30 de junho de 2012

São Chico Xavier



Chico Xavier, de quando em vez, dizia que não queria tristeza por ocasião de sua morte. E ele deixou o seu corpo justamente num momento em que o nosso País estava mergulhado no carnaval do Penta.

Quando se fala em Chico Xavier, tem que se falar também de Espiritismo. E é o que vamos fazer. Há muitas afinidades entre essa doutrina e o Catolicismo. É verdade que o Kardecismo contesta alguns dogmas da Igreja, mas é verdade também que ele pratica a caridade mais do que o Catolicismo. E é com a prática dessa virtude, mais do que com a crença nos dogmas, que se vive mais a mensagem do Mestre. Ademais, os espíritas estão sempre em paz com todo mundo. É que seguem o ensinamento da Carta de São Tiago: “A mão que abençoa, não deve amaldiçoar”, de que Chico foi um exemplo vivo.

Criticam injustamente os espíritas, dizendo que eles dão pouco valor à misericórdia divina. Mas não foi o próprio Jesus quem disse que ninguém deixará de pagar até o último centavo? E quem aceita mais a misericórdia divina, aqueles que ensinam que Deus salvará a todos nós, sem exceção, dando-nos, para isso, quantas chances forem necessárias, através das reencarnações, ou aqueles que restringem a misericórdia divina à oportunidade única duma só vida, e só àquelas pessoas que seguem suas doutrinas? Porém alguns setores católicos estão ensinando também a doutrina espírita da salvação compulsória para todos, isto é, a que caracteriza a verdadeira misericórdia onipotente e infinita de Deus, contra a qual nada poderá, mesmo porque o Mestre disse: “Deus quer que todos se salvem”. E praza a Deus que os nossos irmãos evangélicos desvencilhem-se também de seus erros herdados da Igreja do passado, como alguns já o estão fazendo.

E os católicos comunicam-se também com os espíritos, pois o que são os santos senão espíritos? Não foi, aliás, o que fizeram também o próprio Jesus, Pedro, Tiago e João na Transfiguração, quando contataram os espíritos Moisés e Elias? Oportuno é relembrarmos aqui o que nos fala Santo Agostinho em “Confissões”, ou seja, os seus contatos com sua mãe, Santa Mônica, já falecida. E leiamos o que diz o padre Capuchinho italiano, Gino Concetti, comentarista do jornal “Osservatore Romano”, do Vaticano: “Segundo o Catecismo Moderno, Deus permite aos nossos caros defuntos, que vivem na dimensão ultraterrestre, enviarem mensagens para nos guiarem em certos momentos da vida.”

E se Deuteronômio l8 proíbe isso, não importa, pois a proibição é de Moisés, e não de Deus propriamente dito, já que ela não consta do Decálogo. Aliás, quem obedece a todas as 6l3 proibições de Moisés, entre elas o consumo da carne suína?

Obrigado, São Chico Xavier, por nos ter ensinado, com palavras e ações, tantas verdades evangélicas!

 
José Reis Chaves
Fonte:Rede Amigo Espírita. 

A MENTIRA DE O CÓDIGO DA VINCI

Esses trabalhos da imprensa leiga são sempre direcionados contra os ideais superiores. Eu acompanho muito, na medida do possível. Parece que há nessas programações um propósito de destruir tudo que tem um significado religioso ou cristão. As pesquisas que fazem, os resultados que apresentam são sempre desmistificando, como se fosse uma mistificação a proposta cristã, a ponto de em computador, como todos se lembram, eles terem encontrado um fator genético de alguém que viveu no século primeiro. Construíram por computação como seria Jesus. Um tipo atarracado, moreno, uma cara de amargura e de noite mal dormida, terrível. Impingiram que Jesus deveria ter sido assim. A tese é tão estúpida e tão frágil que nem merece consideração.
Imaginem se alguém tira o meu DNA e modela um tipo do século 21. Vai modelar o meu biótipo e não um tipo do século 21. Como somos todos tão diferentes, foram logo arranjar o DNA de um tipo meio chimpanzé para criar a estrutura de Jesus. As pessoas aceitam.
Quando apareceu o livro O Código Da Vinci, que foi o maior best-seller dos últimos tempos, pessoas ditas espíritas chegavam e diziam:
– E agora, Divaldo, como é que nós ficamos?
– Mas, ficamos como?
– Com O Código Da Vinci?
– Mas, o que tem a ver o Código
– Jesus, casado com Maria Madalena.
– Não me diga!
– É, você ainda não viu?
– Já olhei umas três vezes, de capa à capa para ver se entendia!
– É, casou com Maria Madalena.
– É... Aí eu acredito, porque Dan Brown foi o juiz de paz que casou ou dois.
Ele próprio diz que se trata de uma concepção pessoal, mas as pessoas andam procurando mecanismos para abandonar o dever sob justificativas. Abandoriam o Cristianismo, porque Jesus era um homem! Uns dizem que ele viveu maritalmente, outros dizem que ele casou, seus filhos ainda estão na Normandia. Que imaginação rica! Quando o próprio Dan Brown foi responder a um processo em Londres, que a imprensa divulgou muito pouco, por acusação de pastiche, por ter roubado essa tese de um autor inglês. Confessou, na defesa, que para escrever O Código Da Vinci, ele havia utilizado 20 obras, entre as quais a desse autor. E pegou apenas a ideia, não foi uma cópia, etc... Foi absolvido, é claro! Diz que se trata de uma concepção pessoal. Desejou atacar a Opus Dei* e a Igreja Católica. Por isso, fez essa concepão absurda sobre Jesus, um indivíduo  incapaz de controlar as mínimas sensações e as mínimas emoções.
Há um propósito de revisionismo destrutivo. Isso é muito grave! Os jovens aderem a essas ideias e ficam cínicos. Perdem aquele senso de pudor. Para eles o que é que vale agora na pós-modernidade? O culto ao corpo, o piercing, a tatuagem, o corpo sarado, mas não um corpo saudável, porque muitas vezes é sarado às custas de exercícios, produtos químicos e biológicos para desenvolver as formas.

Livro:  Conversando Com Divaldo Pereira Franco
            Divaldo Pereira Franco
            FEP – Federação Espírita do Paraná

(*) – Opus Dei (em latim Obra de Deus) é uma instituição hierárquica da Igreja Católica, uma prelazia pessoal, composta por leigos, casados, solteiros e sacerdotes. Tem como finalidade participar da missão evangelizadora da Igreja.

