31 de maio de 2012

Transição do Planeta



"Meus filhos:

Que Jesus nos abençoe


A sociedade terrena vive, na atualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ônus da aflição que lhes tenham proporcionado. Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos.


Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração.


Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura...


Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.


Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão.


As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta. O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastardamento do caráter, às licenças morais e à agressividade.


Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.


Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.


Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe a honrosa tarefa de ser, cada um deles, psicoterapeutas de desencarnados, contribuindo para a saúde geral. Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com os irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizadas, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade.


Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era.


As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas.


Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares.


O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade.


Dai-vos as mãos!


Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem‑se secundários diante das metas a alcançar.


Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus...


Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganado-vos. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão.


Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria.


Reconhecemos que na luta cotidiana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direcionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança.


Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento.


Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.


Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nos abençoe e nos dê a Sua paz.


São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,


Bezerra."


Mensagem psicofônica de Bezerra de Menezes (espírito) transmitida por Divaldo Franco

(13.11.2010 – Los Angeles)

29 de maio de 2012

Médiuns de toda parte



“Assim  como tu me  enviaste  ao mando, também  eu  os enviei ao mundo.” Jesus
(João, 17: 18)

   
Os médiuns são intérpretes dos espíritos. Representam para eles os órgãos materiais que lhes transmitem as instruções.
     
Daí serem dotados de faculdades para esse efeito.
     
Nos tempos modernos de renovação social, cabe­lhes missão
especialíssima: são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos.
     
Multiplicam-­se em número para que haja alimento farto.
     
Existem, por toda parte, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que, em nenhum ponto faltem, para que todos os homens se reconheçam chamados à verdade.
     
Se, porém, desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida; se a empregam em cousas fúteis ou  prejudiciais; se a colocam em serviço dos interesses mundanos; se, ao invés de frutos sazonados dão maus frutos;
se, se recusam a utilizá­la em, benefício dos outros; ou se nenhum proveito tiram dela, no sentido de se aperfeiçoarem, são comparáveis à figueira estéril.
     
Estas considerações tão ricas de oportunidade, à frente da extensão constante das tarefas espíritas na atualidade, não são nossas. 

São conceitos textuaisde Allan Kardec, no item 10, do capítulo 19 de “O EVANGELHO, SEGUNDO O
ESPIRITISMO”, escritos há quase um século.
      
Os médiuns são legiões. Funcionam aos milhares, em todos os pontos do globo terrestre. Seja na administração  ou  na colaboração, na beneficência ou  no estudo, na tribuna ou  na
pena, no consolo ou na cura, no trabalho informativo ou na operação de fenômenos,todos são convocados a servir com sinceridade e desinteresse, na construção do bem, com base no burilamento de si próprios.
     
Acima de todos, representando a escola sábia e imaculada, que não pode responsabilizar­se pelos erros ou defecções dos alunos, brilha a Doutrina Espírita, na condição de Evangelho Redivivo, traçando orientação clara e segura. 

Fácil concluir, desse modo, que situar a mediunidade na formação do bem de todos ou gastar­lhe os talentos em movimentações infelizes é escolha de cada um.


LIVRO DA ESPERANÇA (pelo Espírito Emmanuel), pág. 172-173
Francisco Candido Xavier

28 de maio de 2012

A cura do mal



Quando Jesus nos ensinou a perdoar, concedeu-nos o máximo de poder imunológico, para frustrar o contágio do ódio e do desequilíbrio, em nosso relacionamento recíproco.
 

Perdoa a quem te persegue ou calunia, no veículo do silêncio, e situarás o agressor, na cela íntima do arrependimento, na qual se lhe transformarão os sentimentos,para a cura espiritual que se lhe faz precisa.
 

Perdoa, sem comentários, a quem te ofende e a breve e tempo, te conscientizarás dos males que evitastes e das esperanças com que renovaste muito dos corações que te partilham a vida. 

Se alguém, te feriu, perdoa e silencia.
 

Se alguém te prejudicou, silencia e perdoa sempre. 

Quando todos nós praticarmos o perdão que o Cristo nos legou, teremos afastado do mundo as calamidades da própria guerra, que, na essência, é a cristalização do mal que nos induz a apoiar, voluntária ou involuntariamente, o extermínio de milhões de pessoas.

Emmanuel

26 de maio de 2012

O Alimento do Espírito



O professor lutava na escola com um grande problema.

Os alunos começaram a ler muitas histórias de homens maus, de roubos e de crimes e passaram a viver em plena insubordinação.

Queriam imitar aventureiros e malfeitores e, em razão disso, na escola e em casa apresentavam péssimo comportamento.

Alguns pronunciavam palavrões, julgando-se bem-educados, e outros se entregavam a brinquedos de mau gosto, acreditando que assim mostravam superioridade e inteligência.

Esqueciam-se dos bons livros.

Zombavam dos bons conselhos.

O professor, em vista disso, certo dia reuniu todas as classes para a merenda costumeira, apresentando-se uma surpresa esquisita.

Os pratos estavam cheios de coisas impróprias, tais como pães envolvidos em lama, doces com batatas podres, pedaços de maçãs com tomates deteriorados e geléias misturadas com fel e pimenta.

Os meninos revoltados gritavam contra o que viam, mas o velho educador pediu silêncio e, tomando a palavra, disse-lhes:

- Meus filhos, se não podemos dispensar o alimento puro a benefício do corpo, precisamos também de alimento sadio para a nossa alma. O pão garante a nossa energia física, mas a leitura é a fonte de nossa vida espiritual. Os maus livros, as reportagens infelizes, as difamações e as aventuras criminosas representam substâncias apodrecidas que nós absorvemos, envenenando a vida mental e prejudicando-nos a conduta. Se gostamos das refeições saborosas que auxiliam a conservação de nossa saúde, procuremos também as páginas que cooperam na defesa de nossa harmonia interior, a fim de nunca fugirmos ao correto procedimento.

Com essa preleção, a hora da merenda foi encerrada.

Os alunos retiraram-se cabisbaixos.

E, pouco a pouco, a vida dos meninos foi sendo retificada, modificando-se para melhor.

Fonte:Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.

25 de maio de 2012

Provas e Expiações Coletivas segundo o Espiritismo - Programa Dinâmica E...

