31 de outubro de 2012

Ante a Calúnia

É inevitável ser vítima da calúnia, que faz parte do orçamento moral de muitas pessoas, a fim de ser apresentada no mercado da leviandade humana.

Muitos se comprazem em urdi-la e desferi-la, por inveja, ciúme ou, simplesmente, por doença moral.

Outros se encarregam de divulgá-la, alegrando-se em fazê-lo, porque também atormentados.

*
Não sintonizes com aqueles que vivem nessa faixa.

Igualmente não te permitas atingir pelas farpas caluniosas que te arrojam.

Vive de tal forma, que o caluniador fique desmoralizado por falta de provas.

Cada dia é lição que se transforma em vida, ao longo do teu caminho eterno.

Diariamente surgem episódios de calúnia, intentando alcançar alguém.

Assim, perdoa o caluniador. Ele não fugirá de si mesmo.

*
Contam que uma caluniadora buscou o seu confessor e narrou, arrependida, a sua insensatez.

Pedindo a absolvição para o triste delito, perguntou ao ouvinte atento qual era a sua penitência.

Aquele reflexionou e pediu-lhe que fosse ao lar e trouxesse uma almofada de plumas, subisse à torre da igreja e dali as espalhasse ao vento com máximo cuidado, e, após, viesse receber a competente liberação.

Tão logo terminou de fazê-lo, a confessa retornou e perguntou:

- E agora?

- Volta lá - respondeu o sacerdote - recolhe todas as plumas e refaze a almofada.

A calúnia são plumas ao vento que vão sempre adiante para a amargura do caluniador.

FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 30.

30 de outubro de 2012

Caminhos do Coração





Multiplicam-se os caminhos do processo evolutivo, especialmente durante a marcha que se faz no invólucro carnal.

Há caminhos atapetados de facilidades, que conduzem a profundos abismos do sentimento.

Apresentam-se caminhos ásperos, coalhadas de pedrouços que ferem, na forma de vícios e derrocadas morais escravizadores.

Abrem-se, atraentes, caminhos de vaidade, levando a situações vexatórias, cujo recuo se torna difícil.

Repontam caminhos de angústia, marcados por desencantos e aflições desnecessárias, que se percorrem com loucura irrefreável.

Desdobram-se caminhos de volúpias culturais, que intoxicam a alma de soberba, exilando-a para as regiões da indiferença pelas dores alheias.

Aparecem caminhos de irresponsabilidade, repletos de soluções fáceis para os problemas gerados ao longo do tempo.

Caminhos e caminhantes!

Existem caminhos de boa aparência, que disfarçam dificuldades de acesso e encobrem feridas graves no percurso.

Caminhos curtos e longos, retos e curvos, de ascensão e descida, estão por toda parte, especialmente no campo moral, aguardando ser escolhidos.

Todos eles conduzem a algum lugar, ou se interrompem, ou não levam a parte alguma... São, apenas, caminhos: começados, interrompidos, concluídos...

Tens o direito de escolher o teu caminho, aquele que deves seguir.

Ao fazê-lo, repassa pela mente os objetivos que persegues, os recursos que se encontram à tua disposição íntima assinalando o estado evolutivo, a fim de teres condição de seguir.

Se possível, opta pelos caminhos do coração.

Eles, certamente, levarão os teus anseios e a tua vida ao ponto de luz que brilha à frente esperando por ti.

O homem estremunha-se entre os condicionamentos do medo, da ambição, da prepotência e da segurança que raramente discerne com correção.

O medo domina-lhe as paisagens íntimas, impedindo-lhe o crescimento, o avanço, retendo-o em situação lamentável, embora todas as possibilidades que lhe sorriem esperança.

A ambição alucina-o, impulsionando-o para assumir compromissos perturbadores que o intoxicam de vapores venenosos, decorrentes da exagerada ganância.

A prepotência anestesia-lhe os sentimentos, enquanto lhe exacerba as paixões inferiores, tornando-o infeliz, na desenfreada situação a que se entrega.

A liberdade a que aspira, propõe-lhe licenças que se permite sem respeito aos direitos alheios nem observância dos deveres para com o próximo e a vida; destruindo qualquer possibilidade de segurança, que, aliás, é sempre relativa enquanto se transita na este física.

Os caminhos do coração se encontram, porém, enriquecidos da coragem, que se vitaliza com a esperança do bem, da humildade, que reconhece a própria fragilidade, e satisfaz-se com os dons do espírito - ao invés do tresvariado desejo de amealhar coisas de secundário importância - os serviços enobrecedores e a paz, que são a verdadeira segurança em relação às metas a conquistar.

Os caminhos do coração encontram-se iluminados pelo conhecimento da razão, que lhes clareia o leito, facilitando o percurso.

