto já crescemos.

E, no caso de constatar que não fizemos as melhores escolhas ao longo da nossa jornada, que usamos mal a liberdade que Deus nos concedeu para escolher os próprios caminhos, não deixemos o desânimo se instalar.

Sempre há uma boa lição a ser retirada das experiências vividas.

É hora de caminhar com fé e entusiasmo no coração. Hora de fazer renascer a esperança, deixar germinar a coragem e enxergar que somos capazes de realizar esse ou aquele feito.

A coragem nos impulsiona a agir.

Vivamos com a sensação de estar fazendo o melhor que pudermos para que, um dia, quando chegar a nossa hora de partir, não precisemos dizer para nós mesmos: Se eu tivesse...

Fonte:Redação do Momento Espírita.

27 de março de 2012

DE SOMBRAS E DE SOL


Todo ser humano traz dentro de si uma luz maior que a das estrelas. Um universo inteiro de amor vive latente dentro de cada um de nós.
Quando esteve entre nós, aqui na Terra, Jesus nos fez um doce convite: Brilhe a vossa luz!
E disse ainda mais: declarou que todos os seres humanos são deuses, são o sal da Terra e a luz do Mundo.
Quanta poesia nessas palavras do Cristo! Elas são um lembrete permanente para os dias em que a sombra toma conta de nossas vidas.
E como são muitos esses dias sem sol! Parece que uma grande nuvem cinza encobre a luz.
É quando estamos infelizes. Quando a dor encontra morada no coração, quando perdemos a alegria, quando os sorrisos parecem distantes.
Mas há outras ocasiões em que uma luz radiosa parece nos iluminar.
Esses dias claros traduzem nossa alegria, a harmonia interna. É a felicidade que se revela em nós.
E nos perguntamos: Por que não somos sempre assim? Por que não há apenas dias solares, cheios de cor e claridade?
É que ainda nos permitimos viver na sombra. Para a maior parte da Humanidade ainda é mais natural se identificar com estados de angústia, tristeza, aborrecimento.
Mas um dia aprenderemos a viver de forma diferente. Privilegiaremos a bondade, esqueceremos a maledicência, cultivaremos a alegria.
Daremos menos atenção a notícias e programas sensacionalistas ou que exploram o sofrimento dos outros.
Não permitiremos que a morbidez encontre espaço em nossa vida.
Buscaremos a felicidade nas coisas simples. Não seremos escravos do dinheiro ou do trabalho. E nos contentaremos com o necessário. Luxo e excessos não nos seduzirão mais.
Nesse dia já saberemos que o segredo da felicidade não está nos bens que acumulamos, mas no bem que fazemos aos outros.
A maior parte das pessoas busca a felicidade em coisas externas. É que somos treinados para acreditar que seremos felizes apenas se tivermos carros, roupas e sapatos caros.
Colocamos nossa alegria em uma bela casa ou em viagens espetaculares.
Mas essa alegria é como uma bolha de sabão. Vai estourar à primeira dificuldade. Pense: diante do sofrimento moral, da perda de um ser amado, de um filho que se atormenta nos caminhos do mundo, de que valem as riquezas?
O mundo está cheio de ricos infelizes, que vivem em um mundo de sombras. E quando o coração está cinzento, de nada adianta o sol brilhar em um dia dourado.
Assim, observe o que lhe faz realmente feliz.
Analise seu mundo íntimo e dê prioridade para pessoas e situações que lhe dão alegria: uma visita aos pais idosos, um passeio com a família, uma tarde em companhia de amigos queridos.
É assim que sua vida se encherá de luz.
A sombra é geratriz de equívocos como o erro é matriz de tormentos íntimos naquele que o pratica.
Afugenta as sombras que tingem de escuridade as tuas esperanças.
Acende no teu caminho a tua lâmpada clarificadora, iluminando a rota dos teus pés.

Fonte:Redação do Momento Espírita com pensamento extraído do verbete Sombra, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

26 de março de 2012

Quando a espiritualidade quiser isto se resolverá:Isto é confiança na espiritualidade ou é preguiça mesmo?



Certamente você já deve ter ouvido várias pessoas dizerem frases mais ou menos assim:

- “Não se preocupe, quando a espiritualidade quiser, esse problema será resolvido”.
- “Fique tranqüilo, Jesus está no comando”.
- “Quando a espiritualidade achar que seja o momento, ela agirá”.