A Sabedoria do lenhador


Conta-se a história de um velho lenhador, muito pobre, que nada possuía a não ser um lindíssimo cavalo branco.

Todos os ricaços e autoridades do povoado onde vivia cobiçavam o Alasão, mas o lenhador, orgulhoso de seu animal, jamais o vendia.

Até que, certa noite, o cavalo fugiu e todos os moradores da cidade puseram-se a rir do infortúnio do velho:

- Deixou de vender o cavalo e agora ficou a ver navios! – Diziam. – Será pobre para o resto da vida!

Na semana seguinte, porém, o cavalo voltou, para surpresa de todos, acompanhado de outros dez, ainda mais bonitos e valiosos do que ele.

Chocados, todos os cidadãos admiraram a “sorte” do lenhador e passaram a exaltá-lo:

- Tudo dá certo para ele! Nossa, que homem afortunado!

Até que, alguns dias depois, seu único filho levou um coice de um dos cavalos e teve ambas as pernas quebradas.

- Pobre lenhador! – disseram os vizinhos, deliciados com a nova tragédia. – Seu filho lhe ajudava a trabalhar e agora ele está só. Que azarado! Vai morrer de fome!

Pouco tempo depois, no entanto, todos os jovens do povoado foram convocados para uma perigosa Guerra… exceto o filho do lenhador que, graças às pernas quebradas, ficou na doce segurança do lar!

Intrigados (e, no fundo, revoltados!), os vizinhos foram tirar satisfações com o velho lenhador.

- Afinal, você é sortudo ou azarado? – Perguntaram. – Abençoado ou amaldiçoado? Responda-nos de uma vez por todas!

Encarando-os, o velho sorriu e respondeu, com simplicidade:

- Não sou um nem outro. Vocês se apressam, eu espero. Vocês julgam, eu trabalho. Eu enxergo vírgulas onde vocês teimam em colocar pontos finais…


Adaptação por Arthur Vivaqua.

24 de maio de 2012

Caminhando com Jesus na Casa Espírita



Escreverei hoje direcionando  as reflexões aos amigos Espíritas, que estão integrados às tarefas no Centro Espírita. Doutrina consoladora e esclarecedora do pensamento Crístico por excelência, o Espiritismo, mais do que uma filosofia, uma ciência é uma proposta de viver, uma direção existência que se consubstancia na moral do Cristo. 

O seu aspecto religioso, no sentido do religare, da conexão com o Pai e com as Leis Universais prevalece, não obstante tudo nesta Doutrina de Amor se integre, se entrelace. É ciência, é filosofia, mas sobretudo é proposta de renovação íntima. A moral Crística, que sintetiza as Leis Universais, ilumina os aspectos científicos e filosóficos nos quais se alicerçam a Doutrina dos Espíritos, sem a qual  toda a ciência e filosofia do mundo serão árvores sem seiva,  figueiras secas e, por conseguinte, não resistirão à poeira do tempo.

Integrados, por misericórdia Divina, hoje nas hostes espíritas, com permissão para realizar tarefas neste ambiente privilegiado de acolhimento, cuidados e esclarecimentos da multidão sofredora que aporta diariamente nas Casas Espíritas, precisamos entabular esforço  para  diluir em nossa forma de agir e servir as forças do ego dominador, as antigas pulsões de dominação, de competição e  o ancião  desejo de segregar, de excluir e desvalorizar o outro.

Não há a "minha tarefa", "o meu trabalho", "o meu espaço". Há, sim, a urgência de servir esquecendo-se de si mesmo, a oportunidade de reajustar-se, de aprender, de mobilizar esforço de mudança íntima por meio do  serviço  espírita. Há responsabilidades delegadas e precisamos entender que sem  as balizas do amor, do perdão e da humildade qualquer tarefa perde sua claridade, seu condão iluminativo e passa a ser mera repetição dos enganos transatos. 

Quer dizer, estamos na Casa Espírita, hoje espíritas, mas sem o Cristo no coração, repetindo os mesmos equívocos que desde alhures nos aprisionam aos círculos de dor. O que é lamentável, sobremaneira para nosso pobre espírito que deverá dar conta da atual administração dos recursos divinos recebidos.

Toda tarefa marcada pelo personalismo, pela atitude egóica tenderá para a desagregação. Se há necessidade de dividir e delegar funções, isso se dá por questões práticas e organizacionais, mas o serviço espírita é um todo, inclusive,  cada centro espírita, servindo com amor e fidelidade à causa espírita  é um posto de trabalho de Jesus.   

Dessa forma, se um determinado grupo de trabalho ou personalidade intenta prevalecer e subjugar as demais, ela mesma se enfraquece, pois o que nos dar forças é a união psíquica de todas as partes. Ninguém ganha quando um sonho de serviço e amor é destruído.

Portando devemos sempre estar a nos questionar  sobre o que Jesus faria, como Ele se conduziria em determinada situação.Procurar conhecer as bases emocionais que  incidem na nossa forma de ver os companheiros de trabalho. Educar e renovar os nossos sentimentos, por meio da prece e do diálogo fraterno. 

Buscar calar na alma tudo o que nos faz ver no irmão de serviço espírita um algoz, um inimigo. É terrível isso, mas acontece! Despersonalizar  o serviço, valorizar a todos, incentivar a todos, cooperar com  o serviço do outro nem que seja com uma prece e com um olhar de valorização. Procurar entender o momento de vida de cada um e empatizar.  

Não conseguiremos esse intento se não procurarmos analisar quais são as emoções que estão balizando nossas atitudes dentro do serviço, seja ele qual for.  

Enquanto estivermos localizando a análise das questões que nos afligem na conduta do outro, sem procurar enxergar em nossa conduta os equívocos que promovem a desarmonia, enquanto procurarmos culpados e o rancor balizar nossa atitude, estaremos muito distantes do Amigo Divino e continuaremos servindo a Mamon. 

A tarefa espírita não se presta ao culto de nossas mofadas vaidades, mas à humilde devoção ao próximo que nos permite, por meio   do trabalho, a renovação e o realinhamento de nosso  pobre espírito  às Leis Divinas.

