22 de setembro de 2025

A LUZ É MAIOR: DIÁLOGO EM TEMPOS DE CRISES






Muitas vezes me entristeço, até me revolto, ao ver os rumos que o Brasil vem tomando com tanta gente extremista na política. Quando isso acontece, recorro ao irmão menor. Desabafo, falo tudo o que me indigna... e, no fim, ele me responde com a calma de sempre:

— “Entendo... Maior é Jesus! Glória a Deus.”

Na hora quase perco a paciência, mas logo ele completa:

— “Acalma-te. Jesus continua no comando. Ele nunca nos deixou. E conta com os trabalhadores do bem, que no final são a maioria. As trevas podem se espalhar e até achar que venceram, mas serão derrotadas pela Luz Divina que tem o custume de tudo revelar.

É isso. Estamos vendo as trevas darem os últimos suspiros. Estão na UTI, mas ainda conscientes, e nesse estado conseguem influenciar muitos que falam de Jesus com a boca, mas o mantêm distante do coração. São os fariseus modernos, os sepulcros caiados de Mateus 23:27.

Por isso, guarde seu texto sobre a “Alvorada da Data Limite”. Mostre apenas depois das eleições de 2026. Até lá, não perca a fé na humanidade. O bem é maior em número e qualidade. Estamos, sim, a caminho da regeneração. 

O Brasil não precisa de conchavos que protejam corruptos, mas de justiça verdadeira. A missão que foi destinada ao nosso país pelo Cristo continua de pé. E essa missão não combina com impunidade. O povo sabe, sente em seus corações, quem é o verdadeiro regente. Ele, antes de partir, fará o seu sucessor. Aguardemos, mas sem cruzar os braços. É hora de vigiar, orar e agir.''

Depois de ouvir seus apontamentos, só posso querer compartilhar com vocês e acrescentar: Anistia, não! Nem em sonho a PEC da blindagem? Ou seria da bandidagem?


Regih Silva






16 de setembro de 2025

SÓ SERVE, QUANDO É COM UM LADO: QUE-QUE-HÁ-LHO?




Confesso que nunca havia escutado falar no tal Sr. Kirk. Só soube dele porque foi morto e, ironicamente, da mesma forma que semeava. A Lei de Causa e Efeito, meus amigos, não falha. O que plantamos, mais cedo ou mais tarde, floresce. E quando floresce, às vezes vem com espinhos tão afiados que nem Freud explica. O que realmente me surpreendeu não foi o fato em si, mas a reação no Brasil. Os mesmos grupos extremistas que já desejaram câncer e morte para Dilma, morte para Lula, soltaram rojão na partida de dona Marisa, ironizaram o falecimento do neto dela, debocharam do acidente de Boechat, vibraram com o assassinato da Marielle e do motorista Anderson, e zombaram da doença da Preta Gil e Paulo Gustavo.agora surgem como arautos da moralidade. Condenam qualquer um que ousar rir da tragédia, como se fossem os fiscais da empatia, protetores exclusivos da compaixão. Hipocrisia pouca é bobagem. É como o açougueiro reclamar do cheiro de sangue. E como dizia aquele humorista: “Que-que-há-lho?” Parece que a polarização virou religião, com direito a dogmas, templos digitais e dízimos pagos em curtidas e ódio. 

Agora, do ponto de vista espírita, vamos lembrar: a morte não canoniza ninguém. Ninguém vira santo só porque devolveu o corpo à Terra. O espírito leva consigo exatamente o que construiu em vida. Se odiava, continua odiando. Se amava, continua amando. O desencarne é apenas a troca de roupa. E sem o peso da carne, a alma fica até mais livre para se conectar às mentes que vibram na mesma faixa. Eis aí o perigo: espíritos rancorosos encontram eco em corações rancorosos. E o ciclo se perpetua. 

Portanto, a questão não é rir ou chorar da morte de alguém. Embora, rir e torcer, sejam atitudes nada cristã. A verdadeira reflexão é: o que estou alimentando em mim? Estou vibrando em ódio, repetindo ironias cruéis, mesmo quando disfarçadas de “justiça”? Ou estou cultivando compaixão, não para parecer santo aos olhos dos outros, mas para construir paz em mim mesmo? Na grande mesa da vida, cada um traz o tempero da alma. Uns servem luz, outros servem fel…  

Como espíritas, sabemos que ninguém escapa das próprias construções espirituais. O desencarne é apenas o início de uma nova etapa da colheita. E a nós, que seguimos encarnados, resta a escolha: alimentar a polarização que nos envenena ou escolher a serenidade, que nos liberta. Porque, afinal, como diria Chico Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” E cá entre nós, já passou da hora de começar a escrever um final menos hipócrita e mais humano para essa história coletiva. Lembrando, que condemanos quqlquer extremismo, seja de onde vier.