28 de junho de 2012

CONTENÇÃO DE IMPULSOS INFERIORES‏



...Reforma íntima não deve ser entendida apenas como contenção de impulsos inferiores. Muito, além disso, torna-se urgente analisá-la como o compromisso de trabalhar pelo desenvolvimento dos lídimos valores humanos na intimidade. Circunscrevê-la a regimes de disciplina pela vigilância e vontade poderá instituir a cultura do martírio e da tormenta como quesitos indispensáveis ao seu dinamismo.

Contenção é aglutinação de forças de defesa contra a rotina mental dos reflexos do mal em nós, todavia, somente a edificação da personalidade cristã, pródiga de qualidades morais nobres, permitirá a paz interior e o serviço de libertação definitiva para além-muros da morte corporal. Por essa razão, entre os seguidores da mensagem espírita, urge difundir noções mais lúcidas sobre o nível de comprometimento a que devem se afeiçoar todos os seus aprendizes. Apenas evitar o mal não basta, imperioso fazer todo o bem ao nosso alcance. A reforma de profundidade exige devoção integral aos deveres da espiritualização, onde quer que estejamos, criando condições para vivências íntimas que assegurem comoções afetivas revitalizadoras e motivadoras a rumos mais vastos na ação e na reação: é a criação de condicionamentos novos e elevados.

Assim como o corpo não extirpa partes adoecidas, mas procura harmonizá-las ao todo, a alma procede seu crescimento dentro do princípio de “reaproveitamento” de todas as experiências infelizes.

Quem busca o aprimoramento de si mesmo tem como primeiro desafio o encontro consigo. A ausência de ideias claras sobre nós próprios constitui pesado ônus a ser superado, o qual tem levado corações sinceros e bem intencionados a dolorosos conflitos mentais com a melhora individual, instaurando um doloroso processo de martírio a si mesmo.

Não existe reforma íntima sem dores, razão pela qual será oportuno discernir quais são as dores do crescimento e quais são as dores que decorrem de nossa incapacidade em lidar com as forças ignoradas da vida subjetiva em nós mesmos. A distinção entre ambas tornará nosso programa de melhoria pessoal um tanto mais eficaz e menos doloroso.

Fala-se muito do homem velho e quase nada sobre como consolidar o homem novo. Dominados pelo mau hábito de destacar suas doenças espirituais, criou-se um sistema neurótico de supervalorização das imperfeições morais que tem conduzido muitos espiritistas à condição de autênticos “hipocondríacos da alma”.

Conter o mal é parte do processo transformador, construir o bem é a etapa nova que nos aguarda.

Bem além de controle, educação.

Acima de disciplina com inclinações, desenvolvimento de qualidades inatas.

Maturidade pode ser definida pela capacidade individual de ouvir a consciência em detrimento dos apelos do ego. Quanto mais fizermos isso, mais seremos maduros e libertos. A saúde é estar em contato pleno com a consciência e a doença é a escravidão ao ego. Reformar-se é tomar consciência de “si mesmo”, da “perfeição latente” à qual nos destinamos. Em outras palavras, estamos enaltecendo o ato da auto-educação
.

Livro:  Reforma Íntima Sem Martírio/Wanderley Soares de Oliveira, pelo Espírito Ermance Dufaux.

27 de junho de 2012

Quando os bons desejam...


Você já se deu conta de como o mundo está mudando? E não é para pior, de forma alguma.

Embora as manchetes, todos os dias, nos cientifiquem da violência, da desonestidade de muitos, o mundo está caminhando para melhores dias.

Basta se atente para notícias não tão retumbantes mas que se encontram em jornais, revistas, na internet.

Como asseverou Jesus: Buscai e achareis.

Quem, portanto, deseja saber o todo que ocorre nesta aldeia global, procura e encontra verdadeiras pérolas.

Por exemplo, a informação de quem ganhou o Prêmio Nobel da Paz, no ano de 2011.

Nada menos de três mulheres. E não é o fato de serem mulheres que torna a nota importante. Mas o que elas promovem, realizam em seus países e no mundo.

Ellen Johnson Sirleaf, presidente liberiana, primeira da África, eleita em 2005. Tawakkul Karman, ativista
iemenita e Leymah Gbowee, assistente social da Libéria.

Leymah, em nome da paz, combate a desumana situação das mulheres no seu país, no Oriente Médio ou onde quer que a opressão as violente.

Mãe de seis filhos, essa mulher corajosa iniciou um movimento de mulheres para exigir a paz na Libéria. Viajou de aldeia em aldeia, organizando as mulheres.

Contra todas as expectativas, convenceu cristãs e muçulmanas a se unir. Seu discurso era:

Aqui, no movimento, não somos advogadas, ativistas nem esposas. Não somos cristãs nem muçulmanas, não somos dessa ou daquela tribo. Não somos nem nativas nem da elite. Somos apenas mulheres.

Levar as mulheres a lutar pela paz era o que ela desejava fazer na vida.

Quando as mulheres lhe perguntavam: Por que devemos fazer alguma coisa? - ela rebatia: Porque é da sua conta! Porque são vocês que têm sido violentadas pelos combatentes. Foi o seu marido que morreu. É o seu filho que está sendo alistado à força no exército.

Luta árdua, difícil.

Foi o grupo de Leymah que apressou a renúncia do presidente Charles Taylor em 2003 e o fim da guerra civil em seu país.

De onde tira a sua coragem? Da fé, diz ela. Tudo o que sou, tudo que aspiro ser, tudo o que fui, foi pela graça de Deus.

E assevera: Sempre há algo que uma pessoa sozinha pode fazer. Deus nos criou a todos com alguma contribuição inigualável a dar.

Alguns são chamados para ser o vizinho que vai juntar as crianças para cantar ou escutar.

Outros, para ser grandes oradores.

Quero acabar com o mito de que somos vítimas o tempo todo.

Somos mulheres fortes que passamos pelo inferno e ainda conseguimos nos manter de pé.

Onde quer que estejamos, podemos nos levantar.

Nada pode nos impedir de sermos o que quisermos.

Hoje, Leymah viaja pelo mundo como diretora-executiva da rede de mulheres pela paz e pela segurança na África, defendendo mulheres e meninas e tem assento junto a autoridades, que a ouvem.

Bem afirmaram os Espíritos Celestes, em O Livro dos Espíritos que, quando os bons o quiserem, eles predominarão sobre a Terra.

Pensemos nisso.


Redação do Momento Espírita, com base em dados colhidos na entrevista Ela sonhou com a paz, de Dawn Raffel, de Seleções Reader´sDigest, de novembro de 2011 e no item 932 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.

