26 de abril de 2018
Espiritismo
Espiritismo não é apenas o consolador da Terra. É o renovador do "eu".
Não constitui somente a iluminação das massas. É lâmpada acesa para o coração do homem.
Não é simplesmente Boa Nova no espírito popular.
É nova mensagem de redenção para o indivíduo.
Não é apenas a fonte miraculosa da graça.
É campo de esforço próprio.
Não é somente a técnica de salvação para todos.
É o processo de solução exata aos problemas de cada um.
Não se resume a palácio de princípios sublimes no corpo ciclópico do século.
É caso de trabalho regenerador para cada dia.
Não representa simplesmente a usina poderosa impulsionando a ascensão coletiva.
É motor destinado à elevação pessoal.
Não está circunscrito ao santuário da esperança reconfortante.
É esfera de serviço ativo da nossa redenção individual no supremo bem.
O Espiritismo não é uma religião como outra qualquer, mas sim um método de viver.
André Luiz
Emmanuel e Chico Xavier abordam sobre cigarros
Pergunta: A ação negativa do cigarro sobre o perispírito do fumante prossegue após a morte do corpo físico? Até quando?
Pergunta: Pesquisas médicas revelam que a dependência física dos fumantes costuma ser mais compulsiva que a dependência orgânica dos viciados em narcóticos. Isto é certo se o enfoque for do plano espiritual para o plano físico?
Resposta de Emmanuel - Acreditamos que ambos os tipos de dependência se equiparam na feição compulsiva com que se apresenta, cabendo-nos uma observação: é que o fumo prejudica, de modo especial, apenas ao seu consumidor, enquanto os narcóticos de variada natureza são suscetíveis de induzir seus usuários a perigosas alucinações que, por vezes, lhes situam a mente em graves delitos, comprometendo a vida comunitária.
Pergunta: Você teria alcançado condições de desempenho de seu mandato mediúnico, ao longo de décadas de trabalho incessante, se fosse um dependente da nicotina?
Resposta de Chico Xavier - Creio que não, com referência ao tempo de trabalho, de vez que a ingestão de nicotina agravaria as doenças de que sou portador, mas não quanto a supostas qualidades espirituais para o mandato referido, de vez que considero o "hábito de cultivar pensamentos infelizes" uma condição pior que o uso ou o abuso da nicotina e, sinceramente, do "hábito de cultivar pensamentos infelizes" ainda não me livrei.
25 de abril de 2018
EVANGELHO E ESPIRITISMO
Todos aqueles que negam a feição religiosa do Espiritismo, recusando-lhe a posição de Cristianismo Restaurado, decerto, ainda não abarcaram, em considerações mais amplas,
a essência evangélica em que se lhe estruturam os princípios, nos mais íntimos fundamentos.
Examinemos, pela rama, alguns dos pontos mais importantes de formação do Testamento Kardequiano:
"O Livros dos Espíritos", que se popularizou com mil e dezoito questões, sabiamente explanadas, não obstante os primores filosóficos de que se compõe, é um código de
responsabilidade moral, iniciado com duas proposições, acerca de Deus e do Infinito, e rematado com outras duas, que se reportam ao reino de Cristo nos corações e ao reinado
do bem, no caminho dos homens.
"O Livro dos Médiuns", volume de metodologia para o intercâmbio entre encarnados e desencarnados, apresenta, de entrada, valiosa argumentação, alusiva à existência do
Mundo Espiritual, e reúne, no encerramento, diversas comunicações de individualidades desencarnadas, ao mesmo tempo que nos convida a exame sério e imparcial de todas as
mensagens recolhidas do Além, por via mediúnica, salientando-se que a primeira página da seleção exposta começa com significativa advertência de Agostinho: "Confiai na bondade de Deus e sede bastante clarividentes para perceberdes os preparativos da vida nova que ele vos destina".
"O Evangelho, segundo o Espiritismo" abre as próprias elucidações com judicioso apontamento, em torno de Moisés e da Lei Antiga, compendiando, em seguida, os
ensinos de Jesus, em todo texto, para concluir, alinhando comovedores poemas de exaltação à prece.
"O Céu e o Inferno", tomo de cogitações francamente religiosas, segundo a definição do título, começa analisando o porvir humano, do ponto de vista espiritual, e termina com o
ditado de José, o cego, espírito de evolução mediana que encarece a necessidade do sofrimento no serviço expiatório da consciência culpada e destaca a excelência da
reencarnação, na Justiça Divina.
"A Gênese", o livro da Codificação e que enfeixa arrojadas teses de ciência e filosofia, enfileira dezoito capítulos, com mais de cem artigos, dos quais da terça parte se referem
exclusivamente a passagens e lições do Divino Mestre, acrescendo notar que a obra principia, aceitando o Espiritismo em sua missão de Consolador Prometido, com a função de explicar e desenvolver as instruções do Cristo, e despede-se com admiráveis reflexões sobre a geração nova e a regeneração da Humanidade.
Cremos de boa fé que todos os companheiros, propositadamente distanciados da tarefa religiosa do Espiritismo, assim procedem, diligenciando imunizar-nos contra a superstição e o fanatismo, que a plataforma libertadora da própria Doutrina Espírita nos obriga a
remover, mas, sinceramente, não entendemos a Nova Revelação sem o Cristianismo, a espinha dorsal em que se apóia. Isso acontece, porque, se após dezenove séculos de
teologia arbitrária, não chegaríamos a compreender agora, no mundo, o Evangelho e Jesus Cristo, sem Allan Kardec, manda a lógica se proclame que o Espiritismo e Allan
Kardec se baseiam em Jesus Cristo, de ponta a ponta.