Há muitos espíritas que adoram dizer isto.
Vamos questionar em cima disto também?
Quer dizer, então, que não devemos nos preocupar com nada, não devemos tomar atitudes e ações para tentar solucionar os problemas, simplesmente cruzando os braços, entendendo que eles só serão resolvidos quando a espiritualidade achar que é o momento?
Será que é assim mesmo que a doutrina espírita entende a realidade da vida e a nossa razão de existir, enquanto encarnados?
Será então que a espiritualidade acha que não é o momento de acabar com as tempestades que alagam cidades e destroem os bens de famílias, com os terremotos, com os crimes e assassinatos, com a corrupção, com as doenças incuráveis e com inúmeros males que há na Terra?
Milênios, antes de Jesus, já existiam pessoas boas e justas na Terra, mas os males já existiam também, o que, nesta linha de raciocínio implica que a espiritualidade superior já achava que aquele não era o tempo dos problemas serem resolvidos.
Aí veio Jesus, em sua época, fazendo aquela maravilha que fez, trazendo aqueles ensinamentos que trouxe, contidos no Evangelho. A espiritualidade achou que ainda não era o momento.
Depois veio Allan Kardec, com a equipe do Espírito da Verdade nos trazendo os ensinamentos espíritas e, ainda, a espiritualidade achou que não era o momento.
Mais de 150 anos se passaram do surgimento do Espiritismo e a espiritualidade acha que ainda não é o momento.
Afinal de contas, eu pergunto a essas pessoas que ficam com essa conversa: Quando é que a espiritualidade vai achar que é o momento da extinção dos males da Terra?
A Doutrina Espírita nos deixa bem claro que não há milagres, não há privilégios, não há interferência de Deus e dos bons espíritos na vida de gente preguiçosa e acomodada que não faz o menor esforço em crescer e evoluir, inclusive a doutrina nos ensina que a simples opção de não fazermos o mal não nos evolui em nada, deixando bem claro que é indispensável fazer o bem, tomar iniciativas no bem, produzir alguma coisa em benefício nosso e do nosso semelhante.
Como pode um espírita, que tenha o mínimo de lucidez sobre o que realmente ensina o espiritismo, vir, travestido de uma suposta calma, tranqüilidade e evolução espiritual, recomendar para que os outros se aquietem, não se preocupem com nada, não tomem iniciativa nenhuma sob a insensata e comodista argumentação de que “Jesus está no comando” e que quando a espiritualidade quiser, tudo se resolverá”?
Quando isto? No ano de 5100 ou alguns milênios adiante?
        
O que existe é muita preguiça e comodismo

Confiemos sempre na Espiritualidade Superior, estejamos sempre sintonizados com os espíritos que são afins conosco porque, certamente, eles não nos negam as boas inspirações, atuam nas nossas vidas “muito mais do que imaginamos”, estarão sempre dispostos a nos ajudar mas... vejam bem, dispostos as nos ajudar e não a fazer as coisas por nós.
Está claro nos ensinamentos espíritas que todos temos que agir, que atuar pra valer, que trabalhar, que lutar e que nos empenhar ao máximo para resolver os nossos problemas, lutar contra os males da terra e enfrentar as terríveis ações negativas que prejudicam a nós e ao nosso próximo.
Essas frases feitas, citadas acima, nada mais significam do que mania de ostentação de evolução espiritual de fachada, disposição de alguns em passar a impressão de que mergulharam na onda espiritual do bem e que estão quase no nível do Clarêncio e dos amigos coordenadores do “Nosso Lar”.
Quando um espírita começa a dizer que nós não devemos nos preocupar com a política, por exemplo, ele não é um espírita prudente e sim um omisso e irresponsável, pois, se nós não utilizarmos as nossas inteligências, os nossos protestos, as nossas ações para colocar gente de bem na condução da coisa pública, fiscalizando as ações políticas, denunciando os males, lutando para coibir as ações dos safados e dos corruptos, com certeza absoluta a argumentação de que “Jesus está no comando não vai resolver, porque no comando ele está há muito tempo e já deu todas as amostras daquilo que ele resolve e do que é de competência do homem encarnado.
Veja bem, gente:
Eu e todo mundo estamos vendo que um determinado salafra, que está à frente da prefeitura da minha cidade, está roubando descaradamente, está ficando milionário, está beneficiando a si e aos seus familiares escancaradamente; daí eu vou ter que arrotar a minha “evolução” espiritual e na minha santidade doutrinária, para mandar que os outros se acalmem, “aquietem os seus corações”, deixem isto pra lá, porque temos que entender o nível moral que ele está e que quando a espiritualidade achar que ele deve ser afastado, ela vai afastá-lo naturalmente?

Estou vendo um ente dentro do meu próprio lar, envolvido no vício, agredindo todo mundo dentro de casa, fazendo o que quer e o que bem entende, ameaçando todo mundo e fazendo chantagem, será que vou ter que ficar caladinho, cheio de paciência, tolerância e compreensão, deixando tudo como está, sob a argumentação de que a família provavelmente tem débitos terríveis com ele de encarnação passada, e deixo a desgraça crescer no lar, deixo as agressões acontecer, sob a argumentação de que “Jesus está no comando”?
Ora, tenham a santa paciência.
Insisto em afirmar que tem muita gente que sofre porque é besta mesmo. Não é porque é evoluído, pacífico e compreensivo não, é porque é idiota mesmo.
Repito, novamente, que postura enérgica não tem nada a ver com agressão. Quando ouvimos alguém dizer “não gosto do estilo dele, porque acho muito agressivo”, na realidade está confundindo alhos com bugalhos, está confundindo helicóptero com beija-flor, vive numa ingenuidade gigantesca em relação a como deve ser, de fato, o comportamento humano lúcido, equilibrado, sensato, autêntico e coerente, da mesma forma como foi exemplificado por Jesus, em todos os momentos que se viu diante das pessoas abusadas e hipócritas.
Pessoas superficiais acham que ser bom, compreensivo e caridoso para com o próximo necessariamente é dizer SIM, todas as vezes, quando na realidade em muitas vezes o NÃO é muito mais caridoso, mais educativo, mais oportuno e indispensável.

Você diria SIM para um ente, por mais querido que seja, que peça para você ser avalista de uma dívida que ele quer fazer, comprometendo-se a pagar uma mensalidade de um valor que você tem certeza que está muito além do que ele ganha e que, com certeza também, ele não vai poder pagar e vai sobrar pra você?
Vai ter que dizer SIM só porque ama, considera e porque é uma pessoa querida?
Só se você for besta.
Então é exatamente isto que eu quero dizer em relação a muitos espíritas bestas, que existem por aí.
Em nome da “caridade”, em nome da “humildade” e em nome de todos esses valores, concebidos absolutamente de forma equivocada, tem muito espírita omisso, praticando irresponsabilidades de conseqüências terríveis.
Jesus está no comando, sim, ele nos ama, sim, mas não é um irresponsável e sabe muito bem que nós temos que fazer a nossa parte. Ele apenas nos ajudará, não fará por nós.