20 de junho de 2012

A DOR É OBRIGATÓRIA, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL



Se você está passando por um mau pedaço, talvez o texto abaixo possa te ajudar. Mas para compreendê-lo melhor é preciso querer enxergar a verdade. Portanto, baixe a guarda e encaixote suas crenças.
Pronto? Pra começar, entenda que nosso mundo é regido por leis (assim como a gravidade) – nem sempre visíveis a olho nu, mas perceptíveis através dos resultados em nossa vida. Você pode não acreditar nelas, mas isso não impede você de se machucar ao pular de um prédio! Lembre-se que muitas vezes o absurdo de uma época é completamente aceito em outra: até 500 anos atrás nosso mundo era plano e considerado o centro do universo... Compreender as leis da vida é a melhor maneira de seguir o fluxo da maré ao invés de remar contra ela. Vivemos num universo-espelho. Tudo que vemos com nossos olhos físicos não são mais do que o resultado de algo mais profundo. Profissão, relacionamentos, prosperidade e saúde são apenas resultados. Para modificar resultados precisamos sempre iniciar pela origem: dentro, em nossos pensamentos e emoções. Observe a natureza (sempre nossa melhor referência): assim como as raízes invisíveis sustentam uma árvore, nosso mundo externo é sustentado pelo invisível (mas muito palpável) mundo interior. Adube as raízes e os frutos aparecem! Perceba que dentro de um mesmo ambiente (em casa, escola ou trabalho) existem pessoas com os mais diversos estados interiores: alegria, tristeza, tédio... mas se o ambiente é o mesmo qual é o diferencial? Muitos operários são mais felizes do que alguns empresários – dinheiro, portanto, continua sendo apenas outro resultado.
Não gosta do que vê?
Bem, não se colhe maçãs de uma laranjeira! “Tal como o homem pensa em seu coração, assim ele é”. Projetamos nossas debilidades no próximo. Vivemos em um mundo de projeções, e em função do nosso próprio nível de consciência, costumamos enxergar nas pessoas nossos próprios erros e defeitos. É fácil de entender: Você é crítico? Quem você critica? O que você critica? Observe-se com muita atenção e vai encontrar em suas palavras aspectos muito escondidos de sua própria personalidade. Condenamos-nos outro aquilo que não aceitamos em nós mesmos. E esta é a melhor forma de nosso ego despistar nossos erros e de nos iludirmos mais um pouco tentando passar por melhor. Crítica é fruto da intolerância e da falta de autoconhecimento. Apontar as falhas nos demais é apontar para dentro de si mesmo.
Quer um conselho?
Comece a elogiar. Se você enxerga apenas defeitos no mundo, talvez não tenha nenhuma virtude dentro de você! “Não resistais ao mal” (outra frase bíblica) – em outras palavras: aceite! Se algo em sua vida não está como você gostaria, não tem jeito, alguma coisa está acontecendo em suas raízes.
Negar por quê?
A dor não erra de endereço e a aceitação é o primeiro passo para uma mudança verdadeira. Aprenda com as artes marciais: use a força do seu oponente contra ele mesmo – neste caso, permita que a energia da aceitação te ilumine na dissolução do erro. Resistir cria conflitos e estes, mais erros e mais sofrimento (que é opcional...). Vou dar um exemplo: seu gato quebrou seu vaso de flores favorito ou o trânsito te atrasa para uma reunião importante e você “arranca os cabelos” de raiva.
Resolveu? Solucionou o problema?
Você está se sentindo melhor ou fez o mundo melhor com esta atitude? Encontre sempre a beleza das coisas. Em seguida, lubrifique suas emoções: abençoe a tudo. Dizem que ao ver que a fábrica de seu pai pegava fogo, o filho de Thomas Edson correu desesperado ao encontrou do pai – que observava extasiada a fogueira: “Filho, olha só que maravilha...” Viva o presente a cada segundo.
Porque o momento do agora se chama “presente”?
Porque este é o maior presente de Deus em nossas vidas: o eterno agora. Viva cada segundo como se não houvesse amanhã, e aprenda a ser grato por ele. Viver desta forma nos permite fazer tudo com amor – e sem que precisemos falar nada, começamos a atrair boas circunstâncias em nossa vida.
Qual será o segredo?
O corpo sempre diz a verdade, escute-o com carinho! Embora a medicina moderna tenha seus méritos, ainda tem muito a aprender com as tradicionais. Doença é sinal de desequilíbrio, é o grito de socorro da alma – outro resultado em nossa vida! Você sabia que cerca de 1/3 de todos os males do mundo são curados através do chamado “efeito placebo ou cura espontânea”? E que os medicamentos químicos já são a primeira causa de mortes nos EUA? É de fazer a gente pensar, não? Assuma totalmente a responsabilidade pela sua vida. A cegueira da idade média já passou e você ainda acredita num “deus” carrasco e vingativo? Somos todos 100% responsáveis por tudo que acontece ao nosso redor. Desde um resfriado até um acidente, tudo são projeções do subconsciente. Atraímos aquilo que pensamos. “Nós somos do tecido de que são feitos nossos sonhos”. Nosso corpo, entre outras coisas, é um potente ímã que atrai as circunstâncias.
Podem ser medidos nele fenômenos de calor e eletricidade – portanto, também carrega magnetismo. E isto explica, entre outras coisas, a Lei da Atração. Lembre-se de que o Universo está o tempo inteiro conspirando a nosso favor. Porque essa é a natureza do cosmos: o caminho mais fácil!
Se você ainda não percebeu isto, comece a revisar seus conceitos. Um mundo cheio de oportunidade para uns e dissonante para outros não lhe parece um tanto estranho? Mais uma vez, o problema é o “mundo” ou “você”??? A água sempre desce a montanha... Ação e reação – Você chuta uma parede, quebra seu pé e ainda reclama dos tijolos? A física já conseguiu comprovar esta lei há muito tempo, porque então não transportá-la para nossa vida? Jamais se sinta vítima de injustiças. Mesmo que você não entenda os porquês, saiba que a causa está dentro de você – SEMPRE! “Deus não joga dado!” Como se pode perceber, o fato de ignorar estes princípios básicos não nos isenta de cumpri-los. Até pouco tempo atrás eu costumava dizer que nascemos sem manual, mas hoje revisei meus conceitos: há muitos sinais pelo mundo pra dizermos “eu não sabia” – outra atitude vitimista. Basta não resistir - e se entregar... E se ainda assim estiver difícil de resolver algum problema, procure um bom terapeuta: as técnicas energéticas conseguem fazer verdadeiros milagres diariamente - e acredite, não é mera força de expressão!