Jesus escolheu os caminhos do coração para acercar-se das criaturas e chamá-las ao reino dos Céus.

Francisco de Assis seguiu-Lhe o exemplo e tornou-se o herói da humildade.

Vicente de Paulo optou pelos mesmos e fez-se o campeão da caridade.

Gandhi redescobriu-os e comoveu o mundo, revelando-se como o apóstolo da não-violência.

Incontáveis criaturas, nos mais diversos períodos da humanidade e mesmo hoje, identificaram esses caminhos do coração e avançam com alegria na direção da plenitude espiritual.

Diante dos variados caminhos que se desdobram convidativos, escolhe os caminhos do coração, qual ovelha mansa, e deixa que o Bom Pastor te conduza ao aprisco pelo qual anelas.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos de Felicidade.

26 de outubro de 2012

Justiça Humana e Justiça Divina



O capítulo II da Constituição Brasileira, que trata “dos direitos e das garantias individuais”, em seu art. 141, § 30 e 31, consagra dois princípios altamente humanitários, que vale a pena analisar e comparar com dois dogmas fundamentais das igrejas ditas cristãs.

Reza o citado § 30: “Nenhuma pena passará da pessoa do delinquente.”


Isto quer dizer que no Brasil, como de resto em todos os países civilizados do mundo, qualquer pena (punição que o Estado impõe ao delinquente ou contraventor, por motivo de cri­me ou contravenção que tenha cometido, com a finalidade de exemplá-lo e evitar a prática de novas infrações) só poderá recair sobre o culpado, não podendo, em hipótese alguma, alcançar outra(s) pessoa(s).


Exemplifiquemos: se um indivíduo cometer um crime, pelo qual seja sentenciado a uns tantos anos de prisão celular, mas venha a escapulir, sem que as autoridades policiais consigam apanhá-lo, ou faleça antes de haver cumprido toda a pena, não pode o Estado trancafiar um seu parente (filho, neto, etc.) para que cumpra ou resgate o final do castigo imposto a ele, criminoso.


Aliás, se o fizesse, passaria a si mesmo um atestado de despotismo e provocaria os mais veementes protestos, pois repugna às consciências esclarecidas admitir que “o inocente pague pelo pecador”.


Essa noção de intransferibilidade de méritos e deméritos, já a tinham os profetas do Velho Testamento. O cap. 18 de Ezequiel, v. g., versa exclusivamente esse ponto. Ali se diz que se um homem for bom e obrar conforme a equidade e a justiça, mas venha a ter algum filho ladrão, que derrame sangue ou cometa outras faltas abomináveis, este terá que arcar com as conse­quências de seus delitos, de nada lhe valendo as boas qualidades paternas.


Da mesma sorte, se um homem não guardar os preceitos divinos, se for um grande pecador, mas o filho “não fizer coisas semelhantes às que ele obrou”, não responderá pelos desacertos do pai. E conclui (v. 20):


“A alma que pecar, essa morrerá: o filho não carregará com a iniquidade do pai, e o pai não carregará com a iniquidade do filho; a justiça do justo será sobre ele, e a impiedade do ímpio será sobre ele.”


Claríssimo, pois não?


No entanto, tomando por base uma alegoria do Gênesis (cap. 3), cuja interpretação foge ao objetivo deste trabalho, — a Teologia engendrou e vem sustentando, através dos séculos, o dogma do “pecado original”, segundo o qual to­dos os homens, gerações pós gerações, inclusive aqueles que virão a nascer daqui a séculos ou milênios, são atingidos inexoravelmente por uma falta que não é sua!


Ora, mesmo que a referida alegoria bíblica (tentação de Eva e queda do homem) fosse um fato histórico, real, que culpa teríamos nós outros, da desobediência praticada por “nossos primeiros pais” num passado cuja ancianidade remonta à noite dos tempos?


Se a responsabilidade pessoal é princípio aceito universalmente; se nenhum Código Penal do mundo admite que se puna alguém por um crime praticado por seus ancestrais; como poderia Deus castigar-nos por algo de que não fomos participantes, ou melhor, que teria ocorri­do quando nem sequer existíamos?


Não é possível!


Se Deus nos criasse, mesmo, com esse estigma, expondo-nos, consequentemente, às mui­tas misérias da alma e do corpo, por causa do erro de outrem, então a Justiça Divina seria menos perfeita que a justiça humana, posto que esta, como vimos, não permite tal aberração.


Como é óbvio, o Criador hão pode deixar de ser soberanamente justo e bom, pois sem esses atributos não seria Deus. E como o dogma do “pecado original” não se coaduna com a Bondade e a Justiça Divinas, não há como fugir à conclusão, de que é falso e insustentável, sendo cada um responsável apenas pelos seus próprios atos, e não pelos deslizes de seus avoengos, ainda que eles se chamem Adão e Eva...