Abração
                                 Alamar Régis Carvalho

22 de março de 2012

O JUMENTO



Um jumentinho, voltando para sua casa, todo contente, 
fala para sua mãe:
 

-Fui a uma cidade, e quando lá cheguei, fui aplaudido, a multidão gritava
alegre, estendia seus mantos pelo chão...

Todos, estavam contentes com minha presença.
Sua mãe questionou se ele:  

estava só?
E o burrinho disse: 

-Não, estava levando um homem com o nome de
Jesus.

 

Então, sua mãe falou:
 

-Filho, volte a essa cidade, mas agora sozinho.
 

Quando retornou a essa cidade sozinho, todos que passavam por ele, fizeram o
inverso, maltratavam, xingavam e até mesmo batiam nele.
Voltando para sua casa, disse para sua mãe:
 

-Estou triste, pois nada aconteceu comigo. 
Nem palmas, nem mantos, nem honra... 
Só apanhei, fui xingado e maltratado. 
Eles não me reconheceram, mamãe...

Indignado o burrinho disse a sua mãe: 


Porque isso aconteceu comigo?
 

Sua mãe respondeu: 
- Meu filho querido, você sem JESUS é só um jumento 


Fonte: Conto enviado por Celinha minha querida Irmã de Boa Vontade para nosso email.

Método Sábio e Justo


Você consegue imaginar outro método mais justo e sábio de nos fazer despertar, de nossos equívocos e muitas vezes insano comportamento, senão o de nos surpreendermos com os efeitos de nossas próprias escolhas?
Eis porque a expressão pedagogia é muito bem aplicada quando se refere ao modo como a vida encaminha a cada um de nós nos aprendizados necessários, porquanto em sua raiz grega original, pedagogo é o condutor de crianças.
Concorda o leitor o quanto ainda somos crianças? Sim, crianças no entendimento, nas fragilidades, nos equívocos. Quem de nós poderá erguer a própria voz e eleger o próprio comportamento e decisões com a segurança da sabedoria?
Não! Somos ainda aprendizes. Na infância, adolescência e mocidade ainda inseguros, vivendo os desafios da auto-afirmação. Na madureza, quando a experiência começa a mostrar caminhos, muitos de nós nos perdemos na fragilidade da suposta auto-competência; quando a madureza vai caminhando para a velhice, apesar da experiência acumulada, a fragilidade se acentua.
Seres humanos o que somos, sujeitos aos equívocos próprios de nossa condição, necessitados todos do aprimoramento próprio e dos aprendizados da convivência.
Nada mais sábio e justo, portanto, do que o método utilizado pela vida, para não dizer por Deus, para nos ensinar a viver: nossas escolhas geram efeitos que vão nos surpreendendo gradativamente.
Somos responsáveis pelo que pensamos, sentimos, fazemos... Não temos de reclamar de ninguém, pois somos os próprios geradores de nossos infortúnios ou das alegrias que possamos colher.
São das conseqüências de nossas decisões e escolhas que colhemos a experiência do aprendizado.
Podemos mesmo reclamar da situação que nos encontramos? Podemos realmente culpar alguém pelo que nos aconteceu?
Antes de acusar ou reclamar, passemos em revista os próprios atos do passado. Voltemos, passo a passo, nos rumos que escolhemos. Avaliemos, friamente, as decisões, posturas e mesmo as intenções e vontades. E vamos nos surpreender com a realidade de que o que estamos colhendo hoje é fruto de nós mesmos!
Equívocos, paixões, acertos e desacertos, escolhas, inseguranças, omissões, iniciativas, medos, ousadia ou acomodação fazem parte desse processo de aprendizado que devolve a cada um o resultado das próprias ações e escolhas.
Nada mais justo. Nada mais sábio. Um autêntico método de aprendizado.
Por:Orson Peter Carrara
Fonte: Rede Amigo Espírita

20 de março de 2012

Pense Nisso...


BILHETE DO CORAÇÃO



Hoje compreendo que os golpes do mundo são amparo providencial às nossas necessidades de reparação.
Que seria de nós sem o sofrimento que nos ajuda a retificar e aprender?
Terra sem arado, permaneceríamos entre os vermes e as plantas daninhas ou, pedra
bruta, jamais nos transformaríamos na obra de utilidade e beleza que o buril deve realizar.
Tenhamos calma e paciência.
Devemos à enxada a alegria da mesa farta e, por vezes, ao remédio amargo, a felicidade da cura.
Um dia saberemos tudo.
Por agora, baste-nos a convicção de que nos compete trabalhar, incessantemente, para o bem, porquanto a chave do serviço nos descerrará a sublimidade da experiência e com a experiência elevada marcharemos para a comunhão com Deus.
Não nos cansemos de ajudar.
O auxílio aos outros tem uma força desconhecida em nosso favor.
Quem tudo dá, tudo recebe.
Quem se afasta da ilusão, aproxima-se da verdade, adquirindo a companhia da humildade e do amor, os dois anjos invisíveis que abrem as portas do Céu.
Cultivando a serenidade e o bem, no círculo de nossa luta, roguemos, pois, ao Senhor ilumine a nossa cruz.