POR:   Viviane Ramos de Toledo Rocha Camargo

19 de junho de 2012

O ESPIRITISMO E O ESPÍRITA




O Espiritismo é uma doutrina livre.
 

Para ser espírita, ninguém carece de pedir permissão a alguém.
 

Em Espiritismo, não existe uniformidade de pensamentos, porque cada adepto se expressa conforme o seu entendimento da Verdade, que não é propriedade desse ou daquele.
 

Toda a autoridade decorrente de se ser espírita – se houver uma – é exclusivamente de ordem moral.
 

A Doutrina não possui “chefes” encarnados.
Em Espiritismo, ninguém é particularmente importante.

 

Cada qual deve procurar cumprir com o seu dever, sem precisar dar satisfações a quem seja.
 

Todo aplauso e elogio são completamente dispensáveis.
 

O médium espírita é mero servidor da Causa – apenas mais um, nas fileiras da Doutrina!
 

O espírita mais importante é o tarefeiro que está sempre disposto a arregaçar as mangas, sem escolher tarefa.
 

Esperar unanimidade de opiniões em torno de si e do trabalho que desenvolve é rematada tolice de quem, equivocadamente, assim procede.
 

Não raro, o que o “fulano” disse sobre isto ou aquilo é tão somente isto mesmo: o que o “fulano” disse...
 

Todos, por mais imprescindíveis hoje se sintam, haverão de passar, sendo, naturalmente, substituídos por outros, que, igualmente, haverão de passar.
 

Só o Cristo deve permanecer, e permanecerá!
 

Acreditar-se um espírito missionário na seara espírita é perturbação e delírio.
 

Vaidade e personalismo – eis os maiores adversários de qualquer adepto da Doutrina, que a qualquer hora poderá estar desencarnando, sem privilégio algum.
 

A sua mediunidade é sua, e não significa que esteja acima da mediunidade dos outros – neste sentido, a clarividência de muitos médiuns que se creem famosos é quase miopia, como a sua clariaudiência é quase surdez...
 

Os nomes de seus supostos Espíritos Protetores não respondem pela sua verdadeira estatura espiritual.
 

O Espiritismo não é o suprassumo das religiões – o Evangelho do Cristo é a essência de tudo – o resto é o resto, inclusive o Espiritismo!
 

Portanto, um conselho de amigo que está se esforçando muito para fazer justamente o que aconselha: ponha-se no seu lugar, admita a sua pequenez e insignificância e procure trabalhar com sinceridade de propósitos.
 

No mais, se me permite: calemos a boca e deixemos de falar asneiras!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 4 de junho de 2012.

18 de junho de 2012

Entrevista do Mês com José Reis Chaves:


O Conexão Espírita deste Mês traz a entrevista com o José Reis Chaves. O nosso entrevistado estudou para padre na Congregação dos Redentoristas, é formado em Comunicação e Expressão na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. É Escritor, É Teósofo, parapsicólogo, biblista, e ao longo de toda a sua vida, o autor vem desenvolvendo pesquisas sobre a Bíblia, as religiões e a Parapsicologia. Por último, passou a estudar o Espiritismo, Doutrina que assimilou com facilidade, tendo em vista o seu longo tempo de estudo da Bíblia, da História e da Teologia Cristãs. Escrever todas às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte,O TEMPO,onde se tornou um dos colunistas mais lido: http://www.otempo.com.br/ Também é autor dos livros: “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”, “Quando chega a Verdade” e "A Face Oculta das Religiões. Confira agora na integra a entrevista que fizemos com ele:




CE-O senhor nasceu em berço católico, chegou até a estudar o sacerdócio, de que forma conheceu a Doutrina Espírita?

JRC-Pelo estudo da Bíblia. Nela encontrei passagens muito claras sobre a reencarnação. Depois descobri nela os fenômenos mediúnicos, que o apóstolo Paulo denominou de dons espirituais.

CE-Sendo o senhor um grande estudioso e pesquisador da Bíblia, lhe perguntamos: é a Bíblia a palavra de Deus em absoluto?

JRC-Não. A Bíblia contém mensagens de Deus ou do mundo espiritual para nós. Mas nem todas as suas mensagens vêm de Deus e nem só de espíritos evoluídos.

CE-Quais são os indícios que nos levam a creditar que não?

JRC-A Bíblia contém erros, que não podemos atribuir a Deus, pois Deus é infalível.

CE-Quem de fato escreveu a Bíblia?

JRC-Muitos autores. E como muitas mensagens vêm dos espíritos, ela está cheia de psicografia e também de psicofonia.

CE-O senhor acredita que ao longo dos séculos houve muitas alterações nos textos sagrados, e quem os fez e com qual sentido?


JRC-A Bíblia tem muitos acréscimos (interpolações) e cortes para ser adaptada às doutrinas dogmáticas que foram sendo criadas nos concílios. Segundo o maior biblista do mundo, o americano Bart D. Ehrman, ela tem cerca de 400.000 alterações.

CE-De que forma o Senhor vê essas alterações em algumas Bíblias atuais que chegam em seus textos sagrados a citar a palavra Espiritismo, visto que a nomenclatura desse termo só se deu no século XVIII, com o Sr. Kardec?

JRC-Esse é um exemplo até simples do que falei na resposta anterior. Na Bíblia, realmente, há interpolações, alterações de textos e acréscimos escandalosos. Só Lutero tirou dela sete livros e mais alguns textos.

CE-A interpretação dogmática da Bíblia tem alguma relação com o materialismo?

JRC-Às vezes sim, algumas interpretações da Bíblia de modo abusivo, tanto literais como figuradas, favorecem ao materialismo e ao ateísmo.

CE-Podemos afirmar que exista alguma Bíblia hoje, que realmente seja fiel aos primeiros textos?

JRC-Não existe mais nada dos textos originais, pois eles foram destruídos pelo tempo, o que foi favorecido pela pobreza da qualidade dos materiais empregados nas escritas: papiro, pergaminho e tinta. Ademais, os copistas mudavam muito os textos que eles achavam que estavam errados. Para saber mais, recomendo meu livro “A Face Oculta das Religiões, Ed. EBM, SP, em que abordo com detalhes a história da formação da Bíblia. 

CE-Em que parte da Bíblia, podemos encontrar fatos e citações  a respeito da Reencarnação?

JRC-Há vários. Cito aqui dois exemplos: o Livro de Sabedoria (da Bíblia Católica), 8: 19-20; e o Livro de Jó 8:9.  