Por isso, amigo, controla as nascentes  do teu coração. Vincula-te com humildade a Jesus por meio do trabalho. 
Se necessário for esgarçar as fímbrias do teu orgulho pessoal, assim faz sem hesitar. Que importância tem o juízo dos homens?Se necessário for ocupar os últimos lugares, ocupa feliz, pois quem sabe ser o menor é o maior e aquele que não sabe ser menor muito caminhará ainda para ser maior.

Silencia qualquer palavra que desabone o companheiro. 

Acaso este em equívoco, antes ora por ele para que desperte e se possível entabula conversação amistosa que o ajude a renovar-se. Vigia tua conduta, antes de vigiar a do outro. Repara se estas sendo amigo, se estas sendo compreensivo, se estás fazendo ao companheiro todo bem que podes fazer.

Perdoa, antes de desejar ser perdoado; entende, antes de desejar ser entendido. Sê tu um sendal de luzes, caminhando com o Cristo sempre.  

Por:Nane
Fonte Rede amigo Espírita.

23 de maio de 2012

O Mundo do Faz de Conta



Recentemente uma professora, que veio da Polônia para o Brasil ainda muito jovem, proferia uma palestra e, com muita lucidez trazia pontos importantes para reflexão dos ouvintes.
 

Já vivi o bastante para presenciar três períodos distintos no comportamento das pessoas, dizia ela.
 

O primeiro momento eu vivi na infância, quando aprendi de meus pais que era preciso ser. Ser honesta, ser educada, ser digna, ser respeitosa, ser amiga, ser leal.
 

Algumas décadas mais tarde, fui testemunha da fase do ter. Era preciso ter. Ter boa aparência, ter dinheiro, ter status, ter coisas, ter e ter.
 

Na atualidade, estou presenciando a fase do faz de conta. Hoje, as pessoas fazem de conta e está tudo bem.
 

Pais fazem de conta que educam, professores fazem de conta que ensinam, alunos fazem de conta que aprendem, profissionais fazem de conta que são competentes, governantes fazem de conta que se preocupam com o povo e o povo faz de conta que acredita.
 

Pessoas fazem de conta que são honestas, líderes religiosos fazem de conta que são representantes de Deus, e fiéis fazem de conta que têm fé.
 

Doentes fazem de conta que têm saúde, criminosos fazem de conta que são dignos e a justição faz de conta que funciona e faz de conta que é imparcial.
 

Traficantes fazem de conta que são cidadãos de bem e consumidores de drogas fazem de conta que não impulsionam esse nefando mercado do crime.
 

Pais fazem de conta que não sabem que seus filhos usam drogas, que se prostituem, que estão se matando aos poucos, e os filhos fazem de conta que não sabem que os pais sabem.
 

Corruptos se fazem passar por idealistas e terroristas fazem de conta que são justiceiros.
E a maioria da população faz de conta que está tudo bem.
 

Mas uma coisa é certa: não podemos fazer de conta quando nos olhamos no espelho da própria consciência.
 

Podemos até arranjar desculpas para explicar nosso faz de conta, mas não há como justificar.
 

Importante salientar, todavia, que essa representação no dia a dia, esse faz de conta, causa prejuízos para aqueles que lançam mão desse tipo de comportamento.
 

A pessoa que age assim termina confundindo a si mesma e caindo num vazio, pois nem ela mesma sabe quem é, de fato, e acaba em uma frustração sem fim.
 

Raras pessoas são realmente autênticas. Por isso elas se destacam em seus ambientes. São aquelas que não representam, apenas são o que são, sem fazer alarde disso.
 

São profissionais éticos e competentes, amigos leais, pais zelosos na educação dos filhos, políticos honestos, religiosos fiéis aos ensinos que ministram.
 

São, enfim, pessoas especiais, descomplicadas, de atitudes simples, mas coerentes e acima de tudo, fiéis consigo mesmas.
 

Pessoas realmente autênticas são raras, mas existem. Na maioria das vezes são pessoas felizes.
 

O médico Dráuzio Varella nos ensina: Se não quiser adoecer, não viva de aparências. Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar ser perfeito, bonzinho etc, está acumulando toneladas de peso, uma estátua de bronze, mas com os pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.
 

Se é fácil enganar os outros, é impossível enganar a nós mesmos. Afinal, não é aos outros que prestaremos contas das nossas ações, e sim à nossa própria consciência.

22 de maio de 2012

Um Abraço


O que você faz quando está com dor de cabeça, ou quando está chateado?
 

Será que existe algum remédio para aliviar a maioria dos problemas físicos e emocionais?
 

Pois é, durante muito tempo estivemos à procura de alguma coisa que nos rejuvenescesse, que prolongasse nosso bom humor, que nos protegesse contra doenças, que curasse nossa depressão e que nos aliviasse do estresse.
 

Sim, alguma coisa que fortalecesse nossos laços afetivos e que, inclusive, nos ajudasse a adormecer tranquilos.
 

Encontramos! O remédio já havia sido descoberto e já estava à nossa disposição. O mais impressionante de tudo é que ainda por cima não custa nada.
 

Aliás, custa sim, custa abrir mão de um pouco de orgulho, um pouco de pretensão de ser autossuficiente, um pouco de vontade de viver do jeito que queremos, sem depender dos outros.
 

É o abraço. O abraço é milagroso. É medicina realmente muito forte. O abraço, como sinal de afetividade e de carinho, pode nos ajudar a viver mais tempo, proteger-nos contra doenças, curar a depressão, fortificar os laços afetivos.
 

O abraço é um excelente tônico. Hoje sabemos que a pessoa deprimida é bem mais suscetível a doenças. O abraço diminui a depressão e revigora o sistema imunológico.
 

O abraço injeta nova vida nos corpos cansados e fatigados, e a pessoa abraçada sente-se mais jovem e vibrante. O uso regular do abraço prolonga a vida e estimula a vontade de viver.
 

Recentemente ouvimos a teoria muito interessante de uma psicóloga americana, dizendo que se precisa de quatro abraços por dia para sobreviver, oito abraços para manter-se vivo e doze abraços por dia para prosperar.
 

E o mais bonito é que esse remédio não tem contraindicação e não há maneira de dá-lo sem ganhá-lo de volta.