Espírito Agar

Livro: Cartas do Coraçãos/Chico Xavier

19 de março de 2012

O Efeito Esponja: Ho´oponopono e Doutrina Espírita



Desde que uma amiga internauta me mandou o material sobre Ho´oponopono, iniciei uma investigação e procurei acessar o Universo para encontrar uma resposta elucidativa para esse processo. Senti que era interessante, verdadeiro, tendo muito a ver com o Processo Esponja, que está explicado no livro A Gênese, de Allan Kardec, uma das obras básicas do Espiritismo.
Nessa obra, está explicado que do mesmo jeito que uma esponja se embebe de um líquido, o perispírito (corpo que envolve o Espírito), assimila com facilidade os fluidos de um ambiente, de uma pessoa ou ainda de um Espírito habitante do mundo paralelo.

Por sua propriedade de irradiação e expansão fluídica o perispírito penetra e é penetrado com facilidade. O fluido tanto pode ser emitido pelo curador (médium, sensitivo ou uma pessoa qualquer) como pode ser atraído pelo desejo ardente do paciente de se curar e também por sua confiança e fé. Às vezes, é necessária a simultaneidade dos efeitos, enquanto noutras basta uma das ações, a de dar ou de receber (Gênese - Cap. XIV e Cap. XV item II).

Esse processo explica situações como as que nos envolvemos quando vamos visitar alguém ou mesmo quando estamos a conversar com uma pessoa e, de repente, nos dá a vontade de bocejar, sentimos o corpo pesado, sonolência e às vezes até mal estar. Nesse momento, seu corpo energético está realizando o efeito esponja, você está assimilando um tipo de energia ou qualidade de pensamento da pessoa ou ambiente.

Por outro lado, quando você se dispõe a visitar um doente e aplicar energia, fazer orações ou praticar qualquer tipo de auxílio, pode se dar esse processo. Você vai irradiar e o doente vai atrair sua energia.
Na Bíblia há um fato desse tipo. Jesus estava no meio da multidão, ensinando-os e uma mulher, com hemorragia, tocou as fímbrias de sua roupa. Ele se virou e disse: Alguém tirou de mim “virtudes”. Essa virtude a que ele se refere é a energia que ele, como um Mestre irradiava naturalmente. E para completar ele elucida: A mulher, diante do que falou o Mestre se identificou e ele disse: Tua fé te curou. Ou seja, atribuiu à mulher o poder de atrair e assimilar a energia curativa.

O psicólogo Dr. Ihaleakala Hew Len, 70 anos de idade, é considerado um "xamã avô" e atua como terapeuta no Havaí. Ele é o criador do processo Ho´oponopono.
No Hospital Estatal do Havaí havia um pavilhão onde ficavam os loucos criminais muito perigosos. O Dr. Len nunca viu os pacientes. Assinou um acordo para ter uma sala no hospital e revisar os prontuários médicos deles. Depois de poucos meses, os pacientes que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente. Outros, fortemente medicados, começaram a ter sua medicação reduzida. E aqueles, que não tinham jamais qualquer possibilidade de serem liberados, receberam alta.
E um fato singular: Nesse setor do Hospital, antes era comum o pessoal se negar a estar com aqueles doentes. As pessoas que passavam por aquele pavilhão simplesmente caminhavam com as costas coladas à parede com medo de serem atacadas pelos pacientes. Não era um lugar bom para viver, nem para trabalhar, nem para visitar. Após o processo, o pessoal começou a gostar de ir lá e trabalhar.

Joe Vitale, autor dessa reportagem, perguntou ao Dr. Len: "O que foi que o senhor fez para ocasionar tal mudança nessas pessoas. Explicou o psicólogo, hooponopono significa amar-se a si mesmo. Se você deseja melhorar sua vida, você deve curar sua vida. Se você deseja curar alguém, mesmo um criminoso mentalmente doente, você o faz curando a si mesmo.

Perguntei ao Dr. Len como ele curava a si mesmo. O que era, exatamente, que ele fazia, quando olhava os prontuários daqueles pacientes.
- "Eu, simplesmente, permanecia dizendo "Eu sinto muito" e "Te amo".
Será tão simples assim? Com certeza. Porque quando diz “Eu sinto muito” ele está trazendo para o seu Universo (efeito esponja) as dores e desacertos da criatura e quando ele pronuncia esta palavra de poder (mantra): “Te amo”, ele está permitindo ou realizando o efeito mutação (cura), a que se refere Jesus.

Eu entendo que esse processo - O Efeito Esponja - atualmente redescoberto e aplicado como Ho´ponopono, pode ser um passo decisivo para a humanidade.
Você estará pondo em prática um ensinamento milenar - o amor ao próximo - de uma maneira simples e objetiva.
Não é necessário dizer para a pessoa ou para o doente (ajudar sem ostentação) e nem traz qualquer tipo de conseqüência nefasta para seu corpo ou alma, pois as atitudes de amor ocultas e sinceras se transformam em antibiótico divino.
  
por Wilson Francisco - wilson153@gmail.com

Saiba mais sobre o Ho´oponopono,aqui:http://www.hooponopono.ws/o-que-e.php

Pense Nisso...


15 de março de 2012

Gabriel Delanne – Um Pesquisador Incansável



Virada de século, virada de milênio, ótima oportunidade para refletir e analisar as diversas contribuições feitas no século XX ao Espiritismo e as chamadas ciências do espírito. Gabriel Delanne (juntamente a Leon Denis) marca a transição do Espiritismo do século XIX, influenciado pela presença de Kardec, para o Espiritismo do início do século XX, buscando sua afirmação científica, tentando empolgar os homens de ciência da época. Nascido em Paris, no dia 23 de março de 1857 – no mesmo ano da publicação de "O Livro dos Espíritos" – Delanne foi (juntamente com Leon Denis) o discípulo mais próximo de Alan Kardec. Além disso foi provavelmente a 1a grande personagem espírita nascida em uma família espírita. Apenas para recordar, Allan Kardec tomo conhecimento dos fenômenos espíritas aos 50 anos e Leon 

Denis era adolescente quando ouviu falar pela 1a vez do Espiritismo. Gabriel Delanne nasceu em família espírita, seu pai Alexandre Delanne acompanhou de perto os trabalhos de Allan Kardec tendo formado um pequeno grupo familiar de estudos espíritas tendo como médium escrevente sua esposa (e mão de Gabriel) Alexandrine Delanne.