CE-Qual a relação da Doutrina Espírita com o Cristianismo?

JRC- Há uma relação muito grande entre a Doutrina Espírita e o Cristianismo Primitivo, isto é, aquele anterior às instituições dos dogmas.

CE-Se formos estudar o papel da Bíblia na história da humanidade, podemos afirmar que ela tenha feito mais mal que bem?

JRC-O modo de interpretá-la fez mais mal do que bem.

CE-Como fica a situação da Bíblia com tantas contradições, visto que ela é considerada como sendo a Primeira e Segunda Revelações Divinas?

JRC-Eu diria que a essência da sua mensagem para o nosso mundo se conservou. E essa essência é o amor a Deus e ao nosso semelhante. Podemos vê-la, principalmente, no Sermão da Montanha.


Catolicismos:  
Há vários hoje e, lamentavelmente, são conflitantes, com tendência para se agravarem as divisões entre eles.
Doutrina Espírita:  
Uma Doutrina que nos satisfaz, pois é racional e científica. É a religião mais científica, filosófica, bíblica e convincente.
Allan Kardec:  
Um grande benfeitor da humanidade na área da espiritualidade. Devemos ser muito grato a ele pelo amor e empenho com que realizou sua missão de codificador do Espiritismo.
Jesus: 
O Espírito mais iluminado que já esteve em nosso mundo. Quem o seguir, está seguindo a verdade verdadeira.
Bíblia: 
A escritura sagrada mais importante da humanidade, mas que, se não for bem compreendida, pode se tornar um livro perigoso.
Lei Mosaica: 
As leis mosaicas têm 613 itens e são uma espécie de constituição do povo hebreu. Não devemos confundi-las com as leis naturais ou divinas, por exemplo, o Decálogo.
Religião:  
O objetivo das religiões é de religar a Deus as pessoas, que Dele se separam pelos erros, faltas ou pecados. Mas o nosso maior erro é o desamor. E sem amor entre as pessoas, elas não se ligam a Deus. E, muitas vezes, as religiões mais têm levado as pessoas a conflitos e desarmonias do que ao amor, ao entendimento e à paz.
Futuro:
Mundo de Regeneração. A regeneração está acontecendo a granel e há muito tempo. Temos muitos espíritos que reencarnam aqui e que já estão no nível de um são Vicente de Paulo, de um Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce da Bahia, Eurípedes Barsanulfo, Bezerra de Menezes, Chico Xavier, Ghandi e muitos anônimos por esse mundo afora. A regeneração acontece assim, aos poucos. Até que o número dos regenerados seja a maioria, e o nosso mundo se tornará regenerado. Quanto vai demorar isso, não sabemos, pois depende do livre-arbítrio de cada um.
Reencarnação: 
A Reencarnação é uma dádiva de Deus, pois através dela nós podemos continuar a nossa evolução em busca da semelhança da perfeição de Deus.
Vida: 
Vale a pena, quando vivemos para fazer o bem.
Um Livro: 
“O Evangelho Segundo o Espiritismo”
Uma Frase: 
Quando escrevemos, devemos pensar em fazer o nosso leitor não só pensar como nós pensamos, mas também sentir o que sentimos.
Um Escritor: 
Hermínio C. Miranda.
José Chaves Reis Por José Reis Chaves: 
Sou de bem com a vida. Não sou rico, mas sou feliz com o que tenho. Gosto muito de ler, e a isso me entrego boa parte de cada dia.Tenho convicção com o que falo e escrevo em meu trabalho espírita. Não tenho muito medo da morte. Tenho medo de não fazer tudo que quero. 

CE-Desde já lhe agradecemos por suas elucidações tão oportunas e precisas, muito obrigado! A nossa Casa e Blog agradecem.
Fique à vontade para suas considerações finais: 

JRC-Meus agradecimentos ao Blog Irmãos de Boa Vontade
e a você Regih Silva por me terem entrevistado, para os quais deixo o meu abraço fraterno, extensivo a todos que lerem essa minha entrevista.



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Entrevista realizada no mês de Junho.
Por:Regih Silva.
Colaboração:Paula Souza.
Imagens: Google.
Montagens de imagens:Regih Silva.
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15 de junho de 2012

Pense Nisso...

DIANTE DA VERDADE



Senhor, auxilia-nos a aceitar a verdade que seja dita a nosso próprio respeito.

Que não nos revoltemos contra quem, por fim, nos descubra e nos exponha como somos.

Todos carecemos de ouvir pela boca alheia o que não desejamos admitir de livre e espontânea vontade...

Embora nos magoe, o que os outros nos dizem muitas vezes nos desperta para a realidade.

Quem, portanto, age com a intenção de nos humilhar nos está prestando relevante serviço, em prol de nosso autoconhecimento.

Quanto mais profunda e supostamente feridos pela verdade, mais radical o extirpar das ilusões que se nos enraízam no espírito.

Senhor, que não transfiramos o nosso ódio da verdade para aqueles que dela se utilizam como vergasta sobre os nossos ombros...  

Eles sabem que o que estão dizendo para nós também se aplica a cada um deles!

Livro: Preces e Orações
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José

13 de junho de 2012

Richard Simonett: Namoro,Sexo,Casamento...



Gostaria de obter maiores informações a respeito de como se processa o efeito das pílulas anticoncepcionais no corpo espiritual. Se é verdadeira a afirmação de que estas podem vir a lesá-lo?
 

As consequências estão relacionadas com as motivações do usuário. Se a mulher usa pílulas porque não deve engravidar, atendendo a recomendação médica ou a ponderado planejamento familiar, não há por que preocupar-se. Se o faz porque é adepta do sexo promíscuo, costuma trair o marido e não quer complicações, certamente enfrentará problemas.

De que forma a vasectomia poderia afetar o perispírito quando esta for praticada somente por interesse de satisfação sexual e fuga da responsabilidade familiar?


O perispírito será afetado por desajustes nos centros genésicos, dando origem, na presente existência ou em futura, a problemas como infecções renitentes, esterilidade, impotência, câncer, prostatite.


Considerando as dificuldades econômico-financeiras, o desemprego, que a classe média vem enfrentando, como orientar o jovem espírita para a vida (lazer, sexo, família), sem o risco da desesperança que parece contagiar a juventude (inclusive com incidência de suicídio entre os jovens)?