Emmanuel
Espiritismo sem Jesus
A resposta não se fez esperar:
- Se tirarmos Jesus do Espiritismo, vira comédia. Se tirarmos Religião do Espiritismo, vira um negócio. A Doutrina Espírita é ciência, filosofia e religião. Se tirarmos a religião, o que é que fica?
A filosofia humana, embora seja uma conversa sem fim, tem ajudado a clarear o pensamento, mas não consola perante a dor de um filho morto.
A ciência humana, embora seja uma pergunta infindável, está aí em nome de Deus.
Antigamente tínhamos a varíola, mas Deus, inspirando a inteligência humana, nos deu a vacina e hoje a varíola está quase eliminada da face da terra.
Sofríamos com o problema da distância, mas a bondade divina, inspirando a cabeça dos cientistas, nos trouxe o motor. Hoje temos o barco, o carro, o avião suprimindo distâncias... o telefone aliviando ansiedades... a televisão colocou o mundo dentro de nossas casas...
Tínhamos medo da escuridão, mas a misericórdia divina nos enviou a lâmpada, através da criatividade humana.
A dor nos atormentava, mas a compaixão divina nos enviou a anestesia.
Há, porém, uma coisa em que a ciência não tem conseguido ajudar. Ela não tem conseguido eliminar o ódio do coração humano. Não há farmácias vendendo remédios contra o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a inveja, o ciúme... Não podemos pedir misericórdia a um computador.
Jesus, porém, está na nossa vivência diária, porquanto em nossas dificuldades e provações, o primeiro nome de que nos lembramos, capaz de nos proporcionar alívio e reconforto, é JESUS.
De maneira que se tirarmos a religião do Espiritismo fica um corpo sem coração, se tirarmos a ciência fica um corpo sem cabeça e se tirarmos a filosofia fica um corpo sem membros.
(Entrevistas com Chico Xavier)
Fonte:Portal do Espírito
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Alguns ditos espíritas "puros" dizem que Allan Kardec, só considerou a Doutrina Espírita como 'Ciência' e para provar o que dizem citam o capitulo III do Livro dos Médiuns, item 35, onde o codificador diz que para compreender o método da Doutrina Espírita teremos que estudar as seguintes obras: O que é o Espiritismo, O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e a A Revista Espírita.
Com isso alguns acreditam que as outras obras como O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese e O Céu e o Inferno, não são tão importante assim deixando de fora o lado evangelizador da Doutrina. Porém, quando Kardec escreveu o Livro dos Médiuns, tais obras ainda não existiam. É simples assim. Por tudo isso, tenho visto inúmeros palhaços falando anedotas a respeito de um Espiritismo com Kardec, mas sem Jesus. Infelizmente é assim que pensam. Defendem um Espiritismo menos evangelizador e mais científico. Como isso pudesse ser possível. A Doutrina Espírita é o Consolador Prometido, Isso é fato! Se não fosse assim, Allan kardec não teria dito em discurso na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, conforme a Revista Espírita de dezembro de 1868 :
"O Espiritismo é uma religião e nós nos ufanamos disso"
E na V parte da conclusão de O Livro dos Espíritos, afirma o mestre lionês :
"O Espiritismo é forte porque assenta sobre as próprias bases da religião: Deus, a alma, as penas e as recompensas futuras; sobretudo, porque mostra que essas penas e recompensas são corolários naturais da vida terrestre, e ainda, porque, no quadro que apresenta no futuro, nada há que a razão mais exigente possa recusar"
No Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec, assim se expressar quando se refere à Doutrina Espírita no seu capitulo I, Item 5-7:
“O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo. Ele no-lo mostra, não mais como coisa sobrenatural, porém, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar atuantes da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje incompreendidos e, por isso, relegados para o domino do fantástico e do maravilhoso. E a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e dai vem que muito do que ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxilio da qual tudo se explica de modo fácil.
A lei do Antigo Testamento teve em Moisés a sua personificação; a do Novo Testamento tem-na no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, sim pelos Espíritos, que são as vozes do Céu, em todos os pontos da Terra, com o concurso de uma multidão inumerável de intermediários. É, de certa maneira, um ser coletivo, formado pelo conjunto dos seres do mundo espiritual, cada um dos quais traz o tributo de suas luzes aos homens, para lhes tornar conhecido esse mundo e a sorte que os espera. Assim como o Cristo disse: "Não vim destruir a lei, porém cumpri-la", também o Espiritismo diz: "Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução." Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra.”
No Livro dos Espíritos no Item:625, se lê:
Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para, lhe servir de guia e modelo ?
"Jesus"
Desta forma, o Espiritismo estimula o homem à pratica da bondade, da fraternidade, do altruismo, da humildade, do trabalho incessante em prol da felicidade do nosso próximo, pois tem em quem se espelhar como modelo e guia.
Certo está o Chico, quando afirmou:
"Se tirarmos Jesus do Espiritismo, vira comédia. Se tirarmos Religião do Espiritismo, vira um
negócio."
Regih Silva
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