Já há algum tempo temos visto, colado nos vidros de alguns veículos, um adesivo muito simpático, dizendo: Abrace mais!
 

Eis uma proposta nobre: abraçar mais.
 

O contato físico do abraço se faz necessário para que as trocas de energias se deem, e para que a afetividade entre duas pessoas seja constantemente revitalizada.
 

O abraçar mais é um excelente começo para aqueles de nós que nos percebemos um tanto afastados das pessoas, um tanto frios no trato com os outros.
 

Só quem já deu ou recebeu um sincero abraço sabe o quanto este gesto, aparentemente simples, consegue dizer.
 

Muitos pedidos de perdão foram traduzidos em abraços...
 

Muitos dizeres eu te amo foram convertidos em abraços.
 

Muitos sentimentos de saudade foram calados por abraços.
 

Muitas despedidas emocionadas selaram um amor sem fim no aconchego de um abraço.
 

Assim, convidamos você a abraçar mais.
 

Doe seu abraço apertado para alguém, e receba imediatamente a volta deste ato carinhoso.
 

Pense nisso! Abrace mais você também.

Adenauer Novaes - A Religião Pessoal

20 de maio de 2012

Pense Nisso...

Dois Milhões de "Espiritos Franceses" Reencarnaram no Brasil

 

- Divaldo, Deus te abençoe. É tão difícil entender que no Brasil, sendo a “Pátria do Evangelho”, ainda existam tantas pessoas que não amam o próximo. Por quê? 

- Porque não são Espíritos do Brasil. Vêm de outras pátrias, de outras raças. Não são almas brasileiras. Vêm para cá, porque, se ficassem nos seus países de origem, os sentimentos de rancor e ressentimentos torna-los-iam mais desventurados.

Após a Revolução Francesa de 1789, quando a França se libertou da Casa dos Bourbons, os grandes filósofos da libertação sonharam com os direitos do homem, direitos que foram inscritos nos códigos de justiça em 1791 e que, até hoje, ainda não são respeitados, embora em 1947, no mês de dezembro, a ONU voltasse a reconhecê-los. Depois daquele movimento libertário, o que aconteceu com os franceses? Os dois partidos engalfinharam-se nas paixões sórdidas e políticas e como conseqüência, os grandes filósofos cederam lugar aos grandes fanáticos, e a França experimentou os dias de terror, quando a guilhotina, arma criada por José Guilhotin, chegava a matar mais de mil pessoas por dia. Esses Espíritos saíam desesperados do corpo e ficavam na psicosfera da França buscando vingança.

Começa o século XIX e é programada a chegada de Allan Kardec. O grande missionário vai reencarnar na França, porque a mensagem de que é portador deverá enfrentar o cepticismo das Academias na Cidade-Luz da Europa e do mundo e, naquele momento, Cristo havia designado que o Espiritismo nasceria na França, mas seria transplantado para um país onde não houvesse carmas coletivos, e esse país, por enquanto, seria o Brasil.

São Luis, o guia espiritual da França , cedeu que a terra gaulesa recebesse Allan Kardec, mas “negociou” com Ismael, o guia espiritual do Brasil: “Já que a mensagem de libertação vai ser levada para a Terra do Cruzeiro, a França pede que muitos Espíritos atribulados da Revolução reencarnem no Brasil, pois, se reencarnarem aqui impedirão o processo da paz”.  E dois milhões de franceses vieram reencarnar no Brasil, para que, quando chegasse a mensagem espírita, culturalmente se identificassem com o chamado método cartesiano de Allan Kardec. (sem grifos).

Naturalmente, esses Espíritos eram atribulados, perturbados, com ressentimentos, com mágoas. Se nós considerarmos que os Espíritos brasileiros são os índios, que a maioria de nós é constituída por Espíritos comprometidos na Eurásia, e que estamos aqui de passagem, longe dos fenômenos cármicos para nos depurarmos, compreenderemos porque muitos brasileiros do momento ainda não amam esta grande nação. E o primeiro sentimento que têm quando, ao invés de investir em fortunas, honesta ou desonestamente amealhadas no solo brasileiro, eles as mandam para os países estrangeiros. Não confiam no Brasil, porque são “de lá”. Mandam para lá porque, morrendo aqui, o dinheiro fica lá para poderem “pagar” o carma negativo que lá deixaram. Os chamados “paraísos fiscais” são também lugares de alguns de nós que aqui nos encontramos, mas apesar de ainda não termos o sentimento do amor, já temos alguma luz.

Viajando pelo mundo, onde tenho encontrado brasileiros espíritas, descubro uma célula espírita. Começa-se com um estudo do Evangelho no lar, depois chama-se os amigos, os vizinhos, forma-se um grupo e, hoje, na Europa. 90% dos grupos espíritas são criados por brasileiros. Com exceção de Portugal, Espanha e um pouquinho da França, o movimento é todo de brasileiros e latinos acendendo as labaredas do Evangelho de Jesus. Não há pouco tempo, brasileiros na Holanda encontraram as obras de Kardec traduzidas para o holandês, brasileiros na Suíça revisaram O Evangelho segundo o Espiritismo e se está tentando publicar as obras de Kardec, agora em alemão. Brasileiros na América do Norte retraduziram O Livro dos Espíritos e O Evangelho, que o foi por um protestante, que substituiu a palavra reencarnação por ressurreição. Brasileiros em Londres, com alguns ingleses, já formam oito grupos espíritas e seria fastidioso se fosse enumerando na Ásia, na África...

Certa feita, recebi um telefonema de uma cidade asiática. 
Tratava-se de uma consulesa do Brasil que me dizia o seguinte: “Eu estou no outro lado do mundo, sou espírita, tenho três filhos rapazes – um de 10, um de 14 e outro de 18 anos. Tenho-lhes ensinado o Espiritismo, mas o meu filho mais velho está na Universidade e me faz perguntas muito embaraçosas; aqui eu não tenho acesso a maiores instruções. Queria convidá-lo a vir aqui dar umas aulas de Espiritismo ao meu filho. Você viria?” Eu respondi-lhe: - Sim, senhora, com a condição de conseguir-se espaço para eu falar em auditório publico sobre o Espiritismo: - O marido era o representante dos negócios do Brasil no país. – Se a senhora aceitar a condição, ficaria alguns dias para debater com os seus meninos. Como não falo inglês, seu filho será o meu intérprete.