Portanto desde criança Gabriel Delanne estava familiarizado com o vocabulário espiritista e assistiu desde muito pequeno a numerosas sessões espíritas. Delanne, inclusive, travou contato com o mestre Kardec na sua infância – Kardec faleceu quando Delanne tinha 12 anos de idade.

Uma vida atribulada e sofrida

Gabriel Delanne iniciou seus estudos no colégio Cluny (em Saone-et-Loire), depois no colégio de Grau (em Haute-Soane) e aos 19 anos ingressou na Escola Central das Artes e Manufatura. Como a situação financeira de seus pais não permitiu a conclusão de seus estudos começou a trabalhar na Companhia de Ar Comprimido e de Eletricidade Popp onde esteve até 1892, dividindo seu tempo entre seu trabalho e sua dedicação ao Espiritismo.

Delanne não gozava de boa saúde. De menino tinha um abcesso no olho esquerdo – pelo qual foi isento do serviço militar – o qual resultou numa infeção que iria progressivamente prejudicar sua visão. No curso dos anos seu estado de saúde foi se agravando. Em 1906 a paralisia dos membros inferiores obrigava-o a andar com duas bengalas. Nem por isso abandonou as conferências na França e no exterior, sempre divulgando as idéias espíritas. No período da 1a guerra (1914/18) a saúde de Delanne piorou ainda mais. Cada movimento era um grande sofrimento e ainda por cima ficou cego. Em 1918 já não conseguia mais andar sendo necessário o uso de cadeira de rodas. Não obstante todos esse sofrimento físico continuou produzindo incessantemente, retirado na vila de Montmorency onde Jean Myer lhe havia dado asilo.

Sua morte se deu em 15 de fevereiro de 1926, aos 69 anos de idade. Sua sepultura se encontra no famoso cemitério parisiense de Pere Lachaise.

Contribuições ao Espiritismo

Como já dito Gabriel Delanne marcou a transição e a continuação da obra de Kardec. Defensor ferrenho do caráter cientifico da Doutrina Espírita dedicou a maior parte de seus esforços na luta por consolidar o Espiritismo como uma ciência estabelecida e complementar às outras. Foi presidente da União Espírita Francesa, presidente da Sociedade de Estudos dos Fenômenos Psíquicos, fundador e diretor da Revista Cientifica e Moral de Espiritismo. Escritor de grande talento dentre suas principais obras destacam-se:

O Espiritismo Perante a Ciência, O Fenômeno Espírita, A 

Evolução Anímica,

A Reencarnação, A Alma é Imortal, Katie King, As 

Materializações da Vila Carmen

Marcam suas obras a defesa ferrenha dos conceitos espíritas e o combate ao materialismo. Utilizando o método racional empregado na época, faz uso de casos e observações para comprovar suas hipóteses. Apesar de aceitar a revelação dos espíritos, sempre procurou a comprovação através dos fatos.

No meu entender sua maior contribuição ao Espiritismo foi a tese do Perispírito. Se o conceito do Perispírito havia sido introduzido por Allan Kardec, foi Delanne quem o definiu, estudou e atribuiu diversas funções na economia corporal e espiritual. Vitalista, atribui ao perispírito a resposta às questões pendentes de sua época:

Como explicar a vida? Por que se morre? Como a estabilidade orgânica é mantida frente a renovação celular constante? Como explicar a ação inteligente da alma sobre o corpo? Onde se localiza a memória? Como se dá a evolução anímica?

Para todas esses questões Delanne ofereceu como resposta a existência do Perispírito, suas características e funções. Além disso desenvolveu brilhante explicação acerca dos fenômenos espíritas, novamente utilizando o Perispírito como peça central, sempre ressaltando que o Espiritismo não tinha nada de sobrenatural e se calcava em bases naturais, ou seja, na existência desse corpo físico, porém etéreo, ponte entre a alma e o corpo físico. Introduziu também com muita força a noção do fluido vital. Finalmente atribuiu ao Perispírito a sede da memória, estabelecendo assim uma ligação entre a reencarnação e a evolução anímica.

De certa forma todo o desenvolvimento científico tentado por diversos autores espíritas, como André Luiz e Hernani G. Andrade, baseiam-se nos postulados de Delanne. É mister admitir que o progresso da ciência demonstrou que várias hipóteses de Delanne estão incorretas, porem é notável o esforço feito por ele para colocar o Espiritismo par a par com a ciência, não só pelo método empregado, mas pela busca constante de fatos que comprovem suas proposições.