O jovem espírita que comete suicídio revela total ignorância dos princípios codificados por Kardec. Um mínimo de esclarecimento a respeito das consequências funestas do auto-aniquilamento funciona como infalível vacina contra o suicídio. O conhecimento da Doutrina nos permite enfrentar com segurança os desafios da vida, demonstrando, sobretudo, que nossa felicidade não está subordinada à satisfação de nossos desejos. É preciso, se queremos ser felizes, que entendamos o que a vida espera de nós. Nesse particular, o Espiritismo é imbatível.


Como orientar o jovem espírita que gosta e se sente bem em bares, boates, etc.?


O Espiritismo é a Doutrina da consciência livre. Não estamos impedidos de entrar em nenhum lugar. Importante saber como vamos sair. E deve o jovem espírita ter consciência de que nesses ambientes há uma pressão muito grande da espiritualidade inferior, estimulando os impulsos do sexo promíscuo, do vício e da licenciosidade. Não é fácil conservar ali a integridade espiritual. O apóstolo Paulo dizia: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convém". Seria interessante pensar nisso.


Como orientar o adolescente espírita com relação ao sexo durante o namoro?


O problema na atualidade, quanto ao namoro, é que as pessoas tendem a confundir amor com sexo. Quando se fala em amar, pensa-se em "transar". Invertem-se as posições. O grande desafio em se tratando do jovem espírita, é passar-lhe a convicção de que o sexo deve ser a culminância de uma ligação afetiva, consolidada por longa convivência, jamais o seu início.


Qual a posição da Doutrina Espírita em relação ao sexo antes do casamento?


A liberalidade sexual da atualidade, transformada em libertinagem sexual, revive os impulsos poligâmicos da criatura humana. Um retrocesso transitório, decorrente do fato de que nem o homem nem a mulher estão preparados para a liberdade de que desfrutam. O ideal seria o sexo ser exercitado como a culminância de um relacionamento afetivo sustentado pelo amor, dispostos ambos a assumir as responsabilidades de uma existência em comum.


Como o espírita deve encarar o casamento religioso e civil?


O casamento civil atende às leis humanas. É o testemunho de que o homem e a mulher estão dispostos a assumir os compromissos inerentes a uma vida em comum - uma demonstração recíproca de confiança na solidez da relação. Quanto ao casamento religioso onde se destaca a figura do oficiante, é uma cerimônia exterior incompatível com os princípios espíritas. Todo ato de adoração, em que evocamos as bênçãos divinas, deve ser um ato do coração, sem intermediários. Os próprios noivos devem fazê-lo, na intimidade do lar.


Uma pessoa que não se casa tem a liberdade de manter uma vida sexualmente ativa?


O casamento não é condição para o exercício sexual. Considere-se, entretanto, que a promiscuidade sexual, sem compromisso e sem responsabilidade, é porta aberta para excessos e viciações, desjustes e enfermidades.


Como deve ser encarada a masturbação?


Vai longe o tempo em que se proclamava que a masturbação conduzia à loucura e ao inferno. Normal no adolescente que está descobrindo a sexualidade, frequente nos corações solitários, o problema é que ela favorece a viciação, conturbando o psiquismo do indivíduo com sensualidade exacerbada. Por outro lado, compromete a sublimação das energias sexuais quando as circunstâncias nos convocam à castidade, convidando-nos a canalizá-las para as realizações mais nobres.

No Plano Espiritual os espíritos (atrasados, medianos e adiantados) praticam o sexo, levando em consideração as instruções de André Luiz, no livro Evolução Em Dois Mundos*, que nos diz existirem algumas diferenças entre o corpo espiritual e o corpo físico, principalmente na região sexual e de digestão?


As poucas informações que nos chegam da espiritualidade a respeito do assunto nos permitem conceber que os espíritos também experimentam o orgasmo, embora não saibamos exatamente como isso ocorre ou se envolve perispiritualmente sensações semelhantes àquelas que decorrem da comunhão carnal.



Fonte:Entrevista Eletrônica (Internet)
nº 2, Ano 1996- Grupo de Estudos Avançados Espíritas- Casa Editora O Clarim
IDE – Instituto de Difusão Espírita-Publicações Lachâtre

12 de junho de 2012

Missão do Espiritismo: Erros, Desvios, Mistificações e Falsos Profetas...

Segue-me


Vem, alma querida... estende-me a mão!

Não se preocupe agora com tua aparência e demais paramentos, calça apenas em teus pés a minha sandália e caminha, despojado de convenções, em busca de tua alegria e renovação!...

Levanta os olhos e me fite - sou teu Pai e teu Senhor, e peço que cumpras o destino que te dei quando criado - destino de filho meu, herança de tudo o que sou e síntese humana de meu amor...

Segue-me e esquece a dor... Veja que a luz é alegria pura a descer dos céus sobre tua fronte; veja que o dia é a resposta clara à tua mais sombria aflição...

Esquece agora teus medos, deixe para trás teus apegos, desvia os olhos do mundo e abra-se em amor para os céus, porque ali estive e estarei, a espera de teu despertar!...

Nada do que queres ou procuras pode ser encontrado distante de meu olhar.

Não me busques nas compensações do mundo ou na vertigem das ilusões carnais...

Estende-me a mão e caminha, sacudindo dos pés o pó do passado e as lições já cumpridas, porque hoje inicia-se o tempo de tua esperança, tempo de sorrir e acreditar, de caminhar e crescer, de cumprir e resplandecer...

A dor é criação humana, temporária espada que talha o forte, o vitorioso!

Lágrimas são recursos de alívio e não porta à loucura, ao abismo!...

Viver não é desesperar a cada nova lição, é aprender e seguir!

Dá-me a mão, alma querida, e segue comigo...

Teu novo dia vem perto e nele não cabe teu soluço, tua dor...

É tempo de prosseguir, e se acreditares em mim, se acreditares em ti, ele te será o remédio, a cura e a renovação.

Segue-me!