Autor: Rodolfo Calligares

25 de outubro de 2012

Pastores ou Lobos?








Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam pelas vidas das ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.

No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.

Pastores buscam o bem de suas ovelhas; lobos buscam os bens das ovelhas.

Pastores gostam de convívio; lobos gostam de reuniões. 

Pastores vivem a sombra da cruz; lobos vivem a sombra de holofotes.

Pastores choram pelas suas ovelhas; lobos fazem suas ovelhas chorar. 

Pastores tem autoridade espiritual; lobos são autoritários e dominadores. 

Pastores tem esposas; lobos têm co-adjuvantes.

Pastores tem fraquezas; lobos são poderosos. 

Pastores olham nos olhos; lobos contam cabeças. 

Pastores apaziguam as ovelhas; lobos intrigam as ovelhas.Pastores tem senso de humor; lobos se levam a sério.

Pastores são ensináveis; lobos são donos da verdade. 

Pastores tem amigos; lobos têm admiradores. 

Pastores se extasiam com mistério; lobos aplicam técnicas religiosas.

Pastores vivem o que pregam; lobos pregam o que não vivem.

Pastores vivem de salários; lobos enriquecem. 

Pastores ensinam com a vida; lobos pretendem ensinar com discursos.

Pastores sabem orar no secreto; lobos só oram em público. 

Pastores vivem para suas ovelhas; lobos se abastecem das ovelhas. 

Pastores são pessoas humanas; lobos são personagens religiosos caricatos.

Pastores vão para o púlpito; lobos vão para o palco. 

Pastores são apascentadores; lobos são marqueteiros.

Pastores são servos humildes; lobos são chefes orgulhosos.

Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas; lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.

Pastores apontam para Cristo; lobos apontam para si mesmos e para a instituição. 

Pastores são usados por Deus; lobos usam as ovelhas em nome de Deus. 

Pastores falam da vida cotidiana; lobos discutem o sexo dos anjos.

Pastores se deixam conhecer; lobos se distanciam e ninguém chega perto. 

Pastores sujam os pés nas estradas; lobos vivem em palácios e templos. 

Pastores alimentam as ovelhas; lobos se alimentam das ovelhas.

Pastores buscam a discrição; lobos se autopromovem.

Pastores conhecem, vivem e pregam a graça; lobos vivem sem a lei e pregam a lei.

Pastores usam as escrituras como texto; lobos usam as escrituras como pretexto. 

Pastores se comprometem com o projeto do reino; lobos têm projetos pessoais. 

Pastores vivem uma fé encarnada; lobos vivem uma fé espiritualizada.

Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas; lobos perpetuam a infantilização das ovelhas. 

Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas; lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.

Pastores confessam seus pecados; lobos expõem o pecado dos outros.

Pastores pregam o Evangelho; lobos fazem propaganda do Evangelho.

Pastores são simples e comuns; lobos são vaidosos e especiais.

Pastores tem dons e talentos; lobos têm cargos e títulos. 

Pastores são transparentes; lobos têm agendas secretas. 

Pastores dirigem igrejas-comunidades; lobos dirigem igrejas-empresas.

Pastores pastoreiam as ovelhas; lobos seduzem as ovelhas. 

Pastores trabalham em equipe; lobos são prima-donas. 

Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo; lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.

Pastores constroem vínculos de interdependência; lobos aprisionam em vínculos de co-dependência. 
Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-los do aviso de Jesus Cristo: 

Guardai-vos dos falsos profetas, que vêem a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores*". (Mateus 7:15)

Osmar Ludovico




24 de outubro de 2012

Chico Xavier, o maior brasileiro de todos os tempos




1 – Pela TV-jornalismo, do SBT, Francisco Cândido Xavier, ou Chico Xavier, acaba de ser eleito o maior brasileiro da história do Brasil, sob o título: O maior brasileiro de todos os tempos. É interessante frisar que esse sufrágio, de 71,4%, representa o reconhecimento sincero do maior contingente da população brasileira, significando, com isso, que Chico Xavier tornou-se, de fato, um patrimônio da humanidade, independentemente da posição social e da cor política, filosófica, ou religiosa dos votantes. Seus exemplos e maneira especial de amar a todas as criaturas fizeram dele o protótipo do ser humano, um ser universal, como todos lá um dia haveremos de alcançar. Tornou-se, não há dúvida, um cidadão do Universo.
 