A leitura de suas obras mostra um Delanne apaixonado, convencido da força das idéias espíritas e mais que tudo consciente do impacto moral das mesmas, como nos atesta o seguinte trecho da conclusão de sua obra "A Evolução Anímica" 
(Delanne,Gabriel – 6a Edição; Ed. FEB – pág. 252) :

"Com a certeza das vidas sucessivas e da responsabilidade dos nossos atos, muitos problemas revelar-se-ão sob novos prismas. As lutas sociais, que atingem , nesta nossa época, um caráter de aguda aspereza, poderão ser suavizadas pela convicção de não ser a existência planetária mais que um momento transitório no curso de uma eterna evolução.
Com menos orgulho nas camadas altas e menos inveja nas baixas, surgirá uma solidariedade efetiva, em contacto com estas doutrinas consoladoras, e talvez possamos ver desaparecer da face da Terra as lutas fratricidas, ineptos frutos da ignorância , a se dissiparem diante dos ensinamentos de amor e fraternidade, que são a coroa radiosa do Espiritismo."

Por toda sua dedicação a idéia espírita, na defesa do aspecto científico do Espiritismo e por seu humanismo Gabriel Delanne merece lugar de destaque entre os pensadores que contribuíram para a evolução da idéia espírita no século XX.

Por: Marcelo Coimbra Régis
Fonte:Espirit Net

13 de março de 2012

FELICIDADE DE MÉDIUM






Certa vez, o Espírito de um jovem, que aparentava 18 ou 20 anos de idade, apresentou-se à nossa visão, todo envolvido em ataduras de gaze, da cabeça aos joelhos, braços, mãos, rosto. Chorava; e um cheiro forte de iodofórmio anunciou sua presença antes mesmo da materialização.

Compreendemos que seu trespasse se efetivara por uma explosão e que falecera no hospital; O panorama dos acontecimentos relacionados com a desencarnação da entidade comunicante, ou mesmo passagens de seu drama íntimo, são revelados ao médium através das suas próprias irradiações (ou de sua aura), o que produz intuições quase instantâneas, espécie de conversação telepática, ou vibratória, que desvenda as cenas e enseja esclarecimentos para o que se há de tentar, a fim de minorar a sua aflição.

Como sempre, em presença desse Espírito, procuramos fazer leitura amena e esclarecedora, convidando-o a ouvi-la, o que fez com grande respeito e atenção. Oramos juntos e conversamos depois, embora ligeiramente. E tivemos a satisfação de vê-lo sorrir e agradecer, ao se afastar.

Nenhuma conquista humana, nenhum prazer ou alegria deste mundo se poderá comparar à felicidade de um médium que já se viu envolvido em tarefa desse gênero.

O consolo que ele próprio recebe, se sofre, a doçura inefável de que se sente invadir, ao verificar que conseguiu auxiliar um desses pequeninos a quem Jesus ama e recomenda, ultrapassa todas as venturas e triunfos terrenos.

É como se ele próprio, o instrumento mediúnico, houvesse mergulhado em vibrações celestes, através das lágrimas do sofredor do Invisível, às quais procurou enxugar.

Evidentemente que um serviço dessa natureza, realizado por um médium desacompanhado de colaboradores, nem será de fácil realização nem deverá ser encetado levianamente.

Será, antes, espontâneo, provocado e dirigido tão somente pelos Instrutores Espirituais, assim mesmo quando acharem o médium em condições vibratórias adequadas para o feito.


Parece que o médium, então, é imunizado de perigos por processos que escapam à nossa compreensão, o que indica não dever ele jamais desejar ou provocar semelhantes experiências.


Ao demais, antes que tais labores sejam confiados à responsabilidade de um aparelho mediúnico, será necessário que ele se tenha preparado longamente através de um tirocínio ininterrupto, que se tenha desprendido, muitas vezes, do mundo e de si mesmo, através de renúncias e dolorosos testemunhos, de forma a que o coração, ferido por dores inconsoláveis na Terra, esteja preparado para a compreensão exata das lides do invisível.


Muitas dessas entidades, porém, se debruçam sobre o nosso ombro e lêem conosco, interessadas, naquilo que estudamos, o que testemunha ser a vida espiritual simples como a nossa própria vida, a continuação desta, tão somente.

Temos observado que algumas de tais entidades colocam os óculos a que estavam habituadas, quando encarnadas, para lerem melhor, conosco...

Geralmente são, como ficou dito, leituras escolhidas as que fazemos, ou do Evangelho, que projetem com vigor a personalidade e os feitos do Cristo, ou de obras espíritas que melhor toquem o coração.

Assim, sendo, esses pequeninos e sofredores se afeiçoam ao médium que os ajudou nos dias difíceis e se tornam amigos fervorosos para todo o sempre, estabelecendo-se, então, indissolúveis elos de fraternidade.

Há cerca de um ano, pela madrugada, estando nós ainda desperta, apresentou-se à nossa visão um Espírito cujo decesso carnal se teria dado entre os seus trinta e oito ou quarenta anos de idade.

Trajava-se pobremente, com terno azul-marinho, já usado, camisa branca também bastante usada, gravata preta, atada com certo desleixo.

Esquálido e abatido, infinitamente triste, mas já resignado à própria condição, colocou a mão sobre a nossa, num gesto fraterno, e disse:

- Venho agradecer-lhe os votos feitos, em minha intenção, à bondade de Deus... Suas preces me auxiliaram tanto que até minha família, que deixei na Terra, foi beneficiada... Chamo-me Joaquim... e meu nome está no registro do seu caderno de apontamentos.

Constatamos, então, que esse visitante fora suicida... e, materializado, pudemos observar que havia terra em sua indumentária, isto é, impressões da porção de terra em que fora sepultado, assim como sua mente permanecia afeita ao vestuário que habitualmente usava quando vivo, e com o qual fora também para a sepultura.

Como, efetivamente, possuímos um caderno onde registramos nomes de suicidas e pessoas falecidas em geral, conhecidos ou colhidos dos noticiários dos jornais, procuramos verificar se realmente existia nos ditos apontamentos aquele singelo nome.