E assim, fiz a longa viagem de 36 horas com escalas e lá, naturalmente, ela me disse: “Mas, Divaldo, onde vamos ter esse encontro?” Eu lhe respondi: “Tive uma entrevista com o Baghavan Swami Sai Baba, e sei que essa é uma cidade em que há um grande movimento Babista e, se a senhora conseguir um grupo Sai Baba eu me prontifico a fazer uma conferência ali”.
Encontramos o representante de Sai Baba para a Ásia e ele ficou muito feliz porque Swami havia-me recebido. Ele reuniu mil pessoas para que eu falasse sobre o Espiritismo. Fiquei até com pena dele! E pensei: “Vou arrastar toda a turma de Sai Baba para o Sr. Allan Kardec” (risos...)

Então, fiz a palestra, falei sobre Allan Kardec, sobre as comunicações, ele ficou tão sensibilizado, que me perguntou se eu teria coragem de ir a Cingapura para fazer a mesma coisa. Eu lhe respondi: - O senhor me mandando até o CingaInferno eu irei para falar sobre o Espiritismo. Fui a Cingapura e fiz uma viagem pela Ásia e, onde havia brasileiros, lá estavam eles...

A missão do Brasil, “Pátria do Evangelho e Coração do Mundo” não é a de sermos todos ricos, maravilhosamente ricos; é a de sermos maravilhosamente espiritualizados, sem nenhum demérito para os outros países, que são todos amados por Deus e por Jesus em igualdade de condição. Aqui entra o nacionalismo, para ver se a gente ama um pouquinho mais este país que está passando uma fase de grande desprestígio. Deus só tem ajudado no Tênis! Que Ele tenha compaixão de nós e nos ajude também no Futebol e noutra coisa qualquer! (risos...)

Nós somos as cartas vivas do Evangelho. Jesus escreveu em nossa alma a Sua mensagem. Onde quer que vamos, que brilhe a nossa luz; mas, para que ela brilhe, é necessário que a acendamos, e o combustível dessa luz é a fraternidade. Assim, todos saberão que estamos ligados a Ele, graças à presença dos bons Espíritos, que aqui estão conosco, e sempre se encontram a qualquer hora. Como disse kardec, com muita propriedade, todos têm seu Guia espiritual que os inspira; dessa forma, todos são médiuns, estão sintonizados com esses.

Concluirei com uma pequena narrativa, sobre um homem que era muito ignorante, muito modesto, muito pobre. Todo dia ele entrava na igreja, próximo ao horário de fechar as portas; ajoelhava-se diante do altar-mor, ficava dois minutos e saía. O sacerdote, que cuidava da igreja, ficou muito intrigado, e achou que ele estava observando algo para furtar ou para roubar,passando a ficar mais vigilante. Mas, ele chegava, ajoelhava-se, dobrava-se, balbuciava algo e ia-se embora. Um dia, o sacerdote não suportou mais e perguntou: “O que é que você vem fazer aqui, um miserável como é? Por que não vem à missa? Só vem na hora em que a igreja vai ser fechada?” Ele respondeu: “É porque eu sou muito pobre.” O sacerdote continuou: - “E por que vai ao altar-mor. Como se atreve?” Ele respondeu: - “Pois é, quando a igreja vai fechar, eu entro correndo e digo: Jesus, eu estou aqui. Se precisar, é só chamar! 

E vou embora”. O sacerdote achou aquilo intrigante.

Anos depois, aquele mendigo adoeceu e foi levado para uma casa de emergência, de caridade. Quando, um dia, a enfermeira foi colocar o seu alimento sobre uma cadeira, ao lado da cama, ele pediu: - “Oh, por favor, não bote aí!” A jovem perguntou: - “Por que não?” E o homem respondeu: - “Porque essa cadeira de vez em quando, fica ocupada.” Ele deveria estar delirando, a enfermeira pensou, e respeitou-o. Começou a notar que todo dia, um pouco antes das 18 horas, o rosto dele se iluminava! Ele sorria e dizia: - “Muito obrigado! Muito obrigado!” Ela achava que era delírio mas, como ele era perfeitamente saudável da mente, num desses dias, quando terminou de agradecer, ela indagou: - “Não repare, mas o que você está agradecendo?” Ele esclareceu: - “É a uma visita que chega todo dia cinco para as seis.” Ela continuou: - “Que visita é essa?” - É Jesus. Ele sempre vem e diz-me: - “Olhe, estou aqui. Se precisar de mim é só chamar!...”

Se precisarmos de Jesus, é só chamarmos!

Fonte:Texto extraído do livro: APRENDENDO COM DIVALDO. Entrevistas / Divaldo Pereira Franco: São Gonçalo, RJ: Organizado pela SEJA, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas,  p. 69-74.

18 de maio de 2012

CASOS MEDIÚNICOS AUTÊNTICOS Retirados do livro: "EURÍPEDES BARSANULFO O APÓSTOLO DA CARIDADE"






A cura do bebê

Contou-nos Odilon José Ferreira (dentista e discípulo de Eurípedes Barsanulfo) que em 1908, transferira de Frutal para Sacramento sua família, trazendo um filho recém-nascido de nome João. O bebê chorava dia e noite e a mãe de Odilon descobriu que era devido ao fato de não urinar. Mas, porque o bebê não conseguia expelir a urina? Foi ele, então, levado à presença de Eurípedes Barsanulfo, que disse:
- Vamos à farmácia.
Foram. E o médium, depois de sentar-se, concentrou-se por breves segundos; e, sorridente, pegou o bisturi.
- O que vai fazer?
- É simples. Ele vai urinar, já.
E pediu à Jósia, irmã de Odilon, que despisse o bebê. Em seguida,deu um golpe rápido no prepúcio da criança e explicou:
- A uretra estava fechada por uma película. Em menos de um minuto ele vai urinar. Aguardemos.
E o bebê soltou a urina represada desde o primeiro dia de seu nascimento.
 