André Luiz

10 de junho de 2012

O HOMOSSEXUAL NA CASA ESPÍRITA



Como espíritas que somos e esclarecidos pelos ensinamentos da doutrina, precisamos desenvolver uma postura de tolerância e compreensão para acolher, sem preconceitos, todos os espíritos que nos cercam e que buscam a casa espírita.
O amor de Deus é plenamente destinado a todos, sem exceções. Características do corpo físico, esse invólucro transitório do espírito em vida terrena, não podem definir este espírito nem devem contribuir para gerar sentimentos de rejeição ou repulsa em nossos corações.
Todos aqui estamos nesse mundo de expiação e provas e, para aqui poder atuar, assumimos corpos físicos que tornam possível a vida na Terra. Mas este corpo é, e será sempre, a despeito dos avanços da Medicina, um corpo perecível. Portanto, é no espírito imortal que habita ali, criação amorosa de Deus e que carrega Sua luz, que devemos concentrar nossa atenção e a ele dedicar o nosso amor.
Na ótica da Caridade Cristã, não só devemos acolher esses espíritos, cada um revestido de sua própria individualidade, mas também procurar chegar até eles, encurtando o caminho que nos separa.
A Doutrina Espírita nos ensina que todos nós temos um passado que explica e justifica situações de nossa vida presente.  Do mesmo modo que Deus acolhe amorosa e indistintamente todos os seus filhos, assim devemos proceder com nossos irmãos.
Aprendemos também que o espírito possui uma bipolaridade em termos sexuais, podendo encarnar sucessivas vezes ora como Homem, ora como Mulher.  No estudo do desenvolvimento dos embriões, a ciência já nos mostra que todo embrião tem as duas (2) potencialidades, feminina e masculina, que só se define após algumas semanas do desenvolvimento fetal.
O que nos define como Homem ou Mulher? É a contribuição do pai, através de seu espermatozóide, que determina o sexo do futuro bebê.  Essa conformação genética é solicitada pelo próprio espírito, esclarecido a respeito de suas necessidades para aquela encarnação.  Para isso, contribuem os espíritos superiores que se encarregam de ajudar e apoiar esse ser que vem a renascer.  Segundo a história de cada um e suas necessidades, será definida sua feição humana.  Todos encarnamos melhores, mais evoluídos do que já fomos, para prosseguir em nossa caminhada.
Todavia, esse corpo físico manifesta exigências carnais e a atividade sexual é uma delas.
A mulher, que no mundo cristão de outrora, tinha sua condição feminina desvalorizada e, às vezes, até negada, hoje, com o advento da contracepção, desempenha um papel muito diferente nas relações sociais.  Devido a conquistas da ciência como fertilização in vitro, barrigas de aluguel, concepções assistidas etc., nos vemos diante de situações controvertidas, as quais precisamos compreender e nos posicionar segundo a Verdade contida na Doutrina Espírita, a Terceira Revelação.
Jesus nos ama indistintamente, nos aceita como somos e nos oferece o que precisamos e, como espíritas que somos, devemos construir as bases de nossa conduta conforme o exemplo do Mestre.
Precisamos buscar, através do raciocínio e da conscientização e da procura constante de nossa essência espiritual, a compreensão dos processos dolorosos pelos quais passamos na vida para tirar dessas experiências o aprendizado necessário à busca da perfeição e da felicidade, do bem-estar pleno para o qual Deus nos criou.
O mundo atual nos desafia a enfrentar, com coragem e sem hipocrisia, as novas relações interpessoais que ocorrem em todos os espaços onde transitamos.
Hoje sabemos, a ciência nos afirma, que a relação homossexual, feminina ou masculina, é perfeitamente possível tanto do ponto de vista físico (obtenção do prazer sexual) como do psíquico (afetividade, harmonia, companheirismo, etc.).
A OMS, que já catalogou a HOMOSSEXUALIDADE como doença, hoje já não considera assim.  Por isso, o termo “homossexualismo” não deve mais ser usado, já que o sufixo “ismo” caracteriza “doença”.  Devemos nos referir à Homossexualidade, que designa um estado do ser, uma condição do indivíduo.
Quanto à auto-estima, as pessoas podem ser: Egossintônicas – aceitam-se como são; ou Egodistônicas – rejeitam sua própria condição, não estando em sintonia consigo mesmas.  Desta condição egóica depende a qualidade das relações afetivas que construirão, tanto heteros como homossexuais. Os distúrbios afetivos e psíquicos, que exigem tratamentos específicos para reequilibrar o indivíduo desajustado quanto às normas sociais, derivam desta condição interna do sujeito e que, na visão espírita, sabemos resultar de vidas anteriores.
“...o sexo, na existência humana, pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja o sexo”  ( do livro “Mensageiro da Luz” – cap. 13 – André Luiz).
Quando as pessoas se reconhecem com tendências homossexuais, esse processo costuma vir carregado de muita confusão, sofrimento e, principalmente, de culpa.  Daí a necessidade do acolhimento e da orientação adequada para que a pessoa seja esclarecida pela palavra de Jesus. Só assim ela terá a possibilidade de se equilibrar para viver de forma digna as provações que precisará enfrentar.
A condição sexual não garante a dignidade do indivíduo, mas sim a forma como ele exerce a sua sexualidade.  Muitos heterossexuais se comportam de modo totalmente indigno, usando o outro de forma egoísta, visando seu próprio prazer sem respeito a si mesmo nem aos sentimentos do outro.  Estes também precisam ser esclarecidos para evitarem os males que resultam de tais condutas.
Indiferente de sua condição sexual, todos devem se comportar, se vestir e se comunicar de forma adequada a cada situação.
O Atendimento Fraterno é a porta aberta na Casa Espírita para o acolhimento dos espíritos que nos procuram, independente de sua condição ou aparência.  Não há espaço aí para indiscrição nem para rejeição ou pré-julgamentos.  Não importa o que ele é, mas sim o que ele poderá vir a ser, na medida em que for se esclarecendo.
Essa necessidade é igual para todos os espíritos que sofrem e buscam superar pelo Bem suas necessária provações.
Muitos homens têm características femininas em sua aparência ou em sua conduta (são mais suaves, mais sensíveis, mais frágeis), mas não são menos masculinos por causa disso.  São experiências anteriores, ricas e proveitosas, vividas na condição feminina em encarnações passadas, que os fazem constituírem-se assim.  O mesmo ocorre com mulheres que apresentam posturas tidas socialmente como masculinas sem que sejam menos femininas em sua constituição física ou psíquica.
Conforme essas características, as pessoas se atraem e os casais se formam e funcionam de forma harmoniosa, encontrando na relação conjugal a completude, o companheirismo que os ajuda e os fortalece na trajetória terrena.
Os desvios sexuais estão relacionados a uma indefinição ou confusão interna que podem afetar seu espírito e, conseqüentemente, atingem seu corpo físico e seu psiquismo.
Controle, educação e disciplina são condições básicas para vivenciar a sexualidade de forma adequada.  A união de um casal deve ser pautada no Amor e na prática do Bem; ter ou não ter filhos não deve ser uma obrigação inerente ao casamento.
Indivíduos egodistônicos freqüentemente se comportam de forma promíscua, muitas vezes numa conduta bissexual.
Estruturas orgânicas como o intersexualismo, precisam ser acompanhadas medica e psicologicamente para definir a condição predominante naquele indivíduo e proceder à correção cirúrgica.  Esta situação constitui uma provação duríssima para a pessoa.
Na casa espírita, qualquer trabalhador, em qualquer função que exerça, pode estar em qualquer condição sexual desde que se comporte e conduza suas ações de modo adequado, dentro e fora da casa.  Além disso, precisa ter conhecimento da doutrina e uma fé consistente que dêem suporte a seu trabalho.
A homossexualidade não é uma opção da pessoa nem é provocada por condições familiares, relação parental etc., posto sabermos que na maioria das vezes está definida antes de seu nascimento.  Portanto, as pessoas são responsáveis pelo modo como decidem exercer sua sexualidade.  A sexualidade não é uma escolha, mas o ato sexual é.
Há indivíduos ditos fronteiriços quanto a sua definição sexual devido a conflitos e situações pretéritas.  Nestes ocorre um momento onde ele decide por um lado ou por outro e, dependendo do seu grau de esclarecimento, pode fazer uma escolha indevida, problemática para sua vida.
Quando percebemos esses sinais em nossas crianças, é nosso compromisso cristão para com elas que as aceitemos com respeito e carinho e as eduquemos segundo os princípios da nossa fé: os critérios evangélicos de ética, de moral e de caridade. Assim estaremos educando aqueles espíritos para que se tornem pessoas de Bem.
O trabalhador espírita que ainda não se libertou das amarras do preconceito deve se abster do Atendimento Fraterno dirigido a pessoas cujas características possam lhe provocar sentimentos de desconforto.
Tenhamos sempre em mente que a Doutrina Espírita acolhe e compreende, mas não é conivente com condutas que destoam da moral cristã.
Quando o exercício da sexualidade traz angústia e sofrimento ao indivíduo, seja qual for sua condição sexual, é aconselhável que ele se proponha a um período de abstinência sexual, durante o qual buscará estudar e refletir melhor sobre si mesmo, esclarecer-se sobre seu papel no mundo para então escolher um modo de vida que faça dele um membro ajustado e útil à sociedade.
Não esquecer, todavia, que essa abstinência deve ser assumida espontaneamente e nunca imposta por outros, o que quase sempre acaba resultando em desvios sexuais.
Na avaliação dessas situações que ora nos apresentam, como a união civil de homossexuais, devemos sempre usar o bom senso e uma postura tolerante e amorosa para agirmos de forma justa.  Reconhecer os direitos legais de um casal homossexual é uma questão de justiça e respeito pelas pessoas, apenas legitima o que já existe e não se constitui um estímulo para “gerar” homossexuais.
Na orientação dos indivíduos homossexuais, devemos alertá-los de que são alvos fáceis para a ação perniciosa de outros espíritos que tentarão utilizá-los para satisfazer suas necessidades sexuais, causando grandes perturbações.
Todos os espíritos devem encarnar várias vezes como homem e como mulher para vivenciarem as experiências específicas de cada papel sexual, enriquecendo assim sua caminhada espiritual.
Homens e mulheres que vivem de forma promíscua sua sexualidade, sendo permanentemente sedutoras e explorando o outro sexualmente, podem no futuro encarnar como homossexuais como provação para elaborar essa questão.
Não há motivos contrários à adoção de crianças por casais homossexuais visto que já sabemos que essa condição não depende de influência parental direta.  Se o casal que se dispõe a adotar tem condições de oferecer às crianças a proteção, o carinho e a educação que elas precisam para crescer saudáveis, nada os desclassifica para serem pais.
Finalmente, lembremos sempre que a homossexualidade não é uma condição permanente, é um estado transitório.  Os indivíduos não são homossexuais e, sim, estão homossexuais.  E somos todos, antes de tudo, filhos muito amados de Deus.
(1) Palestra proferida na Associação  Espírita Rita de Cássia (12º Conselho Espírita de Unificação), em 21 de agosto de 2005
Nota: o texto constitui uma síntese da palestra, assim como das respostas dadas às perguntas formuladas pelos participantes do evento.