E encontramos, de fato, entre os suicidas, um Joaquim Pires; tratava-se, portanto, de um dos destacados dos noticiários dos jornais, recomendado para as preces e as leituras diárias.

E estamos certa de que será um bom amigo, cuja afeição nos acompanhará pelo futuro afora...


Fonte:(Yvonne Pereira - Devassando o Invisível).

Espiritismo com Jesus - Palestra de Wagner Gomes da Paixão no 4º Congres...



Fonte: Canal do Youtube:ze40/Rede Amigo Espírita

Pense Nisso...


12 de março de 2012

CONDUTA ESPÍRITA DA MULHER


Compenetrar-se do apostolado de guardiã do instituto da família e da sua elevada tarefa na condução das almas trazidas ao renascimento físico.
Todo compromisso no bem é de suma importância no mundo espiritual.
Afastar-se de aparências e fantasias, consagrando-se às conquistas morais que falam de perto à vida imperecível, sem prender-se ao convencionalismo absorvente.
O retorno à condição de desencarnado significa retorno à consciência profunda.
Afinar-se com os ensinamentos cristãos que lhe situam a alma nos serviços da maternidade e da educação, nos deveres da assistência e nas bênçãos da mediunidade santificante.
Quem foge à oportunidade de ser útil engana a si mesmo.
Sentir e compreender as obrigações relacionadas com as uniões matrimoniais do ponto de vista da vida multimilenária do Espírito, reconhecendo a necessidade das provações regenerativas que assinalam a maioria dos consórcios terrestres.
O sacrifício representa o preço da alegria real.
Opor-se a qualquer artificialismo que vise transformar o casamento numa simples ligação sexual, sem as belezas da maternidade.
Junto dos filhos apagam-se ódios, sublima-se o amor e harmonizam-se as almas para a eternidade.
Reconhecer grave delito no aborto que arroja o coração feminino à vala do infortúnio.
Sexo desvirtuado, caminho de expiação.
Preservar os valores íntimos, sopesando as próprias deliberações com prudência e realismo, em seus deveres de irmã, filha, companheira e mãe.
O trabalho da mulher é sempre a missão do amor, estendendo-se ao infinito.
“E, respondendo, disse-lhe Jesus: — Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.” (LUCAS, 10:41 e 42)



Para todas as irmãs que fazem parte dessa querida casa, meus sinceros votos de grandes realizações, lembrando que apenas os frutos das boas sementes que plantamos poderão fazer parte da nossa colheita legítima. O que recebermos a mais será a bondade de Deus que se manifesta em nosso benefício.


Graaaaaaaaaaande abraço da irmã,


Midian Cruz

7 de março de 2012

8 de Março Dia da Mulher-Parabéns!


No mundo existem diversos tipos de mulheres. Existem as que curam com a força do seu amor e as que aliviam dores com a sua compaixão. Foram exemplos Irmã Dulce, na Bahia e Madre Tereza, na Índia.

Existem mulheres que cantam o que a gente sente e as que escrevem o que a gente sente.

Há muitas mulheres glamourosas, como o foi Lady Di e mulheres maravilhosas que deixam lições eternas, como Eunice Weaver e Madame Curie.

Existem mulheres que fazem rir, e mulheres talentosas no Teatro, nas telas dos cinemas, nos palcos do Mundo.

Entre tantos tipos de mulheres existem as que não são conhecidas ou famosas. Mulheres que deixam para trás tudo o que têm, em busca de uma vida nova. Lembramos das nossas nordestinas e sua luta constante contra a adversidade, para que os filhos sobrevivam.

Mulheres que todos os dias se encontram diante de um novo começo, que sofrem diante das injustiças das guerras e das perdas inexplicáveis, como a de um filho amado, pela tola disputa de um pedaço de terra, um território, um comando.

Mães amorosas que, mesmo sem terem pão, dão calor e oferecem os seios secos aos filhos famintos. Mulheres que se submetem a duras regras para viver.

Mulheres que se perguntam todos os dias, ante a violência de que são vítimas, qual será o seu destino, o seu amanhã.

Mulheres que trazem escritos nos sulcos da face, todos os dias de sua vida, em multiplicadas cicatrizes do tempo.

Todas são mulheres especiais. Todas, mulheres tão bonitas quanto qualquer estrela, porque lutam todos os dias para fazer do mundo um lugar melhor para se viver.

Entre essas, as que pegam dois ônibus para ir para o trabalho e mais dois para voltar. E quando chegam em casa, encontram um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.

Mulheres que vão de madrugada para a fila a fim de garantir a matrícula do filho na escola.

Mulheres empresárias que administram dezenas de funcionários de segunda a sexta e uma família todos os dias da semana.

Mulheres que voltam do supermercado segurando várias sacolas, depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.

Mulheres que levam e buscam os filhos na escola, levam os filhos para a cama, contam histórias, dão beijos e apagam a luz.

Mulheres que lecionam em troca de um pequeno salário, que fazem serviço voluntário, que colhem uvas, que operam pacientes, que lavam a roupa, servem a mesa, cozinham o feijão e trabalham atrás de um balcão.

Mulheres que criam filhos, sozinhas, que dão expediente de oito horas e ainda têm disposição para brincar com os pequenos e verificar se fizeram as lições da escola, antes de colocá-los na cama.

Mulheres que arrumam os armários, colocam flores nos vasos, fecham a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantêm a geladeira cheia.

Mulheres que sabem onde está cada coisa, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para dor de cotovelo do adolescente.

Podem se chamar Bruna, Carla, Teresa ou Maria. O nome não importa. O que importa é o adjetivo: mulher.