O espinho no olho

Chegara à porta do colégio Allan Kardec à procura de Eurípedes Barsanulfo um pobre lavrador com um espinho de macaúba enterrado no olho direito. Correu ao seu encontro o aluno Jerônimo Cândido Gomide, dizendo:
- Meu Deus! Como aconteceu isso?
- Eu estava no mato cerrado e não vi o pé de macaúba. Onde está "seu" Eurípedes?
- Venha comigo. Eu o ajudo a caminhar.
E o menino levou o infeliz lavrador ao jardim do colégio, onde o médium, sentado em um banco, parecia meditar...
- Professor, aqui está esse homem com um espinho no olho!
- Sente-se aqui, disse Eurípedes Barsanulfo. Hum... O caso é muito grave... Não é, apenas, o espinho; algumas farpas laterais estão, também, cravadas... O olho poderá vazar se eu puxar...
- Ah, meu Deus, que fazer? gemeu o lavrador, o sangue escorrendo em fios grossos pelo rosto.
- É o que veremos agora, respondeu o médium. Vamos os três para o salão do colégio.
E Subiram os degraus da escada. Eurípedes Barsanulfo, então, pegou lápis s papel, sentou-se e invocou o Dr. Bezerra de Menezes. Segundos depois, sua mão psicografava o seguinte recado:Pegue a pinça e puxe o espinho. Não há perigo de furar o olho. Haverá, apenas, nova hemorragia.Bezerra de Menezes.Mas, Eurípedes Barsanulfo não teve coragem... O olho poderia vazar...
E tornou, mentalmente, a interrogar o espírito. A resposta veio em outra folha de papel: Faça o que indiquei. Eurípedes Barsanulfo, então, obedeceu: pegou a pinça e puxou o espinho, o que ocasionou, como fora previsto, uma pequena hemorragia.
- Por essa eu não esperava! exclamou Jerônimo. Eu estava certo que o olho vazaria!
- O caso parecia difícil e, no entanto, foi tão fácil... O Dr. Bezerra que me desculpe, mas eu duvidei, também... Nós, neste mundo, temos muito o que aprender, "seu" Jerônimo.
 

Caso da dentadura

Certa vez, um casal desesperado entrara na farmácia de Eurípedes Barsanulfo.
- Moramos em Uberaba (disse a esposa) e meu marido, dias atrás, engasgou com a parte inferior da dentadura postiça e engoliu-a! Ela está parada na garganta e mal se pode vê-la. Os Médicos querem operá-lo. Ajude-nos, por favor!
O marido, ao lado, respirando com muita cautela, escancarou a boca e Eurípedes Barsanulfo espiou.
- Creio que a peça poderá ser retirada sem operação. Talvez, com uma pinça...
- Os médicos de Uberaba tentaram com vários instrumentos e não a moveram, sequer! Está encravada.
- Eu sei. Fique sossegada, minha senhora, e faça o seu esposo sentar-se nesta cadeira com a cabeça bem inclinada para trás.
E, Eurípedes Barsanulfo, auxiliado pelo espírito Dr. Bezerra de Menezes, com uma simples pinça de dentista retirou a malfadada dentadura, sem que tivesse o paciente acesso de tosse, ânsia e hemorragia!
 

Uma dramática premonição

O sr. Moisés Santana, advogado e aplaudido jornalista de Uberaba por seus artigos combativos, levara a esposa a diversos médicos, mas ela piorava de consultório em consultório. Resolveu, pois, ir a Sacramento solicitar uma receita mediúnica a Eurípedes Barsanulfo. Quando entrou na farmácia para entender-se com o médium encontrou, porém, os remédios já prontos. Eurípedes Barsanulfo, entretanto, disse-lhe:
- Antes dos remédios terminarem sua esposa estará curada, mas o senhor deve mudar-se de Uberaba, o quanto antes! Se não o fizer poderá ser assassinado.
- Por que me diz isso?
- Santo Agostinho está me pedindo para avisa-lo.
O jornalista regressou a Uberaba e deu os remédios à esposa. Ela curou-se, mas ele continuou na cidade e , duas semanas depois, foi assassinado pelo Dr. João Henrique, médico e deputado uberabense.

O aluno que queria ver para crer
 


Abramos um parêntese para chamar a atenção do leitor para o seguinte fato. O corpo espiritual de Eurípedes Barsanulfo, quando liberto do corpo somático, embora agindo sobre a matéria nem sempre se tornara tangível. Vamos apresentar novos exemplos que não devem, pois (apressamo-nos a repetir) ser interpretados como clarividência. São casos de “desdobramento”. O próprio Eurípedes, aliás, assim os considerava.
Ora, Jerônimo Cândido Gomide, já com vinte e um anos de idade, tendo o físico robusto tornara-se enfermeiro dos obsediados internados e zelador do Colégio Allan Kardec. Em certa manhã, viu ele o professor Eurípedes Barsanulfo sentado em uma cadeira em baixo do caramanchão florido do colégio e, julgando-o dormir, passou silencioso...
- Onde vai o senhor, pisando como um gato? Disse o médium.
- Estou pisando assim para não acordar o senhor.
- “Seu” Jerônimo, segundos atrás estive em espírito na casa de Dona Mariquinha, no Zagaia; a filhinha dela, que tinha crupe morreu, não faz um minuto. Dona Mariquinha está me xingando e blasfemando contra Deus e Jesus.
Jerônimo concordou com a cabeça, mas... Não acreditou. Se a menina ontem estava tão alegre! E, fingindo varrer o pátio, contornou o prédio e, sorrateiro, saiu à rua, correu em direção ao Zagaia e encontrou, realmente, a menina morta na cama e Dona Mariquinha, aos gritos, blasfemando. E regressou ao colégio; Eurípedes Barsanulfo continuava sentado na cadeira...
- Venha cá, “seu” Jerônimo. É como eu disse ou não?
- É, sim, senhor! Mas, como sabe que eu fui verificar?
- Acompanhei-o em espírito. Pois é! Não se pode impedir o desencarne. A menina tinha que abandonar a terra, mas a mãe nada compreende das coisas de Deus e blasfema. Quanto ao senhor, “seu” Jerônimo, é um Tomé: só acredita, vendo...


Por:Jorge Rizzini (Faleceu no dia 17 de outubro de 2008)
Fonte:Rede Amigo Espírita.