Regih Silva

 

 

6 de setembro de 2025

A PSICOGRAFIA REVELADA: LULA, O HOMEM FRANCO E LEAL DA HISTÓRIA BRASILEIRA'




A chamada psicografia do cavalo branco, atribuída a Chico Xavier, sempre esteve cercada de mistério, disputas políticas e até manipulações ideológicas. Desde os anos 80, quando veio à tona, não faltaram candidatos a se auto-proclamarem o “salvador da pátria”.

Em 1989, por exemplo, o médico Ronaldo Caiado, na disputa presidencial, deixou-se seduzir pela profecia. Chico precisou, publicamente, desmenti-lo. Logo depois, espalhou-se que Collor seria o escolhido. Mais uma vez, Chico interveio: disse que a mensagem não se referia àquele tempo, mas ao futuro do Brasil.

Passados os anos, com a eleição de 2014, setores espíritas simpáticos ao golpe de 64 começaram a ver no então candidato Aécio Neves o tal predestinado. Com a derrota, a aposta se deslocou para Sérgio Moro, depois alçado a “herói nacional” pela Lava Jato. Mas quando a Vaza Jato expôs as sombras do processo, a mesma corrente se rendeu ao bolsonarismo, coroando Bolsonaro como o cavaleiro da profecia.

Diante desse uso político, em 28 de maio de 2017, precisei, em nosso canal, denunciar a fraude das versões manipuladas da chamada “Mensagem de Natal de 1952”. Apoiei-me, à época, no posicionamento da FEB, que classificava o texto como apócrifo.

Hoje, passados oito anos, retomo o estudo com novos elementos e coragem para afirmar: a mensagem é autêntica e, ao analisar a história, fica explícito que ela possui um portador. Portador este odiado por muitos, inclusive por alguns que se dizem espíritas e simpáticos ao bolsonarismo, evidentemente.

Eis o texto original, como chegou até nós:

Psicografia de 23/12/1952 Mensagem de natal
Local: Centro Espírita Jesus de Nazareno, Congonhas (MG)
Médium: Francisco Cândido Xavier
Espírito comunicante (atribuído): André Luiz

"O mundo caminha para grandes conquistas e, também, para grandes catástrofes.

O engenho de guerra que assombrou o 
mundo com a destruição moral e material de Hiroshima e Nagasaki será a causa de desentendimento no mundo inteiro.

No Brasil, um líder operário terá morte violenta, pois as forças espirituais que vivem no cosmos pedem ao Supremo Criador justiça por tudo que foi feito de bárbaro em nome do Supremo Criador e da Pátria.

Com o desaparecimento deste, o Brasil vai passar por momentos difíceis: diversos movimentos armados vão abalar a estrutura nacional.

Em meio a isto, virá um homem da Terra do Mártir Tiradentes e, apesar das pressões, muito irá fazer pelo Brasil. Inclusive será o criador de uma cidade jardim, tal qual o Éden, diferente de todas as cidades, que será substituído por outro que muita confusão irá criar e, em sua saída injustificada, deixará a nação abalada. Deste abalo começará um período crítico.

Até que um homem de patriotismo, vindo também da Terra de Tiradentes, irá cercar-se de outros, e irão derrubar a viga mestra da confusão.

Então muita coisa nova irá acontecer. 

Homens, mulheres e crianças sofrerão consequências justas e injustas, provocadas por erros anteriores. O regime será combatido e abalado, mas muitas nações passarão a dar crédito e respeito ao Brasil. Com a mudança dos homens, muitos dos que foram o esteio da situação serão chamados a prestar contas a Deus.

Então o sol, as enchentes e o frio vão criar fome e desespero, não só no Brasil, mas também no mundo.

Mas, no fim de tudo, aparecerá um homem franco, sincero e leal, montado em seu cavalo branco e com sua poderosa espada dará uma nova dimensão e personalidade aos destinos do Brasil, corrigindo injustiças e fazendo voltar a confiança e esperança no futuro do Brasil. 