2 – Chico Xavier nasceu na cidade mineira de Pedro Leopoldo, no entorno de Belo Horizonte, no dia 2 de abril de 1910 e retornou à Espiritualidade no dia 30 de junho de 2002, em Uberaba, Minas, logo depois do Brasil sagrar-se pentacampeão mundial de futebol. Lembremo-nos de que Chico teria dito, antes de partir, que gostaria de voltar a penates no dia em que o brasileiro estivesse muito feliz. Fica evidente que sua desencarnação teria sido programada, o que não é de espantar, porque, como ele próprio dizia, o telefone toca de lá para cá e não de cá para lá. Noutras palavras, Chico quis dizer que o mundo espiritual governa o mundo material; que o mundo espiritual é o molde do mundo material. E mais: que o mundo espiritual é que dita as normas que devem ser cumpridas pelos mundos físicos. Chico Xavier obteve 71,4% de sufrágio, repita-se, concorrendo com os seguintes finalistas: Airton Senna, Fernando Henrique Cardoso, Getúlio Vargas, Irmã Dulce, Juscelino Kubitschek, Luiz Inácio Lula da Silva, Oscar Niemeyer, Pelé, Princesa Isabel, Santos Dumont e Tiradentes.
 
3 – É oportuno repisar, aqui, a tese de acordo com a qual Chico veio para completar a missão do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, ou seja, Allan Kardec, cognome atrás do qual procurou ocultar o seu brilhantismo de mestre em toda a Europa, a fim de que a obra do Consolador não sofresse qualquer influência. Adotando o nome de Allan Kardec, codificou a Doutrina dos Espíritos, tida como a continuidade natural do Cristianismo, em sua feição pura e simples dos tempos apostólicos. No entanto, ao coordenar os ensinos dos espíritos superiores, não foi apenas o registrador de fatos e fenômenos, mas também o seu coautor, complementando-a, com inusitada competência, pelo que se pode constatar das obras básicas.
 
4 – Todavia, a obra de restauração do Cristianismo, por sua magnitude, não estava completa. Outro esforço gigantesco far-se-ia imprescindível, noutra oportunidade, no futuro. O Codificador teria que retornar à liça humana para completá-la, avisou-lhe seu mentor espiritual. Reencarnaria no final do século XIX ou no início do século XX. De fato, no dia 2 de abril de 1910, renascia o professor Hippolyte Léon Denizar Rivail, Allan Kardec, na modesta e bucólica Pedro Leopoldo, nas Minas Gerais, na roupagem de Francisco Cândido Xavier. E a Espiritualidade, sabedora de que Allan Kardec reencarnado estava sendo objeto de busca pelas almas ainda trevosas, no intuito de desviá-lo de sua magna missão de complementar as obras estruturais do Espiritismo, esconderam-no no seio da própria Igreja Católica, onde ficou, inclusive como “coroinha”, até aos 17 anos de idade, quando, já médium ostensivo, adotou o Espiritismo. Como se disse, far-se-ia necessário a complementação dos ensinos de Jesus, revividos na Doutrina Espírita, que, como o próprio Mestre o disse, não poderia tudo nos ensinar. Mas que, no momento oportuno, enviar-nos-ia o Paracleto, o Consolar, o Espírito de Verdade, que mais não é do que o Espiritismo. Foi assim que se cumpriu, de uma vez por todas, a promessa do grande Mestre, conforme consta no Evangelho de João, Cap. 14: 15 a 17 e 26:
 
“Se me amais, guardai os meus mandamentos, e eu rogarei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará toda as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito”.
 
 
5 – A afirmativa de que Allan Kardec voltara, como anunciado, não deixa nenhuma dúvida nos que realmente conhecem os perfis de um e de outro, isto é, de Allan Kardec e de Chico Xavier. Allan Kardec tinha a missão de trazer-nos, como trouxe, a Doutrina dos Espíritos, em suas bases estruturais, nos campos da Filosofia, da Ciência e da fundamentação espiritual. A Chico Xavier, competiria complementá-la, tal como o fez, brindando-nos com a sua ampliação e prática verdadeiramente evangélica, a fim de que se pudesse dizer, alto e bom som, que, de fato, o Espiritismo é uma doutrina tríplice: Filosofia, Ciência e Religião, e também que obedece, rigorosamente, a um princípio de unidade: o mesmo princípio universal de que é plena a natureza. Os pontos de contato entre as duas personalidades, Allan Kardec e Chico Xavier, convencem-nos de que representaram, no plano físico, a mesma individualidade. Permitam-me repetir aqui, ao ensejo, o que registrei, alhures, em meu livro “A volta de Allan Kardec” – 3ª edição – Feego, às páginas 409-411:
          
Pontos de Contato de Duas Personalidades
 
“A versatilidade de Chico Xavier, em todos os ângulos do saber, iguala à de Allan Kardec. Quem o conheceu e com ele conviveu em sua última experiência física que o diga. No campo da literatura, por exemplo, basta que meditemos sobre suas plangentes palavras, registradas no título 83, da 6ª parte, para que tiremos nossas ilações:
 