16 de maio de 2012

GERALDO LEMOS - O MUNDO VAI ACABAR EM 2012 ?

PAGAR O QUE? PARA QUEM?



Somente o desconhecimento dos princípios espíritas pode gerar a idéia de que temos que pagar com sofrimentos, e para alguém, dívidas de existências passadas. Eis o equívoco. 

O que ocorre é que a existência do espírito é única; as existências corpóreas é que são múltiplas, mas o ser integral é sempre o mesmo. As múltiplas existências corpóreas cumprem a finalidade de estágios de aprendizado, na verdade degraus de aperfeiçoamento. 

Como estamos todos em aprendizados, cometemos equívocos. Tais equívocos geram conseqüências. Tais conseqüências podem redundar em prejuízos para nós mesmos ou para terceiros. E tais prejuízos devem ser reparados. Isto é das Leis Divinas.

Tais reparações nós as devemos à nossa própria consciência, à vida. E, neste processo, podemos nos encontrar em situações aflitivas, decorrentes todas dos equívocos que nos envolvemos.


Porém, tudo isso, não se refere a outro ser que viveu noutro tempo e que, aparentemente nenhum vínculo com ele mantemos. Não! Somos nós mesmos que agíamos nesta caminhada de aprendizados e que trazemos nas lembranças e registros, ainda que inconscientes, a necessidade dessas reparações que ora se apresentam na atualidade consciente que estamos vivendo.


Assim funciona a Lei da Reencarnação. Os filhos de Deus estagiam em diversas existências corpóreas (visando o próprio progresso, repetimos), habitando países e corpos diferentes, mas a individualidade é a mesma, razão pela qual carrega consigo seu patrimônio moral e intelectual, bem como as reparações devidas aos equívocos praticados com prejuízos para si mesmo ou para terceiros.


Então, não se trata de uma questão de pagar, mas de conquistar a paz de consciência. Quando constatamos, antes da presente encarnação, que prejudicamos alguém ou a nós mesmos, solicitamos que a próxima encarnação propicie os mecanismos de reparação.


Esses mecanismos podem apresentar-se com a aparência de enfermidades, limitações físicas, dificuldades materiais, obsessões, entre outras.


E a visão distorcida sobre os princípios espíritas gera a errônea idéia de que estamos no mundo para pagar... Renascemos simplesmente para dar continuidade ao processo evolutivo. Mas, como ontem (aqui significado existências corpóreas) nos alimentamos em excesso, hoje (atualidade que estamos vivendo da presente encarnação) poderemos estar enfrentando uma forte dor de estômago ou até uma incômoda diarréia, simplesmente como conseqüência imediata da gula. Agora peço ao leitor substituir o exagero da alimentação pelas diversas situações que podem ser imaginadas, em outros exemplos. O exemplo da alimentação é apenas comparativo.


Assim também nos prejuízos, de qualquer ordem, causados a terceiros.


Criamos vínculos com eles e os trazemos em nós através de conseqüências que também podem ser apresentar com diversas aparências. Isto é apenas a reação de uma ação.

E o assunto ainda pode ser ampliado na visão dos aprendizes negligentes.

Negligência no passado ou mesmo no presente. Tarefas adiadas, desprezadas, abandonadas... Tudo traz reflexos. Afinal colhemos hoje as ações de ontem e estamos continuamente semeando para o amanhã.


Por outro lado, a título de ilustração do assunto, solicito ao leitor considerar também que nem todo equívoco passado pode apresentar-se atualmente através de dificuldades. Muitas vezes, equívocos podem ser reparados através de trabalho e dedicação a causas e pessoas. Isto tudo porque, conforme já sabemos, "o amor cobre a multidão de pecados".

Orson Peter Carrara

15 de maio de 2012

Nunca desanimemos diante dos desafios de qualquer doença



Das patologias humanas, o câncer é o mais, fortemente, enraizado aos erros morais do passado (recente ou remoto).  O conhecimento espírita nos auxilia a transformar a carga mental da culpa, incrustada no perispírito, e nos possibilita maior serenidade ante os desafios da doença. Isso influenciará no sistema imunológico. Os reflexos dos sentimentos e pensamentos negativos que alimentamos se voltam sobre nós mesmos, depois de transformados em ondas mentais, tumultuando nossas funções orgânicas.

Todavia, será crível que a carga mental positiva, por meio de um estado psicológico ou emocional, tem a capacidade de curar doenças? Para alguns, o fato de as pessoas com câncer estarem otimistas ou pessimistas, em relação à cura, não influencia, diretamente, nas chances de sobrevivência à doença. 

Evidentemente, discordamos desses argumentos, uma vez que diversas provas registram que, no caso de doenças graves, a mente pode influenciar no resultado de recuperação.

Em que pese considerarmos a importância dos médicos e o valioso contributo da ciência, quando não apoiados na mudança de comportamento mental do doente, somente o bom relacionamento médico-paciente é limitado e insuficiente para atacar as causas da doença e a angústia dela decorrente. O paciente, ao chegar ao hospital, traz consigo, além da doença, sua trajetória de vida atual e passada. O seu estado emotivo é resultante de alguns vetores como a estrutura da personalidade, interpretação e vivência dos acontecimentos, considerando aspectos do imaginário e do real, além de outras variáveis de causas patogênicas.

Os espíritas sabem que a matéria mental é criação de energia que se exterioriza do Espírito e se difunde por um fluxo de partículas e ondas, como qualquer outra forma de propagação de energia existente no Universo. Pensar é um processo de projeção de matéria mental e essa matéria é o instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da matéria física, gerando as motivações de prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, saúde ou doenças, que não se reduzem, efetivamente, a abstrações, por representarem turbilhões de forças em que a alma cria os seus próprios estados de mentação indutiva, atraindo, para si mesma, os agentes [por enquanto imponderáveis], de luz ou sombra, vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade, conforme conceitua o Espiritismo.

Nesse aspecto, o estado mental, fruto das experiências de vida passada e presente, deixa de ter uma dimensão intangível para se consubstanciar na condição de matéria em movimento. 

Muitos pacientes, diante do diagnóstico da doença, transformam a dor em esperança e despertam, neles, a vontade de lutar por uma vida melhor. Outros, porém, desistem e se entregam, admitindo que estão sob uma sentença de morte. 