Será combatido e criticado por seu temperamento e atitude, mas contará com a Direção das Forças Supremas que habitam o cosmos.

E o Brasil será verdadeiramente o coração do mundo e ele, apesar das críticas e ameaças internas e externas, que irão aparecer, será sempre o fiel da balança, pela sua fé e esperança no destino do Brasil a ele confiado.”

Aqui, preciso fazer uma pausa. Quem lê André Luiz em Nosso Lar, Evolução em Dois Mundos ou Libertação percebe logo: o tom é científico, espiritual, analítico. Já esta mensagem é profética, moral, de advertência — algo mais próximo de Bezerra de Menezes. Não me parece, sinceramente, estilo de André Luiz. Talvez a atribuição tenha sido erro de registro ou confusão posterior. 

Mas, seja André, Bezerra ou outro benfeitor, o fato permanece: a psicografia existe e paira como sombra simbólica sobre a história brasileira.

Pois bem: depois de analisar a mensagem em diálogo com a própria história do Brasil, só vejo um nome que se encaixa, até agora: Luiz Inácio Lula da Silva.



Linha do Tempo – Psicografia × História do Brasil

  • 1954 – Getúlio Vargas
“No Brasil, um líder operário terá morte violenta…”
Realidade: Getúlio, o “pai dos pobres”, apoiado pelos trabalhadores, suicida-se.

  • 1960 – Juscelino Kubitschek
“Um homem da Terra do Mártir Tiradentes… criará uma cidade jardim…”
Realidade: JK, mineiro, constrói Brasília.

  • 1961 – Jânio Quadros
“…substituído por outro que muita confusão irá criar…”
Realidade: Jânio renuncia, mergulhando o país em crise.

  • 1961–1964 – João Goulart
“Deste abalo começará um período crítico.”
Realidade: Governo instável, até o golpe de 64.

  • 1964–1985 – Ditadura Militar
“O regime será combatido e abalado… consequências justas e injustas.”
Realidade: repressão, censura, tortura, mas também o chamado “milagre econômico”.

  • 1985 – Tancredo Neves
“Um homem de patriotismo, vindo da Terra de Tiradentes…”
Realidade: Tancredo, mineiro, eleito indiretamente, mas morre antes da posse.

  • 2003–2010 –2023 - Lula
“No fim de tudo, aparecerá um homem franco, sincero e leal, montado em seu cavalo branco…”
Realidade: Lula, o operário, chega à presidência. Reduz a fome, amplia direitos, projeta o Brasil no cenário mundial. Em 2023 retorna, após prisão e perseguição, recuperando parte do prestígio do Brasil.

Os símbolos da psicografia se ajustam de forma impressionante à trajetória do presidente.

O homem franco, sincero e leal se identifica com a imagem de Lula como representante do povo. O cavalo branco, símbolo messiânico, e a espada poderosa, que pode ser entendida como as políticas sociais, marcam sua passagem. A profecia fala em corrigir injustiças, devolver confiança e colocar o Brasil como coração do mundo, o que ressoa nos programas sociais, no protagonismo internacional e na recuperação da autoestima nacional.

A mensagem ainda alerta que o escolhido seria combatido e criticado por seu temperamento, mas teria direção das Forças Supremas. Lula foi perseguido, preso, alvo de críticas duras, até hoje sofre preconceitos e ataques, mas também é sustentado por ampla fé popular e por uma trajetória que muitos veem como protegida espiritualmente. Por exemplo: 
o retorno de Lula à Presidência na atualidade, não seria a lei de causa e efeito em ação, revelando a força da justiça divina que, ainda que tardiamente, restabelece o equilíbrio?

Assim, a profecia não se cumpre nos aventureiros da política que tentaram se auto-intitular escolhidos. Lida à luz da história, ajusta-se muito mais ao ciclo de Lula: o retirante nordestino que chega ao Planalto, devolve a esperança a milhões, sofre perseguições e retorna com respaldo popular e espiritual.

Seja mito ou realidade, a psicografia aponta para um destino: o Brasil como coração do mundo. E talvez, em meio às dores e esperanças, Lula seja o rosto mais próximo dessa promessa. 

Só não ver quem não aceita. 


Regih Silva