“Eu sempre quis ter livros... Quando menino, colecionava revistas, gravuras, histórias dos santos da Igreja... Sempre gostei muito de ler, mas nunca pude comprar um livro... Admirava, nas fotos, as grandes bibliotecas... Quando os espíritos começaram a escrever por meu intermédio, eu tinha uma vontade imensa de ver as páginas de autoria deles publicadas... Comecei, então, a fazer livros artesanais: criava capa para eles, autografava e presenteava os amigos... O meu propósito era o de despertar em alguém a vocação para o livro espírita; tinha esperança de que, um dia, alguém se interessasse pela edição das mensagens dos espíritos amigos por meu intermédio... Manuel Quintão foi um grande benfeitor do livro espírita... Ele me abriu as portas da FEB... Certa vez, o meu pai, que não podia compreender a minha vocação literária, queimou todas as minhas coleções... Chorei muito, mas Emmanuel me disse que não ficasse triste. Até hoje, passados tantos anos, sinto na alma aquela emoção indefinível quando tive em minhas mãos o primeiro exemplar do Parnaso de Além-Túmulo!... Muitos livros vieram depois e continuam vindo, mas a emoção do Parnaso editado foi uma das maiores alegrias da minha vida…”  

 
Particularmente, Chico deixou também, nos jardins de Orfeu, seu lamento poético, que denota inegável experiência de antanho no setor das musas, publicando em vários periódicos daquela época, em sua primeira mocidade, sonetos de sua própria inspiração. Rememoremos, aqui, apenas dois tercetos de um deles:
 
... Mensageiro do Amor, da Caridade,
Missionário do Bem e da Verdade,
Que partiste sorrindo para a luz;
 
Venturoso serás nessas Moradas,
Onde existe o fulgor das alvoradas
Desse Amor portentoso de Jesus!

 
Nesse ponto, diga-se, de leve, Allan Kardec tinha também, ao lado de sua racionalidade, sua veia poética, reminiscência de vidas pretéritas, noutras plagas. Permitimo-nos repetir o que se transcreveu no título 46, da 5ª parte, quando a médium Sra. De Cardone diz a Kardec:
 
“...Tem número, medida e cadência o vosso estilo; mas, por vezes, trocaríeis um pouco da sua precisão por uma certa poesia...”

 
Como se percebe, não há dúvida de que a cadência e o ritmo no estilo de Allan Kardec advêm de suas experiências nos campos da música e da poesia, adquiridas em vidas anteriores, o que viria, no futuro, colaborar para que fosse maleável nas mãos dos espíritos componentes da plêiade do Consolador.
 
No campo da música erudita, Chico também deixou sua marca, ao discorrer sobre a teoria da música, na presença de Ranieri e João Cabetti. A informação consta do título 70, da 6ª parte.
 
Conta Ranieri:
 
"... Amar a música como Chico ama é difícil. Sabemos que tinha especial predileção por Beethoven e que não despreza, por outro lado, a música de Roberto Carlos".
 
E falando sobre o encontro que ele, Ranieri, e Chico tiveram com João Cabetti, em Uberaba, retirou da longa conversa de Chico com Cabetti a seguinte conclusão:
 
"... Fiquei admirado de vê-lo discorrer sobre a teoria musical e composição".
 
6 – O Espiritismo só se patentearia como uma doutrina unitária, solene e incontestavelmente de convicção se proviesse, como proveio, de um único coordenador. Daí, tendo em vista essa necessidade de uniformização de princípios, de unidade, ter o mentor de Allan Kardec dito, em Obras Póstumas, que ele, Allan Kardec, não terminaria a obra ao ensejo de seu renascimento de então, mas a completaria, noutra oportunidade, no final do século XIX ou início do século XX, época em que voltaria a reencarnar-se na Terra. Pelo que se sabe, Chico Xavier reencarnou no Brasil, no início do século XX, em 1910. Trata-se, pois, de uma questão de lógica afirmar-se que o mesmo espírito que animou a personalidade de Allan Kardec animou depois a personalidade de Chico Xavier. Por isso é notória a unidade dos princípios kardequianos, serena e substancial nos dois momentos cardiais do Espiritismo: primeiro, com Allan Kardec; depois, com Chico Xavier, sem qualquer stacatto em suas premissas, ou sobressaltos em seus postulados. Em razão disso, é mais que lógico afirmar-se que o Espiritismo é a continuidade natural e espontânea do Cristianismo.

Tal como o Cristianismo, o Espiritismo deve primar pela simplicidade. Sobre isso, disse Chico Xavier:
 
“O Espiritismo não pode perder a simplicidade que o caracteriza como o Cristianismo puro e simples dos primeiros tempos, da época de Jesus”.
 