Cada caso é um caso e, a cada um, a vida responde segundo seus merecimentos.

Do exposto, urge que busquemos, acima de tudo, os hábitos salutares da oração, da meditação e do trabalho, procurando enriquecer-nos de esperança e de alegria, para nunca desanimarmos diante dos desafios de qualquer doença, ainda que sob o guante de nossos delitos do passado “esquecido”. 

Lembremos, sempre, que o Evangelho do Senhor nos esclarece que o pensamento puro e operante é a força que nos arroja das trevas para a luz, do ódio ao amor, da dor à alegria.

Para todos os males e quaisquer doenças, centremos nossos pensamentos em Jesus, pois nosso remédio é, e será sempre, o Cristo. Ajustemo-nos ao Evangelho Redentor, pois o Mestre dos mestres é a meta de nossa renovação.

Fonte: Rede Amig o Espírita. Autor:Jorge Hessen

Parábola do amigo importuno




 “Qualquer de vós que tenha um amigo e vá procurá-lo à meia noite e lhe diga: empresta-me três pães, porque um amigo meu acaba de chegar a minha casa de uma viagem e nada tenho para lhe oferecer; se do interior o outro lhe responder: não me  incomodes,  a  porta  já  está  fechada,  eu  e  meus  filhos estamos deitados, não posso levantar-me para tos dar; se perseverar em bater, embora  ele  não  se  levante  para  lhes  dar  por  ser  seu  amigo,  ao  menos  por causa da importunação se levantará e lhe dará quantos pães precisar.

Portanto eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.  Pois todo o que pede, recebe; o  que  busca,  acha;  e  ao  que  bate, abrir-se-lhe-á.

Qual de vós  é  o  pai,  que,  se  o  filho  pedir  um  peixe,  lhe  dará  em  vez  de peixe uma serpente? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?

Ora, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celestial dará um bom espírito aos que lho pedirem?”(Lucas, 11:5-13)

Confortadora parábola!  O caráter amoroso  e  paternal  de  Deus  é  aí  retratado por Jesus, de forma eloqüente, num contraste gritante com as concepções de até então, em que a divindade mais se parecia. a um déspota cruel, irritadiço, sempre disposto a castigar e a destruir.

Principia  fazendo-nos  compreender  que,  aqui  mesmo  na  Terra,  se recorrermos  a  um  amigo  quando  tenhamos  necessidade  de  um  favor, haveremos de o conseguir.

Pode esse amigo não nos valer imediatamente, de boa vontade,  pode  até  relutar  em  atender  à  nossa  solicitação,  mas,  se instarmos  com  ele,  ainda  que  seja  para  ver-se  livre  de  nossa  importunação, acabará  cedendo.  Pois se desconhecidos, ou  mesmo  adversários,  quando pedem com tato e insistência, muitas e muitas vezes são atendidos, como não o seriam aqueles que gozam da simpatia. e amizade do solicitado?

Se em vez de apelarmos  para  um  amigo,  o  fizermos  para  o  nosso  pai, maior ainda será a certeza do atendimento. Sim, ainda que seja um filho mau e ingrato, cometa. Erros sobre erros, envergonhe a família com seus desvarios, ou  abandone  a  casa  para  entregar-se  mais  livremente  às  suas  perversões, nem  por  isso  o  pai  deixará  de  correr  ao  seu  encontro,  tão  logo  o  saiba arrependido  e  em  sofrimento,  para  lhe  dar  tudo  o  de  que  necessite,  antes mesmo que ele lhe exponha sua miséria.

Ora, segundo o  ensino  claro  e  insofismável  da  parábola,  Deus  é infinitamente  mais  solícito  para  com  Suas  criaturas  do  que  o  melhor  dos amigos e o mais afeiçoado dos progenitores; assim, pois, qualquer que seja o grau  de  nossa  imperfeição,  de  nossa  indigência  moral,  se  Lhe  dirigirmos  o nosso  apelo,  em  prece  sincera  e  quente,  quando  precisados  de  Seu  auxílio, podemos estar certíssimos de que o socorro da Providência não nos faltará.

Não se suponha, entretanto, que basta pedir seja o que for, para que Deus aceda prontamente. Não. Ele sabe, melhor do que nós, aquilo que nos convém, o  que  é  necessário  ao  nosso  progresso  espiritual,  e  é  em  função  desse interesse mais alto que atende ou deixa de atender às nossas súplicas.

Tal qual um pai sensato que recusa ao filho o que possa prejudicá-lo, ou um cirurgião que deixa o doente sofrer as dores de uma operação que lhe trará a cura, assim Deus nos deixará sofrer, sempre que o  sofrimento  seja  de proveito  para  a  nossa  felicidade  futura.  O que Ele nunca deixa de conceder, quando lhe pedimos, é a coragem,  a  paciência  e  a  resignação  para  bem suportarmos os transes mais difíceis da existência, o que já não é pouco, pois nossas dores, então, doerão menos; é o amparo e a proteção dos nossos anjos de guarda a fim de sustentar-nos as boas resoluções e preservar-nos de novas quedas, se de fato estivermos desejosos de volver ao caminho reto.

Essa parábola encerra,  ainda,  um  solene  desmentido  aos  que  doutrinam que  somente  os  demônios,  ou  espíritos  imundos,  é  que  podem  manifestar-se aos homens,  no Espiritismo ou fora dele, com poderes de simular o bem para melhor seduzi-los, pervertê-los e levá-los à perdição.

Em contraposição aos que afirmam tal heresia, admitindo que  Deus  só permita intervenções demoníacas, vedando ao mesmo tempo toda e qualquer manifestação  de  entidades  bondosas,  numa  clamorosa  parcialidade  em  proveito do mal, aí estão as palavras do Mestre, a esclarecer-nos que se um pai é incapaz de dar uma serpente ao filho que lhe peça um peixe, Deus, nosso Pai celestial,  não  poderia  trair  nossa  fé  e  confiança  n’Ele,  dando-nos  um espírito maligno quando lhe pedimos a assistência de um espírito bom.

Fonte: Livro Parábolas Evangélicas/Rodolfo Calligaris