 
Por:Dr. Augusto Fernando Haanwinkel 
Bibliografia:
 
1.         KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 84. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003
2.         KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. 1. ed. Rio de Janeiro: CELD, 2004
3.         KARDEC, Allan. Revista Espírita.jan. 1866. Tradução CELD
4.         LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. No Mundo Maior.23.ed.Rio de Janeiro:FEB, 2003.p.190.
5.         LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Ação e Reação. 24. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. p.209
6.         LUIZ, André ( Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Nosso Lar. 54. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. p.127
7.         Ibidem p. 259
8.         Ibidem p. 174
9.         LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Os Mensageiros. 39. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003.p. 159
10.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Vida e Sexo. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002, p. 27
11.       WORM, Fernando. Vida e Obra de Divaldo Pereira Franco. 5. ed. Salvador: LEAL, 1995. p.77.
12.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Leis de Amor. 21. ed. São Paulo:FEESP, 2003. p. 16-17
13.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Sexo e Destino. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p. 265.
14.       KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 2. ed. Rio de Janeiro: CELD, 2003. p. 277.
15.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Vida e Sexo. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p.89
16.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. No Mundo Maior, 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. p. 197
17.       Ibidem. P. 196.
18.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Encontro Marcado. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1971. p.102
19.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Evolução em Dois Mundos. 21. ed.Rio de Janeiro: FEB, 2003. p. 138.
20.       Ibidem. P. 141-142
21.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Ação e Reação. 24.ed.Rio de Janeiro:FEB, 2003. p.205
22.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Vida e Sexo. 23.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p.90
23.       Ibidem. P.92
24.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Encontro Marcado.2.ed.Rio de Janeiro:FEB 1971.p.101-102
25.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Vida e Sexo. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p. 62-63
26.       Ibidem. P.90.
27.       KARDEC, Allan. Revista Espírita. Tradução da E. CELD.v.1, jan.1866.
28.       Ibidem.
29.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Ação e Reação. 24. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003, p.209
30.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Vida e Sexo. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002 p.92
31.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Ação e Reação. 24. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. p. 209
32.       Ibidem.
33.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Evolução em Dois Mundos. 21. ed.Rio de Janeiro: FEB, 2003. p. 144
34.       EMMANUEL (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. O Consolador. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001, p.111
35.       KARDEC, Allan. A Gênese. 1. ed. Rio de Janeiro: CELD, 2003. p.488 36.       LUIZ, André (Espírito). Psicografia de Francisco C. Xavier. Missionários da Luz. 37. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. p. 27-28