7 – Considerando que no último dia 3 deste mês de outubro realizou-se a efeméride de nascimento de Allan Kardec, na cidade de Lyon, França, em 1804, é de nosso dever HOMENAGEAR esse grande avatar nas suas duas reencarnações, de grande proveito para a humanidade, seja na personalidade de Hippolyte Léon Denizard Rivail – Allan Kardec –, seja, na personalidade de Francisco Cândido Xavier – Chico Xavier! Tratando-se, como se trata, da mesma individualidade, ou do mesmo espírito, de ordem superior, essa HOMENAGEM se impõe, nesta hora, em que essa alma de escol vem de ser agraciada, por mérito, como o MAIOR BRASILEIRO DA HISTÓRIA da pátria, do “Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho”.

Hosanas, pois, ao maior brasileiro de todos os tempos: Chico Xavier, em sua última romagem sobre o plano terráqueo!...

Ave, Allan Kardec!... Ave, Chico Xavier!...


Weimar Muniz de Oliveira
Magistrado aposentado, presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (Abrame) e do Lar de Jesus, diretor da Federação Espírita do Estado de Goiás (Feego) e membro do Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira (FEB).


Dedicatória de Chico Xavier na primeira edição do livro Kardec prossegue


Explicação da primeira dedicatória de Chico Xavier na primeira edição do livro Kardec prossegue



Livro Kardec prossegue, de Adelino da Silveira


Dedicatória de Chico Xavier na segunda edição do livro Kardec prossegue


Explicação da dedicatória de Chico Xavier na segunda edição do livro Kardec prossegue


Edição atual do livro Kardec prossegue, de Adelino da Silveira



Primeira edição do livro A volta de Allan Kardec, de Weimar Muniz de Oliveira


Edição atual do livro A volta de Allan Kardec, de Weimar Muniz de Oliveira


Livro Chico Xavier, a reencarnação de Allan Kardec, de Carlos Baccelli


Creuza e Weimar Muniz de Oliveira, Geraldinho Lemos, Marlene Nobre,
Bárbara, Jhon Harley, Neida, Carlos Baccelli, Naninha Machado e Fontana
na Casa de Chico Xavier em Pedro Leopoldo



Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Por Weimar Muniz de Oliveira | Goiânia
12/10/2012

"A Música segundo o Espiritismo" palestra musical com Ery Lopes & João L...

20 de outubro de 2012

PORQUE APOMETRIA NÃO É ESPIRITISMO:


O médico carioca, residente em Porto Alegre, Dr. José Lacerda, desde os anos 50 espírita que era então começou a realizar, numa pequena sala do Hospital Espírita de Porto Alegre chamada 'A Casa do Jardim', atividades mediúnicas normais.

Com o tempo ele recebeu instruções dos espíritos e realizou investigações pessoais que desaguaram em um movimento ao qual ele deu o nome de Apometria.
Não irei entrar no mérito nem no estudo da apometria porque eu não sou apometra, eu sou espírita o que posso dizer é que a apometria, segundo os apometras, não é espiritismo. 

Porquanto as suas práticas estão em total desacordo com as recomendações de O Livro dos Médiuns. Não examinaremos aqui o mérito ou demérito porque eu não pratico a apometria, mas segundo os livros que tem sido publicados, a apometria, segundo a presunção de alguns, é um passo avançado do movimento Espírita no qual Allan Kardec estaria ultrapassado.

 Allan Kardec foi a proposta para o século XIX e para parte do século XX e a apometria é o degrau mais evoluído no qual Allan Kardec encontra-se totalmente ultrapassado. Tese com a qual, na condição de espírita, eu não concordo em absoluto. 

Na prática e nos métodos de libertação dos obsessores a violência que ditos métodos apresenta, a mim, pessoalmente, me parecem tão chocantes que fazem recordar-me da lei de Talião que Moises suavizou com o código legal e que Jesus sublimou através do amor.
Quando as entidades são rebeldes os doutrinadores depois de realizarem uma contagem cabalística ou de terem o gestual muito específico expulsam pela violência esse espírito para o magma da Terra, a substância ainda em ebulição do nosso planeta. 
O colocam em cápsulas espaciais e disparam para o mundo da erraticidade. 

Não iremos examinar a questão esdrúxula desse comportamento, mas se eu, na condição de espírito imperfeito que sou, chegasse desesperado num lugar pedindo misericórdia e apoio na minha loucura, e outrem, o meu próximo, me exilasse para o magma da Terra, para eu experimentar a dureza de um inferno mitológico ou ser desintegrado, eu renegaria àquele Deus que inspirou esse adversário da compaixão. 
Ou se me mandasse numa cápsula espacial para que fosse expulso da Terra. 

Com qual autoridade? Quando Jesus disse que o seu reino é dos miseráveis.
Na parábola do Festim de Bodas, ele manda buscar os mendigos, aqueles que estão nos lugares escabrosos já que os eleitos recusaram e mataram os seus embaixadores. 