* * *

A tarefa da mulher é sempre a missão do amor, estendendo-se ao infinito. Tal tarefa pode ser executada no ninho doméstico, entre as paredes do lar, na empresa, na universidade, no envolvimento das ciências ou das artes.

Onde quer que se encontre a mulher, ali se deverá encontrar o amor, um raio de luz, uma pétala de flor, um aconchego, um verso, uma canção.
 

Fonte:Equipe de Redação do Momento Espírita

Pense Nisso...


6 de março de 2012

Sugestões no Caminho


Lamentar-se por quê?... Aprender sempre, sim.
Cada criatura colherá da vida não só pelo que faz, mas também conforme esteja
fazendo aquilo que faz.
Não se engane com falsas apreciações acerca de justiça, porque o tempo é o juiz de
todos.
Recorde: tudo recebemos de Deus que nos transforma ou retira isso ou aquilo,
segundo as nossas necessidades.
A humildade é um anjo mudo.
Tanto menos você necessite, mais terá.
Amanhã será, sem dúvida, um belo dia, mas para trabalhar e servir, renovar e
aprender, hoje é melhor.
Não se iluda com a suposta felicidade daqueles que abandonam os próprios deveres,
de vez que transitoriamente buscam fugir de si próprios como quem se embriaga para
debalde esquecer.
O tempo é ouro, mas o serviço é luz.
Só existe um mal a temer: aquele que ainda exista em nós.
Não parar na edificação do bem, nem para colher os louros do espetáculo, nem para
contar as pedras do caminho.
A tarefa parece fracassar? Siga adiante, trabalhando, que, muita vez é necessário
sofrer, a fim de que Deus nos atenda à renovação.


Andre Luiz

Melindres


Não permita que suscetibilidades lhe conturbem coração.
Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja.
Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.
Muita vez, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estudá-la.
Melindres arrasam as melhores plantações de amizade.
Quem reclama, agrava as dificuldades.
Não cultive ressentimentos.
Melindrar-se é um modo de perder as melhores situações.
Não se aborreça, coopere.
Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro
.

André Luis

3 de março de 2012

Saulo Gomes fala de como ficou conhecendo Chico Xavier e da sua amizade com o médium,confiram:



Na manhã de 03/03/2012, o reporter Saulo Gomes esteve na 35ª Feira do Livro Espírita no Rio Preto Shopping. Nesta oportunidade a Rede Amigo juntamente com a Rádio Fraternidade transmitiu ao vivo sua palestra e tivemos a participação de membros da Rede Amigo ( Eu,Regih Silva,participei e tive a oportunidade de perguntar para o Saulo qual foi a maior prova que o Chico teria lhe apresentado da sua verdade mediúnica ) e ouvintes da Rádio Fraternidade com perguntas que Saulo respondeu no final, ouça o áudio logo a baixo. 


Saulo Gomes nasceu em 2 de maio de 1928, na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Iniciou sua atividade jornalística em janeiro de 1956, quando foi o primeiro colocado em um concurso no qual disputavam cerca de 200 jovens para uma vaga de repórter da Rádio Continental, uma das emissoras de destaque, na capital da República. Aos 82 anos é o mais experiente repórter ativo no chamado “jornalismo de campo e investigativo”.

Nestes 55 anos de trabalho, no rádio e na TV, acumulou dezenas de prêmios e centenas de processos na justiça brasileira, comprovando sempre absoluta lisura, responsabilidade em suas reportagens, sendo absolvido em todas as ações criminais e cíveis.

Foi o primeiro jornalista caçado pela Revolução de 1964.

Nunca esteve filiado à partidos políticos; entretanto, sua independência e denúncia contra poderosos, civis ou militares, custaram-lhe treze IPMs (Inquérito Policial Militar), exílio no Uruguai e cadeia no Brasil. Além da lide jornalística, encontra tempo para realizar palestras em universidades, nas quais tenta passar sua experiência a futuros profissionais da área.

Poucos repórteres vivenciaram tantos fatos como ele.

Saulo Gomes é considerado um dos mais renomados repórteres do rádio e da televisão brasileira. Seu nome consta entre os heróis e pioneiros da história da TV no País, ao lado de Flávio Cavalcante, Murilo Antunes Alves, entre outros ícones.

Saulo Gomes sempre conduziu reportagens e documentários que alavancaram grandes índices de audiência televisiva, como o Programa Pinga-Fogo com Chico Xavier, que depois de quase 40 anos ainda faz sucesso.

Coube a ele, a responsabilidade de protagonizar um momento histórico, transmitido ao vivo, em 2 de maio de 1980, quando anunciou, às 16:21 horas, que a central paulista da extinta TV Tupi deixava, naquele instante, de gerar suas imagens.

No rádio, ainda jovem, também marcou presença na cobertura jornalística de importantes acontecimentos, a exemplo da catástrofe causada pelo transbordamento do açude de Orós, no Ceará, em 1960. Participou ainda de reportagens especiais para Chacrinha; Flávio Cavalcanti “Boa Noite Brasil”; Hebe Camargo; ”Brasil Urgente”; série "Os Grandes Erros Judiciários" para o Programa Jota Silvestre; reportagens especiais para o programa 3ª Visão, dirigido por César Vanucci; Programa “Ratinho Livre”; Programa “Leão Livre”; Cidade Alerta e outros.

Saulo Gomes foi homenageado, como autor local, na 11ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, em 2011.

Atualmente, Saulo Gomes está escrevendo suas memórias e passando para livros e DVDs suas reportagens mais marcantes.









Fonte: Rede Amigo Espírita