A Doutrina Espírita centraliza-se no amor e todas essas práticas novas, das mentalizações, das correntes mento-magnéticas, psico-telérgicas, para nós espíritas, merecem todo respeito, mas não tem nada a ver com espiritismo. Seria o mesmo que as práticas da Terapia de Existências Passadas nós realizarmos dentro da casa espírita ou da cromoterapia ou da cristalterapia, fugindo totalmente da nossa finalidade. 

A Casa Espírita não é uma clínica alternativa, não é lugar onde toda experiência nova vai colocada em execução. Tenho certeza de que aqueles que adotam esses métodos novos, primeiro, não conhecem as bases Kardequianas e ao conhecerem-nas nunca vivenciaram para terem certeza, seria desmentir todo material revelado pelo mundo espiritual nestes 144 anos de codificação, no Brasil e no mundo, pela mediunidade incomparável de Chico Xavier, as informações que vieram por esse médium impar, pela notável Yvone do Amaral Pereira, por Zilda Gama, por tantos médiuns nobres conhecidos e nobres desconhecidos no seu trabalho de socorro. 

Então se alguém prefere a apometria, divorcie-se do Espiritismo. É um direito! Mas não misture para não confundir.

A nossa tarefa é de iluminar, não é de eliminar. O espírito mau, perverso, cruel é nosso irmão na ignorância. Poderia haver alguém mais cruel do que o jovem Saulo de Tarso? Ele havia assassinado Estevão a pedradas, havia assassinado outros, e foi a Damasco para assassinar Ananias. Jesus não o colocou numa cápsula espacial e disparou para o infinito. Apareceu a ele! Conquistou-o pelo amor: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" 
Pode haver maior ternura nisso? 
E ele tomado de espanto perguntou: "Que é isto?" "- Eu sou Jesus, aquele a quem persegues". E ele então caiu em sí. 

Emmanuel usa esta frase: E caindo em si, quer dizer aquela capa do ego cedeu lugar ao encontro com o ser profundo, caindo em si. Ele despertou, e graças a ele nós conhecemos Jesus pela sua palavra, pelas suas lutas, pelo alto preço que pagou, apedrejado várias vezes até ser considerado morto, jogado por detrás dos muros nos lugares do lixo, dos dejetos ele foi resgatado pelos amigos e continuou pregando. 

Então os espíritos perversos merecem nossa compaixão e não nosso repúdio. Coloquemo-nos no lugar deles. Que sejas como conosco quando nós éramos maus e ainda somos aqui conosco. Basta que alguém nos pise no calcanhar ou nos tome aquilo que supomos que é nosso, para ver como irrompe a nossa tendência violenta e nós nos transformamos de um para outro momento. 

Não temos nada contra a Apometria, as correntes mento-magnéticas, aquelas outras de nomes muito esdrúxulos e pseudo-científicos. 
Não temos nada contra. Mas como espíritas, nós deveremos cuidar da proposta Espírita. E da minha condição de Espírita, exercendo a mediunidade há mais de 54 anos, os resultados tem sido todos colhidos da árvore do amor e da caridade. 
Não entrarei no mérito dos métodos, que são bastante chocantes para a nossa mentalidade espírita, que não admite ritual, gestual, gritaria, nem determinados comportamentos, porque a única força é aquela que vem de dentro. Para esta classe de espíritos são necessários jejum e oração.


Por:Divaldo Franco


Transcrito do programa Presença Espírita da Rádio Boa Nova a partir de palestra de Divaldo Pereira Franco (Agosto/2001)



Nota do Blog:

Divaldo nessa entrevista está argumentando à respeito de uma das práticas da apometria, pois apometria não é só isso;que fique bem claro. 
Para mais informção:http://pt.wikipedia.org/wiki/Apometria

19 de outubro de 2012

VÍRUS DESTRUIDOR


A intriga é semelhante a um vírus destruidor que se multiplica rapidamente, aniquilando a organização de que se nutre.
Imiscui-se sutilmente e prolifera com volúpia, irradiando a sua morbidez devastadora.

Com facilidade transfere-se de uma para outra vítima, conseguindo gerar o ambiente pestífero que lhe é próprio.

O intrigante, por sua vez, é enfermo da alma, portando graves distúrbios emocionais e morais.

É invejoso, e transfere-se da conduta deplorável que lhe é característica para a das acusações perniciosas; é portador de complexo de inferioridade, mantendo sentimentos competitivos com os demais, e porque não possui os requisitos hábeis para vencer, oculta-se na intriga, mediante a qual denigre aquele de quem se faz opositor; é perverso, porque respira mágoas a respeito do seu próximo, que procura anular através das covardes assacadilhas...

Urde planos nefastos e mascara-se com sorrisos pérfidos com que engana as suas vítimas, enquanto as combate com ferocidade.

Sempre armados, a sua imaginação corrompe tudo quanto ouve e vê, adaptando à vérmina que traz no pensamento. Ninguém se livra da intriga insidiosa e cruel.

São célebres na História da Humanidade as intrigas palacianas...

Nas cortes, onde a frivolidade e o ócio predominavam, as intrigas no passado, assim como no presente, têm sido o alimento mantenedor dos parasitas morais que as constituem.

Quase todas as criaturas têm sido abaladas pela insídia da sua maldade, derrubando potentados e afastando pessoas nobres da execução dos seus elevados ideais.

Tronos são derruídos pela insídia da intriga; reis e potestades tombam nas malhas que as asfixiam.

A intrig é irmão gêmea da traição que se homizia no âmago dos Espíritos infelizes.

Todo grupamento social, político, acadêmico, popular, religioso, cultural ou de trabalho e de lazer, é vítima dos profissionais da intriga, neles integrados com os nefandos objetivos de os desagregar.

...E a intritga campeia a soldo da insegurança, da imaturidade psicológica das criaturas humanas.

O intrigante é instrumento dócil das Trevas que pretendem manter a sociedade na ignorância, no atraso moral, a fim de nutrir-se das emanações humanas que vampirizam.

Movimenta-se com facilidade porque é pusilânime, tornando-se hoje amigo daquele que no passado feriu, e assim, sucessivamente, em relação às pessoas que, no futuro, serão suas vítimas.

Alegra-se ao ver os distúrbios que provoca sem deixar-se trair, sorrindo de prazer ante as injunções penosas que a sua conduta reprochável dá lugar.

Encontra-se em toda parte, por constituir larga fatia da sociedade inditosa que se compraz na maledicência, nas observações distorcidas...

São necessários antídotos vigorosos para sanar essa epidemia ou muita água em forma de paciência e compaixão para apagar os incêndios morais que provoca.

A intriga é semelhante a cupim que destrói a fonte de onde retira o alimento, sem deixar vestígios externos, até o momento em que se desorganizam as estruturas nas quais se refugia.

Fecha os ouvidos à persuasiva palavra simulada do intrigante, que te escolhe para a catarse da própria desdita.

Não passes adiante a informação infeliz que ele te transmite com o objetivo de envenenar-te o que, invariavelmente, consegue.

Abafa a intriga que te chega ao conhecimento no poderoso algodão do silêncio e da dignidade.

Desarma-te, em relação ao teu irmão, adquire autoconfiança e autoconsciência, que te instrumentalizam para não aceitares a morbidez da intriga destruidora.

Mesmo no colégio galileu, a intriga e o ciúme campeavam, culminando na traição de Judas e em negação de Pedro em referência a Jesus, que sempre os amou.

Sê fiel ao teu ideal, mantendo lealdade com relação àqueles que constituem a tua família biológica, quanto a espiritual.

Não agasalhes informações nefastas, deixando-te contaminar pelo morbo sempre ativo da intriga.

Respeita a concha dos teus ouvidos, preservando-a da intriga e dignifica a tua voz não a propagando, dessa maneira deixando-a diluir-se no oceano da tua conduta moral.

Aqueles que se permitem criar embaraços ao seu próximo, acusando-os, indevidamente, tecendo as redes das informações malsãs, vigiando-os de forma implacável, empurrando-os na direção do abismo do desânimo e do sofrimento, tornam-se responsáveis pelo mal que lhes venha acontecer.

São as mãos invisíveis que os asfixiam e as forças infelizes que os comprimem, derrubando-os pelo caminho da evolução.

Se alguém, por acaso, não corresponde à tua confiança, nem retribui o teu comportamento sadio, não te aflijas, porque o infeliz é ele que, ingrato, não é capaz de compreender a beleza nem o significado da amizade legítima.

Em qualquer circunstância, sê aquele que vive com elevação e honradez, a fim de que longos e saudáveis sejam os teus dias na viagem abençoada pela Terra.

Divulga o bem e canta a glória da afeição pura, entronizando na mente e na emoção, os valores da alegria defluente dos deveres retamente cumpridos.

Embora aceito pelos frívolos, o intrigante é detestado e temido por todos, que lhe conhecem o caráter e percebem que, de um para outro momento, poderão ser-lhes vítimas também.

O que fazem com os outros, certamente farão contigo, sem compaixão.

Jesus recomendou a vigilância e a oração como terapia preventiva e curadora, para uma existência digna e feliz.

Vigia as nascentes do coração para que nelas brote a água lustral do amor que se expande, enquanto orarás, arando com os tratores da caridade, os solos humanos que a vida te oferece.

Intriga, jamais!
 
Joana de Ângelis